Faltou dizer

"Antissistema" e "antiestablishment" são movimentos ou indivíduos que se opõem ao status quo político, econômico ou social em vigência. Num celeiro de políticas populistas, como é o Brasil, líderes ou grupos se apresentam como representantes da "voz do povo" contra uma elite percebida como corrupta ou desconectada das necessidades da população em geral. Eles podem se manifestar tanto à esquerda quanto à direita do espectro político.
Isso porque, no final das contas, esquerda e direita são dois lados na mesma moeda dentro de um sistema corrupto e fracassado. As pessoas logo se fartam da “velha política” e da terceira idade que se traveste de nova geração. Na crise de verdade enfrentada pelo 4º poder, as redes sociais emergem como potência: dando voz a idiotas, construindo ou destruindo pessoas.
Sábio é quem usa os meios de comunicação e não se deixa ser usado por eles. Tolo é quem, em negação ao progresso, deixa de se comunicar com a massa por não entender a importância das redes sociais. A comunicação elege, mas também prende políticos. A imprensa, e também os canais digitais, são poderosos e fraco é quem os menospreza. Bolsonaro, por mais estúpido que possa parecer, não conseguiu apoio político para formar um partido. Isolado, se elegeu com o apoio massivo das redes sociais.
Espertos, os políticos do espectro à direita parecem mais atentos ao fenômeno. Surfando na onda, elegem-se Gayer’s, Ferreiras’s e Marçais. Enquanto isso, a esquerda ainda sofre para escolher um sucessor de Lula. Haddad é muito acadêmico, Boulos é extremista e Ciro é rancoroso demais. Talvez o Brasil ainda não esteja preparado para nem sequer pensar em um nome feminino.
Mas a esquerda, assim como alertou Mano Brown em 2018, tem que voltar para a base. Em 2024, seis anos depois, o espectro parece que ainda não conseguiu se reconectar com o seu público. Independente de como se apresenta o líder ou partido, o deslocamento da realidade e a polarização nada produzem de positivo. No fim das contas, a população só quer representatividade e qualidade de vida.

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A justiça para a família do ex-radialista Valério Luiz, assassinado por causa da sua profissão, começa a ser feita. Na última sexta-feira, o Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) pediu a prisão do mandante do crime, Maurício Sampaio, e do autor dos disparos Ademá Figueiredo. Um dos condenados já está atrás das grades do presídio militar de Goiânia, tendo em vista que é um militar da reserva renumerada.
O outro, entretanto, está de viagem. Curtindo os últimos dias em liberdade e tentando ganhar tempo até que a defesa quebre a cabeça e tente arrastar ainda o cumprimento da decisão judicial. Parece brincadeira que um réu condenado em duas instâncias, com diversos habeas corpus negados pela Justiça, tenha mais alguns dias de curtição por aí. Mas é a vida como ela é, pelo menos no Brasil.
Desde maio o ex-cartorário já deveria estar cumprindo a pena por mandar matar o jornalista. Ele, que utilizou-se do seu poder econômico e da influência com agentes militares corruptos, teve um recurso regimental - leia-se recurso protelatório - negado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Deve entregar-se à Justiça na próxima quinta-feira, 20.
Vale ressaltar que nada o impedia de viajar enquanto o pedido de prisão efetivamente fosse emitido por um juíz de direito. Enquanto provavelmente aproveita com a família o restinho de liberdade que ainda lhe reta, outras milhares de famílias aguardam ansiosamente pelo seu retorno e prisão. Essa espera, ainda que dotada de uma contagem regressiva, não deixa de ser um escárnio com uma população que aguarda por Justiça, especialmente quando o crime é cometido por aqueles que se acham acima da Lei por causa de suas posses.
O crime, cometido por motivo fútil, deixou uma marca também no jornalismo goiano. As críticas a diretoria do Atlético Goianiense, ocupada também por Maurício, foram o estopim para que uma vida fosse ceifada. Referência no esporte goiano, Valério tecia comentários certeiros nos programas Jornal de Debates, da Rádio Jornal 820 AM, e Mais Esporte, da PUC TV. O crime foi cometido por volta das 14 horas de 5 de julho de 2012, na Rua T-38, no Setor Bueno, a poucos metros da emissora em que a vítima trabalhava.

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