Opção cultural

[caption id="attachment_51524" align="alignleft" width="620"] 007: estética do 24° filme da série faz justiça aos US$ 302 milhões gastos[/caption]
Frederico Vitor
"007 - Contra Spectre" é, sem dúvida, o filme de melhor estética visual de toda a série do agente secreto mais famoso do cinema. Trata-se de um filme de 2h30 de duração com altos e baixos que, desde os primeiros minutos, consegue abduzir o público para a trama. Entretanto, ao contrário do anterior, o esplendoroso e inquietante "007 – Operação Skyfall", o novo longa não emociona. A boa dose de sentimentalismo de antes deu espaço a uma avalanche de adrenalina que desliza junto com as nababescas cenas de ação.
O agente 007 é interpretado pela quarta vez por Daniel Craig. Neste longa, dirigido pelo ótimo diretor Sam Mendes, o mais letal agente secreto de Vossa Majestade se mostra mais seguro e desenvolto, muito diferente daquele Bond instável e impulsivo de "007 – Cassino Royale" e "007 – Quantum of Solace".
Trabalhando em equipe, sendo engessado por M (Ralph Fiennes), seu chefe no MI6 (serviço secreto inglês para assuntos externos), mas auxiliado incondicionalmente pelo contramestre Q (Ben Whishaw) e pela secretária Eve Moneypenny (Naomie Harris), Bond segue em busca de respostas para questões de seu passado que o levam até uma misteriosa organização criminosa denominada Spectre. O grupo, cujo símbolo é uma lula com intimidadores tentáculos, é responsável por orquestrar atentados terroristas em diferentes lugares do globo terrestre.
A tradicional cena de abertura é, até aqui, a mais espetacular de toda a série de 007 e já está no Olimpo das melhores cenas de ação do cinema. Rodada na Cidade do México, em um colorido desfile do Dia dos Mortos, Bond inicia uma perseguição a um assassino italiano que tenta escapar de helicóptero. O aparelho, que serve de palco de um intenso combate, paira desgovernado sobre a multidão reunida na Praça do Zócalo, região central desta que é uma das maiores metrópoles do mundo.
Além do México, Bond passeia por Londres, seu endereço oficial, Marrocos, Áustria e Roma. Na cidade eterna, o agente se encontra com Lucia Sciarra (Monica Bellucci), uma estonteante italiana que dá os caminhos para que Bond chegue até a nebulosa organização terrorista. Sem perder a primazia da fotografia, as cenas rodadas na capital italiana são de rara beleza. É nas estreitas ruas pavimentadas de pedras que ocorre uma eletrizante perseguição de carros a mais de 200 km/h, tendo o Vaticano como cenário.
Um capanga da Spectre, Mr. Hinx (Dave Boutista), persegue Bond implacavelmente a bordo de seu Jaguar C-X75. Já o agente secreto tenta fugir com seu Aston Martin D810 (criado pela marca britânica de carros superesportivos especialmente para o filme) equipado de invencionices e dispositivos de fuga idealizados por Q. Já nos alpes austríacos, há uma nova perseguição. Mas desta vez é Bond que, de avião, está no encalço de Mr. Hinx. O brutamonte e outros asseclas sequestram Madeleine Swann, filha de Mr. White (personagem que aparece em "Cassino Royale" e "Quantum of Solace"). Bond promete a White que protegerá sua filha de qualquer ameaça.
A Bond Girl, interpretada competentemente pela atriz francesa Léa Seydoux, dá vida a uma personagem que se apaixona pelo herói. Ela consegue a proeza de não ser mais uma mera presa descartável da extensa lista de conquistas femininas do agente. A beldade, apesar de sua aparência frágil, foi treinada pelo pai para escapar das mais diferentes ameaças, mostrando destreza ao manusear a pistola Sig Sauer de Bond, quando ele é brutalmente atacado por Mr. Hinx.
Junto com Madeleine, Bond encontra o chefe da Spectre no deserto marroquino. O megalomaníaco Franz Oberhauser é o líder da organização. Este personagem sombrio é interpretado pelo ator austríaco Christoph Waltz, duas vezes ganhador do Oscar por melhor atuação coadjuvante em "Bastardos Inglórios" e "Django Livre".
Paralelamente a tentativa de eliminar Bond, os tentáculos da Spectre correm sobre o MI6. Um misterioso burocrata denominado C (Andrew Scott) tenta convencer o Parlamento e o primeiro-ministro britânico que agentes com licença para matar são obsoletos numa era em que os drones conseguem fazer o serviço de campo. São as cenas no deserto marroquino e em Londres que justificam o porquê de "007 Contra Spectre" ser a película mais cara da série: 302 milhões de dólares foram gastos para rodá-la.
Seja qual for o resultado final do vultoso investimento, não se sabe ainda se Craig viverá novamente o agente 007. Em recente entrevista o ator disse que “preferiria cortar os pulsos a voltar a ser James Bond”. Seja lá quem for o próximo Bond, o ator que vier a vestir o terno e a receber a licença para matar, terá a difícil tarefa de manter ou superar o padrão da era Craig. Desde "Cassino Royale", os produtores da franquia tem agradado aos fãs desta que é a mais bem sucedida série do cinema.

Na segunda edição, a série musical Prosa Sonora leva o coco da banda pernambucana Bongar e os goianos Passarinhos do Cerrado para os palcos do Teatro do Instituto Federal de Goiás (IFG), campus Goiânia, na sexta-feira, 20. A fim de ampliar o acesso a música regional brasileira, a cultura popular, bem como suas variantes, a série apresenta ao público os principais expoentes nacionais e regionais, desde a linha tradicional, com seus mestres e griôs, à linha contemporânea com artistas que se apropriam da tradição em seus processos de criação. Na primeira edição, a série (composta por três) homenageou jornalista, médico e folclorista Americano do Brasil. A entrada é franca.

Realizado de 15 a 20 de novembro, a 40ª edição do Festival Internacional de Música Belkiss Spenzieri Carneiro de Mendonça celebra o 60º aniversário da Escola de Música e Artes Cênicas da Universidade Federal de Goiás (EMAC/UFG). A abertura do festival será no Centro Cultural (CCUFG), às 19h30, no domingo, com recital de violão e piano. Durante toda a semana, serão realizados recitais e apresentações; a programação completa, você encontra no site www. festivalemac.wix.com. Vale ainda lembrar que também serão ministradas oficinas e masterclasses de coro, prática de banda, instrumento, canto, música de câmera e aulas de composição (a inscrição é realizada no site). O professor Antônio Tavares apresenta a palestra “Respirar pela boca causa alteração na voz”, na quarta-feira, 18, das 14h às 16h. A atividade é livre.

Graduada em Comunicação Social pela UFG e Universidad de Valladolid, na Espanha, Carol Rodrigues, que mora há oito anos em São Paulo, onde se formou em atuação pela SP Escola de Teatro – Centro de formação das artes do palco, ministra a oficina “Spoken Body”, que propõe a linguagem do corpo expressa em movimento, ação e imobilidade, a fim de se comunicar com o outro. Também estudante na Universidade de Artes Dramáticas de Estocolmo, na Suécia, no curso de Mime Acting, Carol visa, de maneira despretensiosa e com um caráter experimental, compartilhar conhecimento, técnica e vivências. O encontro será na Casa Corpo, na manhã dos dias 28 e 29 de novembro, nova data (das 10h às 13h). O investimento é de R$ 180.

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- Com vinte anos de carreira, o artista Rodrigo Flávio mostra sua produção artística, realizada no ateliê de Buenos Aires, durante 2015. O vernissage da exposição individual é na quinta-feira, 19, às 18h30, no escritório de Arte Stella Isaac / Tabriz.
- Escrita por João Cabral de Melo Neto, a peça “Morte e Vida Severina” ganha nova dramatização no Teatro Basileu França. O espetáculo será apresentado na sexta-feira, 20, às 20h. Os ingressos custam R$ 10, a meia.
- Parte da mostra de teatro do Sesc “Fazendo Arte”, a exposição coletiva “Os sentidos de Romeu & Julieta”, realizada pela BTF&A, fica em cartaz no auditório do Centro Educacional Sesc Cidadania de 17 a 19 de novembro. A entrada é franca.

Livro
Reunião d
Música

Filme


Sexta-feira já está aí e com ela a seleção das músicas mais escutadas pela equipe do Jornal Opção. Bora aumentar o volume? Drake – Hotline Bling Eagles – Hotel California Fleur East – Sax Jack Johnson – Seasick Dream Little Mix – Grown Os Tincoas – Deixa a gira girar Pearl Jam – Comfortably Numb SLAYER – Repentless

[caption id="attachment_34904" align="alignnone" width="620"] Foto: Divulgação[/caption]
“Passei a língua no céu da boca e percebi que tinha uma imensidão dentro de mim”. Foi o que escrevi quando li “Céu na Boca”. Já a Quasar Cia. de Dança escreveu que há uma distância infinita entre o céu e a boca, entre o paraíso que está nas vontades e a realidade que vem com os dias. “O céu é o ideal inatingível e a boca é a realidade palpável”. Pelo não-linear, a cia. goiana não só escreve sobre “Céu na Boca”, ela dança essa narrativa sem começo, meio e fim encadeados. São ações, reações relacionadas pela ironia, desejo, frustração e humor. Coreografado por Henrique Rodovalho e estreado em 2009, o espetáculo ganha os palcos do Teatro Basileu França na noite da sexta-feira, 13. Os ingressos custam R$ 15, a meia.

O evento tem como atrações a banda Lácio, performance dramática, exposição fotográfica, minisessões de curta de horror, arte-mural e muito mais
[caption id="attachment_51412" align="alignnone" width="620"] Foto: Secult[/caption]
A Escola de Rock Washington Micena, a fim de valorizar o Centro da capital goiana, abre suas portas para aos artistas daqui, com suas diversas manifestações e linguagens. Realizado na noite do domingo, 15, “O Centro É Nosso” tem como atrações a banda Lácio, performance dramática, exposição fotográfica, minisessões de curta de horror, arte-mural e muito mais.
Formada por Poliana Queiroz, Rodrigo Coelho, Reginaldo Mesquita, Washignton Micena, a banda Lácio conta com as participações especiais de Marcos Santos e João Emanuel e traz o melhor da Música Marginal Brasileira. A performance fica por conta dos artistas dramáticos Irma Liria e Thiago Harley, do Basileu França. Já a exposição, idealizada por R. Romano, também curador da mostra de curtas de horror, tem como tema a “Arte Cemiterial”. O artista plástico dinamarquês, radicado em Goiânia, Ole Jorgensen expõe sua arte-mural.
Serviço
O Centro É Nosso
Quando: 15 de novembro, domingo
Horário: 18h
Onde: Rua 20
Ingressos: R$10,00

Sem pretensão de galeria, a ideia é que o trabalho dos artistas convidados torne mais acessível [gallery type="slideshow" size="large" ids="51405,51410,51409,51407,51406"] A galera do Casulo Moda Coletiva a fim de expor trabalhos de artistas realiza o “Arte da Vez”. Sem pretensão de galeria, a ideia é que o trabalho dos artistas convidados – a cada edição um novo – torne mais acessível. E o primeiro convidado é Santhiago Selon que, após realizar uma parceria com a marca Novelo para desenvolvimento de estampas da coleção Selo Postal parte do Projeto Cria Casulo, mostra um pouco mais da sua arte. Natural de Catalão (GO), Santhiago Selon, que nasceu em 1985, vive e trabalha atualmente na capital goiana. É bacharel em Design Gráfico com PósGraduação em Artes Visuais na linha de Cultura e Criação pelo SENAC (GO). Artista visual e grafiteiro, Selon tem intensa produção urbana e desenvolve pesquisa relacionada à paisagem urbana e utiliza de composições geométricas em suas ações de intervenções nas paredes de cidades que visita. Serviço Arte da Vez com Selon Quando: 13 de novembro, sexta-feira Horário: das 19h às 23h Onde: Casulo Moda Coletiva Entrada Franca

Evento será realizado entre 19 e 22 de novembro no Casarão dos Gonzaga. Entrada é franca

[gallery type="slideshow" size="large" ids="51119,51120"] Na quinta-feira, 12, a Orquestra Filarmônica de Goiás (OFG) apresenta um concerto com obras inéditas de Brandenburgo, do compositor J. S. Bach, executados integralmente pela primeira vez no Brasil. Gratuito, o espetáculo terá regência do maestro Marshal Gaioso, com participação do solista Alessandro Borgomanero. A apresentação começa às 20h30 e será realizada no Teatro Escola Basileu França. Os Concertos de Brandenburgo são uma coleção de seis peças musicais composta, entre 1718 e 1721, por Johann Sebastian Bach, dedicada e apresentada ao nobre Christian Ludwig. Na longa dedicatória, o compositor deixa transparecer sua intenção de conseguir um posto a serviço do marquês, o que nunca se concretizou. As peças musicais são sensivelmente diversas, tanto no âmbito instrumental como na concepção estrutural e estilística. Maestro Bacharel em Música pela Universidade Federal de Goiás (UFG), Marshal Gaioso fez mestrado em Artes pela Universidade de São Paulo (USP) e é Ph.D. em Musicologia pela University of Kentucky, em Lexington, EUA. É autor de “Danças Para Banda” (2006) e “Da Missa ao Divino Espírito Santo ao Credo de São José do Tocantins” (2004) e de estudos sobre a música em Goiás nos séculos XVIII e XIX. Gravou, como regente e diretor artístico, diversos CDs. Gaioso é professor de Música e regente da Banda Sinfônica do Instituto Federal de Goiás (IFG). Solista Nascido em Roma, Alessandro Borgomanero formou-se com o título de Mestre em 1992, na Escola Superior de Música Mozarteum, de Salzburg. Apresentou-se como solista frente a várias orquestras, tais como: Orquestra de Câmara de Budapeste; Salzburg Chamber Soloists; Philadelphia Virtuosi Orchestra; London Mozart Players; Virtuosos de Salzburgo e outras. Desde 1999, Borgomanero vive em Goiânia, onde é professor de violino na UFG. De 2003 a 2007, foi diretor artístico e regente titular da Orquestra de Câmara Goyazes, liderando-a em mais de 90 concertos por vários estados brasileiros. Serviço Concertos de Brandenburgo com a Orquestra Filarmônica de Goiás Data: 12 de novembro Horário: 20h30 Local: Teatro Escola Basileu França (Setor Universitário) Entrada gratuita

O título acima se encontra em uma das páginas do romance “polêmico e provocante sobre fé, paixão, sexo e loucura”, o primeiro escrito por Gustavo Magnani

De diversas partes do mundo, os longas têm debatido gênero e sexualidade – tema tabu diante do conservadorismo e preconceitos enraizados na cultura
