Tocantins
A presidente do diretório regional do PSDB, Maria Tereza Rocha, em nota à imprensa faz sérias ameaças aos tucanos que não seguirem as orientações do partido. Recomenda aos filiados e, principalmente, as lideranças, a apoiarem apenas candidatos da agremiação nas eleições deste ano. Tereza observa ainda que os dirigentes e membros do partido são obrigados a seguir a orientação de apoio às candidaturas de Aécio Neves para presidente e aos candidatos da coligação A mudança que a gente vê. A posição da presidente é uma reação imediata à decisão de Agimiro Costa e Ernani Siqueira em apoiarem a candidatura de Marcelo Miranda (PMDB) ao governo do Estado.
O presidente regional do PSD, deputado federal Irajá Abreu, manifestou, em nota à imprensa, solidariedade aos ex-secretários Ernani Siqueira e Agimiro Costa, ameaçados de expulsão do PSDB. O deputado repudiou a tentativa do grupo siqueirista de diminuí-los politicamente por decidirem apoiar a candidatura do governador Marcelo Miranda e da senadora Kátia Abreu.
“A corajosa decisão do ex-secretário estadual da Indústria e Comércio e do ex-secretário do Trabalho e Ação Social, tucanos históricos e de respeitosa biografia política e administrativa, vem somar-se à decisão semelhante de muitos companheiros que sentiram-se alijados do processo de discussão e decisão sobre os problemas do Tocantins, e buscaram alternativas para solucionar as questões que afligem a população do Estado, levado, com o atual desgoverno, à pior crise institucional, administrativa, política e econômica desde a sua criação”, sustentou Irajá Abreu.
“Nós vivemos em um regime democrático. Eu entendo que cada um deve apoiar quem ele acha que é melhor para o Tocantins. Não tenho o que dizer, se ele entende que é melhor o lado de lá, é a ideia dele, é o que ele pensa.” Assim reagiu o governador e candidato à reeleição Sandoval Cardoso (SD) com relação ao apoio prestado pelos tucanos Agimiro Costa e Ernani Siqueira ao candidato a governador Marcelo Miranda (PMDB).
Sandoval, apesar das recentes baixas sofridas na sua campanha eleitoral, garante que vai seguir em frente. E resume o episódio, sem entrar em detalhes: “O povo que está fazendo o comparativo sabe que nós estamos avançando muito no Tocantins e eu acredito muito nesse novo momento, acredito muito na nossa campanha crescente e que nós vamos ganhar a eleição e o Estado vai viver bons dias como está vivendo agora”.
Aliado de primeira hora do ex-governador Siqueira Campos, o deputado estadual José Bonifácio (PR) bateu forte em Eduardo Siqueira, candidato a deputado estadual. “Para ter 100 mil votos (segundo pretensões do filho do ex-governador) tem que comprar 1 milhão”, detonou Bonifácio “É isso que está ocorrendo. Não vamos nos enganar gente. Vamos levar ao povo do Estado essa mensagem da compra do recomeço vergonhosa. Esse dinheiro que começou a sair do orçamento 2011, está servindo para tentar derrotar todos nós para o recomeço triunfante do uso do dinheiro público”, denunciou o parlamentar, candidato à reeleição.
“De forma democrática, Sandoval Cardoso deseja um plano de governo construído com a população.” Quem diz é a coordenadora da elaboração do plano de governo do governador e candidato à reeleição Sandoval Cardoso (SD), Nilmar Ruiz (PR). Ela disse que está percorrendo todo o Tocantins colhendo sugestões. Será que tem algum fundamento? O candidato não tem nenhuma ideia para apresentar?
[caption id="attachment_13924" align="alignleft" width="216"] Marcelo Miranda: “Eles sabem que eu vou ser eleito”[/caption]
Desesperados com o desempenho do candidato Marcelo Miranda (PMDB), líder absoluto das pesquisas de intenção de voto, seus adversários apelam para todo tipo de expediente. Agora apostam no marketing viral, alardeando que, se eleito Marcelo não toma posse. “Estão dizendo que se eu for eleito eu não tomo posse. Eles estão falando isso porque estão conscientes que, se eleito, eu tomo posse e eles sabem que o Marcelo Miranda será eleito”, sustenta o peemedebista.
E acrescenta: “Não é com retaliação, demitindo diretores, retirando máquinas dos municípios que o atual governo vai conseguir votos”.
O prefeito de Aurora do Tocantins, Aloilson Tavares Cardoso, (o Caçula) está coagindo todos os gestores do município a apoiarem o candidato a governo Sandoval Cardoso e forçando os servidores a entrarem na campanha governista. A denúncia partiu do diretor de Cultura do município, Sebastião dos Reis da Silva, que pertence ao DEM e foi exonerado do cargo por isso. De acordo com Sebastião, o prefeito reuniu os gestores no fim da tarde de segunda-feira e disse que todos deveriam apoiar Sandoval Cardoso, como forma de manterem seus empregos. O prefeito Aloilson Tavares disse que não houve nenhuma exoneração e que o motivo do diretor estar fazendo as acusações foi pelo fato de não ter conseguido alugar seus carros de som para a campanha do governador Sandoval Cardoso.
O presidente do Instituto de Gestão Previdenciária do Estado (Igeprev), Francisco Flávio Sales Barbosa, foi convocado a comparecer na CPI que investiga o órgão, nesta terça-feira, 26. A convocação foi realizada pela CPI após solicitação do deputado Sargento Aragão (Pros). A comissão investiga aplicações financeiras e denúncias de desvio de verbas do instituto. “Vou confrontar o atual presidente do Igeprev (Francisco Flávio Sales), e ele vai ter que nos informar realmente o quer aconteceu com os investimentos do instituto. Precisamos saber na verdade quando, quanto e como investiu e se esse investimento já rendeu e o que rendeu. Eles vão ter que dizer o que aconteceu com esse dinheiro que é dos servidores”, explica Aragão. Aragão apontou ainda que “a quadrilha do Igeprev” vai ter que dar conta do dinheiro roubado do instituto. “Vão ter que dar conta do dinheiro dos servidores do Tocantins. Não quero nem saber quem e em qual época se fez o desvio dos recursos dos nossos servidores, eles vão ter que dar conta desse dinheiro”, destacou. Desde o mês de março do ano passado, Sargento Aragão cobra esclarecimentos do Igeprev sobre as aplicações financeiras feitas pelo instituto. O deputado chegou a fazer convite e até convocou o presidente na época, Rogério Villas Boas, para comparecer à Assembleia Legislativa, com o objetivo de prestar esclarecimentos acerca do assunto. Todas as tentativas foram sem sucesso. O parlamentar também foi a Brasília e apresentou ao Ministério da Previdência um dossiê com todas as acusações que embasaram o pedido de CPI. Aragão repassou a situação do Igeprev ao então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, em sua passagem pelo Tocantins, em novembro do ano passado.
Eduardo Siqueira Campos decidiu optar por concorrer ao cargo de deputado estadual por dois motivos: primeiro, abrir espaço para a renovação e segundo, para ficar mais no Tocantins, mais perto de seu povo e de sua família. Afirmar que Eduardo, ao escolher se candidatar para a Assembleia Legislativa, está armando um “golpe” é uma tentativa infeliz de confundir a cabeça do eleitor. Sandoval foi eleito legitimamente e, por suas ações à frente do Governo do Estado, tem recebido o apoio e a aprovação não só de Eduardo, mas de muitas e cada vez mais pessoas. É a renovação que o Tocantins tanto esperava. Eduardo Siqueira Campos é um homem público respeitado em todo o País, duas vezes deputado federal, senador eleito com 74% dos votos depois de ser o prefeito das obras em Palmas, vice-presidente do Congresso Nacional e secretário de Estado que implantou os programas municipalistas que fazem do Estado, hoje, um canteiro de obras. Reputar a Eduardo um “golpe”, uma “manobra”, ao optar — com a humildade dos fortes — por um novo começo na política como deputado estadual é uma estratégia cruel e desrespeitosa, que terá seu troco nas urnas com uma votação expressiva de um povo que reconhece a capacidade e o histórico de quem foi e ainda é decisivo para um Tocantins melhor. Se você está lendo esta nota é porque este espaço foi ganho na Justiça, que também entende que difamação e afirmações sabidamente inverídicas, na pior das hipóteses, devem ter Direito de Resposta. Na verdade, segundo o jornalismo ético, não deveriam sequer ser publicadas. *Por ordem monocrática do Desembargador Eleitoral Relator do Tribunal Eleitoral do Tocantins, Eurípedes do Carmo Lamounier.

Ex-deputado federal diz que o atual governador está com “herança maldita” do antecessor
Os três principais candidatos ao governo do Tocantins — Marcelo Miranda, Sandoval Cardoso e Ataídes Oliveira — iniciam horário eleitoral em tom ameno nas poucas farpas e acusações mútuas
Gilson Cavalcante O ex-governador Carlos Gaguim (PMDB), candidato a deputado federal, em entrevista na semana passada ao site T1 Notícias, disse que o prefeito Carlos Amastha (PP) escapou de ser preso, quando esteve à frente de um projeto junto à Fundação Universidade do Tocantins (Unitins). “Havia mais de 40 mil alunos correndo risco de ficar sem diploma por causa dos problemas dele com a instituição”, lembrou Gaguim. “Os reitores que passaram por lá são testemunhas dos problemas que nós tivemos na Unitins por causa dele”, acrescentou o ex-governador. A reação de Gaguim foi com base nas críticas feitas pelo prefeito, em recente evento político-eleitoral, quando afirmou que os governos anteriores não fizeram nada pelo Taquari, setor periférico da Capital. Amastha chegou a declarar que vai colocar uma barreira no bairro para a chapa de oposição ao governo não entrar no local.
Desabafo e desafio
Gaguim fez um desabafo e um desafio: “Ele (Amastha) chegou aqui há pouco tempo. Construiu um shopping adquirindo aquele terreno praticamente a custo zero, e eu era o presidente da comissão que aprovou o projeto. Ele anda numa cidade iluminada com o programa de iluminação que eu fiz como governador. Inclusive a iluminação do Taquari. Ele devia era respeitar as pessoas que estavam aqui e já trabalharam muito.” O ex-governador exigiu do prefeito que fosse respeitado. “Quando fui governador, eu que resolvi o problema dele no Ministério da Educação. Foram mais de dez visitas ao Ministério da Educação para evitar o descredenciamento da Unitins e garantir que os alunos tivessem o diploma, diante das irregularidades encontradas à época. Gaguim disse ainda ao site que as obras que estão em andamento em Palmas foram possíveis com recursos obtidos nos governos de Miranda e dele. “Palmas é de todos nós, Palmas é do povo, não é do Amastha, não. Quem é ele para colocar barreira em bairro da capital?”, questionou.Entenda o caso
Amastha havia dito em discurso de campanha eleitoral em Taquari que considera aquele bairro um reduto seu. O prefeito criticou os ex-governadores — Siqueira Campos, Gaguim e Marcelo Miranda – por se sentir ofendido com as ações políticas que as lideranças do PMDB têm feito no bairro, citando obras realizadas por suas administrações. “Vocês imaginam que aquele povo sem vergonha (Marcelo, Kátia e Gaguim), aquele cara que foi governador por oito anos, aquele que ficou só mamando nas tetas do governo, a outra que é senadora que sempre foi do lado do governo e foi lá no Taquari falar mal do prefeito. Nunca fizeram nada por essa região, só aparecem de quatro em quatro anos. Já tiveram tempo pra fazer e não fizeram nada pela cidade”, afirmou o prefeito em seu pronunciamento.
[caption id="attachment_13376" align="alignleft" width="300"] Prefeito de Palmas, Carlos Amastha: até o ex-aliado e ex-governador Siqueira Campos está no alvo Foto: T1 Notícias[/caption]
O prefeito de Palmas, Carlos Amastha (PP), não tem nada a perder pelo menos nessas eleições. Por isso, foi escolhido pela base governista para ser franco-atirador contra os adversários políticos do governador Sandoval Cardoso (SD). Não perdoa nem mesmo aliados. Até o ex-governador Siqueira Campos (PSDB) tem sido o seu alvo. Não se sabe se esses tiros vão sair pela culatra, após o embate eleitoral deste ano.
“Chega de Miranda, de Gaguim, de Siqueira”, esbravejou o prefeito, durante evento político no início da semana passada, em Taquaralto. E ironizou o velho Siqueira: “Estava na hora do velhinho se aposentar, ficar em casa, para que nós tomemos o seu lugar e possamos cuidar do Estado”.
Amastha, que tem como candidatos de sua preferência nas eleições proporcionais Thiago Andrino (federal) e Major Negreiros (estadual), ambos do seu partido, criticou Marcelo Miranda e a senadora Kátia Abreu por terem membros da família disputando a eleição a deputado federal.
O resumo disso tudo pode piorar ainda mais o desempenho eleitoral do governador candidato à reeleição. Pelo menos é o que acreditam os siqueiristas.