Vinho sem segredo

Sommelier do restaurante Coco Bambu oferece curso sobre vinhos
Por vezes, os aromas que o vinho exala lembram papelão ou pano de chão molhado. O especialista identifica o problema por meio da rolha. Em geral, o vinho está muito comprometido

É preciso conhecer a uva? Sim. Mas é crucial conhecer quem produz o vinho. É preciso saber também como e onde o vinho é produzido

Veuve Clicquot encontrado no fundo do Báltico, depois de 170 anos de envelhecimento, continha “excesso” de açúcar. Parecia Coca-Cola. O primeiro champanhe brut é de 1846

Na Itália, chama-se a uva de Primitivo e, nos Estados Unidos, de Zinfandel. Trata-se da mesma uva, mas os vinhos são diferentes, dados o meio ambiente e o clima

Há quem diga que tomou vinhos das marcas Romanée-Conti e Pera Manca de safras que não existem. Um sommelier atento por detectar fraudes e vinhos com problemas

Depois de aberta a garrafa, o vinho pode ficar na geladeira por dois ou três dias e é importante colocá-lo em garrafas menores

Lembre-se: o importante mesmo é o corpo dos vinhos — não a sua cor

Um garçom atento, bem informado e seguro às vezes é a porta aberta para fidelizar a clientela que aprecia vinho

Importadores e donos de adegas e de restaurantes precisam investir mais em informação sobre vinhos. É provável que o comércio tende a se expandir

O produto nacional tem qualidade, mas a informação a seu respeito não é das melhores e o consumidor tende a avaliá-lo desfavoravelmente em comparação a vinhos chilenos e argentinos

No Brasil temos vinhos bons, o que se precisa é de mais divulgação, principalmente da parte dos produtores. A divulgação é escassa tanto por parte dos donos de vinícolas quanto dos lojistas