Bastidores

Há quem acredite que o PT vai bancar Edward Madureira para prefeito de Goiânia e que seu vice será do PSDB do governador Marconi Perillo. Impossível, dado o quadro nacional? Não se sabe. Quem viver, se quiser, verá. Há quem acredite que o mesmo pode se repetir em Anápolis, com o PSDB indicando o vice do prefeito João Gomes. “Alucinação provocada pelo calor”, sugere um tucano anapolino.

[caption id="attachment_46851" align="aligncenter" width="620"] Dona Íris e o marido, Iris: correndo em duas raias | Foto: Fernando Leite / Jornal Opção[/caption]
Não deixa de ser curioso o jogo duplo dos Iris. O Rezende articula a candidatura de Nailton Oliveira para presidente do PMDB, enquanto a Araújo trabalha, em tempo integral, pela candidatura de José Nelto. Porém, quando ouvem o ouvem o nome do deputado federal Daniel Vilela, os dois “fecham” a cara e desconversam.

É consenso no governo de Marconi Perillo que a secretária Raquel Teixeira, influenciada por seu novo guru intelectual, Tucano das Neves, não tem empolgação alguma com organizações sociais na Educação.

Valmir Pedro é pré-candidato do PSDB a prefeito de Uruaçu. “Desta vez, com a oposição unida e com o desgaste da prefeita Solange Bertulino, do PMDB, devemos ganhar a prefeitura”, afirma. É provável que a prefeita Solange Bertulino nem dispute o pleito, acredita Valmir Pedro. “Setores do PMDB aconselham-na a não disputar. Seu desgaste é espantoso.” A prova de que o nome do pré-candidato é consistente, aposta Valmir Pedro, é a quantidade de políticos se oferecendo para disputar mandato de vereador.
O DEM de Uruaçu, como os dinossauros, está em processo de extinção. O empresário Batista da Retífica, líder político apontado pelo tucano Valmir Pedro como “consistente”, vai abandonar o DEM e vai se filiar ao PSDB nesta semana. “A mulher de Batista da Retífica, Joveni Magalhães, presidente da Associação Comercial e Industrial de Uruaçu, também vai se filiar ao PSDB”, relata Valmir Pedro. “Nós estamos ampliando nossa aliança com políticos de qualidade reconhecida”, sublinha o tucano.

[caption id="attachment_46839" align="aligncenter" width="620"] Ex-prefeito Lourenço Filho | Foto: reprodução / Diário Popular[/caption]
O integrante do PTB Lourenço Filho mora em Goiânia. Porém, para disfarçar, alugou uma casa em Uruaçu.
Um político que foi prefeito, e é riquíssimo, mas não tem um imóvel em “sua” cidade é porque não se interessa por seus habitantes.
Detalhe: Lourenço Filho é ficha suja, ao menos do ponto de vista do eleitorado mais culto de Uruaçu.
O Hospital Regional de Uruaçu, ou do Norte goiano, está com as obras paradas. O governo do Estado construiu cerca de 60%, porém, como está faltando dinheiro, decidiu paralisar as obras. Falta o acabamento final, o que não é muito. Acredita-se que o hospital será inaugurado apenas em 2016.

O advogado de Júnior Friboi, Robledo Rezende, descobriu que o PMDB é um dos partidos mais desorganizados de Goiás. Ele disse para Friboi: “Aposto, nem que seja uma Coca-Cola, que você continua filiado ao PMDB”. Friboi teria dito: “Não quero apostar, mas gostaria de saber o que está acontecendo”. Robledo foi ao Tribunal Regional Eleitoral e confirmou o que suspeitava: embora expulso do PMDB, Júnior Friboi continua filiado ao partido e, se quiser ser candidato em 2016, pode. “O irismo, que trabalhou pela expulsão de Júnior, ainda não pediu baixa.”

[caption id="attachment_45371" align="aligncenter" width="620"] Foto: Renan Accioly[/caption]
Dois advogados suspeitam que, se estiver condenado por improbidade administrativa — o processo está no Tribunal de Justiça de Goiás —, o empresário Vanderlan Cardoso não poderá disputar a Prefeitura de Goiânia em 2016.
Talvez seja por isso que Vanderlan Cardoso não demonstre tanto ânimo e teria chegado a oferecer a vaga de candidato para o ex-reitor da UFG Edward Madureira.

[caption id="attachment_24143" align="aligncenter" width="620"] Friboi em 2018? | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção[/caption]
O empresário Júnior Friboi disse aos seus aliados políticos e amigos que até pode ajudar algum candidato a prefeito em 2016. Mas que vai se concentrar, entre 2015 e 2017, nos negócios, na expansão de sua empresa, a JBJ. Em 2018, voltará a articular, avaliando que ainda tem um capital político considerado.
Friboi disse a dois aliados: “Meu sonho é servir ao Estado de Goiás e, por isso, pretendo ser candidato a governador”.
O empresário considera o PMDB como “carta fora do baralho”. Se for candidato, em 2018, será por outro partido.

[caption id="attachment_16053" align="aligncenter" width="620"] Robledo Rezende no Jornal Opção | Foto: Fernando Leite / Jornal Opção[/caption]
Ao saber que Eronildo Valadares disse ao Jornal Opção que o ex-prefeito José Osvaldo deve apoiar sua reeleição, o advogado Robledo Rezende contestou: “Preciso verificar, pois José Osvaldo está conversando com o grupo que pretende lançar um candidato da terceira via”.
Robledo diz que o eleitorado de Porangatu está cansado da polarização entre Eronildo Valadares, do PMDB, e Júlio da Retífica, do PSDB. “A cidade quer e até exige uma alternativa. Hoje, Eronildo só tem o apoio de sua família e dos funcionários de sua empresa, alguns deles empregados na prefeitura. O prefeito nunca esteve tão isolado.”
Segundo Robledo, Júlio da Retífica garante que tem o apoio de 14 partidos. “É fato que tem partido em demasia no país, mas é provável que ele não tenha tanto apoio assim. Na verdade, neste momento, os líderes dos partidos estão conversando com todo mundo.”
Se os políticos de Porangatu estivessem satisfeitos com a polarização tucana versus peemedebismo, sublinha Robledo, “meu escritório de advocacia não receberia tanta gente da cidade buscando orientação sobre uma alternativa política”.
Enquanto Eronildo Valadares, do PMDB, e Júlio da Retífica, do PSDB, trocam farpas afiadas, atacando-se publicamente e nos bastidores, o engenheiro Valdemar Lopes, com muito dinheiro no bolso e na conta bancária, já está praticamente em campanha para disputar a Prefeitura de Porangatu. Ligado ao presidente da Ceasa, Edivaldo Cardoso, Valdemar Lopes estaria dizendo que, com uma estrutura razoável, vai romper a polarização de vários anos entre o tucanato e o peemedebismo.
Até peemedebistas dizem que o prefeito de Jataí, Humberto Machado, está desesperado com a notícia de que o ex-deputado Leandro Vilela, do PMDB, desistiu de disputar a prefeitura, em 2016. Machado, tido como o político mais teimoso do Sudoeste — superando até as mulas em teimosia —, continua insistindo que Leandro será candidato, o que o jovem político, em entrevista ao Jornal Opção, não confirma. Enquanto Machado não apresenta seu plano B, porque está desnorteado, peemedebistas começam a se movimentar para encontrar outro candidato a prefeito. O agricultor Antônio “Toninho” Cazarini, presidente da Associação dos Produtores de Grãos, é filiado ao DEM, mas, grande amigo de Machado, pode ser candidato pelo PMDB. Basta que o prefeito diga-lhe: “Mude de partido”. Trata-se de um político sem experiência mas respeitado no município. Há notícia de que um dos vereadores do PMDB pode disputar a prefeitura. O secretário de Obras, o engenheiro Tales Augusto Machado, afinadíssimo com Machado, é outra aposta do partido. O fato é que, sem Leandro Vilela, o PMDB não tem candidato natural em Jataí.


[caption id="attachment_25124" align="alignleft" width="189"] Foto: Fernando Leite[/caption]
O processo de registro do Partido Liberal, presidido pelo ex-deputado goiano Cleovan Siqueira, deve ser julgado na terça-feira, 29, pelo Tribunal Superior Eleitoral, em Brasília.
“Aí”, afirma Cleovan Siqueira, “se o registro for autorizado, como acreditamos que será, teremos até o dia 2 — quer dizer, três dias — para fazer as filiações. Nós as faremos e vamos disputar eleições em várias cidades do Estado e do país”.
O PL, segundo Cleovan Siqueira, “cumpriu todos os requisitos exigidos pela legislação eleitoral. Para obter o registro, precisávamos de 482 mil apoiamentos. Levamos 488 mil ao TSE”.
Todas as impugnações do DEM e do PMDB foi respondidas “ponto a ponto”, sublinha o ex-parlamentar.
Cleovan Siqueira é um liberal histórico. “Estou no PL desde 1985, com Álvaro Valle. São 30 anos de uma vida. Não é pouca coisa, não.”