Bastidores

[caption id="attachment_77039" align="alignleft" width="620"] Divulgação/Facebook[/caption]
Numa campanha eleitoral não há nada mais difícil do que segurar um candidato em ascensão, que está surfando nas melhores ondas. Pode ser o caso de Anápolis. O prefeito João Gomes, do PT, é um postulante que tem como general eleitoral o vereador eleito Antônio Gomide, hoje o político mais popular e respeitado do município. Teme-se, porém, que nem mesmo Gomide consiga segurar o crescimento de Roberto do Orion, do PTB.
No primeiro turno, João Gomes obteve 29,92% dos votos válidos (53.988 votos) — contra 21,56% (38.913 votos) de Roberto do Orion. A questão chave é: o petista não cresceu. Já o petebista subiu quase de maneira incontrolável e provavelmente não virou o jogo no primeiro turno única e exclusivamente porque as pesquisas, sem perceberem o fato novo que estava germinando, não o colocavam praticamente colado no prefeito.
Mesmo não sendo político — nunca disputou mandato —, o empresário e professor Roberto do Orion está conseguindo ampliar sua frente política.
De um líder político de Pirenópolis: “Não se recomenda que pessoas de bom senso apostem no sucesso administrativo de João do Léo, prefeito eleito pelo DEM. Porque trata-se de um tiro no escuro. Quem o conhece sabe que, além de ser um indivíduo limitado intelectualmente, está cercado por um grupo não qualificado”. Cidade turística, com certo cosmopolitismo, Pirenópolis merecia um prefeito mais qualificado e moderno.
Prefeitos recém-eleitos bateram nas portas do Palácio das Esmeraldas, diretamente ou via emissários, informando que planejam se juntar à base do governador Marconi Perillo. Em janeiro, uma leva de prefeitos eleitos em 2 de outubro deve anunciar formalmente a troca de legenda. Anote: até peemedebistas consagrados podem trocar de partido. A migração se dará em todo o Estado. Os políticos percebem que, com o apoio do governo, será mais fácil administrar suas cidades.

O presidente do PMDB em Goiás, Daniel Vilela, diz que o partido que dirige ganhou em cidades estratégias, “o que será decisivo para o nosso sucesso eleitoral na disputa pelo governo do Estado em 2018”. “É uma questão factual: nós ganhamos em Rio Verde, Formosa, Catalão, Aparecida de Goiânia, Quirinópolis, Goianésia, Mineiros e Santo Antônio do Descoberto. São oito cidades importantes, com vasto eleitorado e economia consolidada e em expansão. Podemos também eleger o prefeito de Goiânia, Iris Rezende, e eleger um prefeito aliado em Anápolis, João Gomes, do PT, que tem como vice Eli Rosa, do PMDB”, afirma Daniel. O peemedebista diz que, em Goiânia, “o PMDB precisa recuperar o apoio da classe média. Nós precisamos dialogar com ela. Asfalto não é mais a grande demanda dos goianienses”. Quanto a apoios políticos, Daniel frisa que “os votos são dos eleitores, não têm donos. Mas, no caso do delegado Waldir Soares, a tendência é que seus eleitores optem por Iris Rezende”.

O partido discute, no sábado, quatro posições a respeito das eleições para prefeito da capital no segundo turno
[caption id="attachment_71694" align="aligncenter" width="620"] Paulo Garcia e Adriana Accorsi: o PMDB pelo menos não quer o apoio da dupla de políticos do PT | Foto: reprodução/Facebook[/caption]
Os integrantes do Diretório do PT reúnem-se no sábado, 8, às 9h, na sede do partido, para discutir quatro posições políticas:
1 — Liberação da militância. Cada um poderá apoiar (ou votar em) quem quiser. Até sexta-feira, 7, era a tendência dominante;
2 — Voto nulo;
3 — Apoio a Vanderlan Cardoso. Hoje, o candidato do PSB tem a simpatia de vários petistas de proa;
4 — Apoio a Iris Rezende. O peemedebista perdeu a simpatia da maioria dos petistas, que o veem como “traidor”. É que os pemedebistas, inclusive iristas, aproveitaram-se das benesses da gestão do prefeito Paulo Garcia, mas depois saíram atirando no gestor de Goiânia.
O fato é que os dois candidatos querem os votos dos eleitores petistas, mas não querem associação com o prefeito Paulo Garcia e com o PT. A debacle nacional do partido assusta quaisquer candidatos pelo Brasil afora, não apenas em Goiânia. O PT da capital teme oferecer apoio e ser rejeitado. Os aliados de Iris Rezende já avisaram que não querem o apoio de Paulo Garcia e de Adriana Accorsi. Eles dizem que Adriana Accorsi “não é de se jogar fora”, mas é vista como “paulo-garcista”.
Petistas já conversaram com aliados de Vanderlan Cardoso.

Mais de cinquenta pessoas foram ouvidas pela Polícia Civil, que ainda examina alguns vídeos e depoimentos

Rogério Rezende foi intimado pela Polícia Civil, o que não quer dizer que é suspeito de ter incentivado Gilberto Ferreira do Amaral a matar o ex-prefeito

Tucano tem buscado apoio para bancar seu nome na eleição do ano que vem

Peemedebista contribuiu para a adaptação do projeto gramscista em Goiânia. Não se compreende as consequências futuras desse tipo de acordo sem conhecer intenções e formação ideológica do PT, de seus partidos auxiliares e do Foro de São Paulo

Roberto do Orion precisa da base marconista como um diferencial para enfrentar o prefeito João Gomes. Mas, se o PTB não se aproximar de Vanderlan Cardoso, o petebista vai caminhar sozinho

O candidato do PR a prefeito perdeu capital eleitoral em Goiânia. Terá dificuldade de se reeleger a deputado em 2018? Talvez não. Depende de sua atuação em Brasília
O delegado Waldir Soares, candidato derrotado do PR a prefeito de Goiânia, obteve 71.727 votos, quer dizer, 10,48% dos votos válidos. Na eleição para deputado federal, há dois anos, em 2014, o parlamentar, que era do PSDB, obteve 178.708 votos, isto é, 26,96%.
Em termos percentuais, o delegado Waldir Soares perdeu 16,48% e, em termos de votação, perdeu 106.981 votos. Noutras palavras, em termos eleitorais, o deputado perdeu terreno. Até porque, como candidato a prefeito, disputou com seis adversários, portanto teoricamente sua votação deveria ter sido maior. Para deputado, disputou com centenas e, mesmo assim, obteve uma votação extraordinária.
Waldir Soares ficou “menor”, mas não se sabe se isto terá reflexos na sua candidatura à reeleição em 2018. Vai depender, possivelmente, de sua atuação como deputado federal. Se conseguir aprovar — e não apenas apresentar — projetos consistentes, na área de segurança pública e outras, é provável que seja reeleito. O republicano ainda tem capital eleitoral e o eleitor costuma diferençar candidato para o Executivo e candidato para o Legislativo.

O ex-prefeito e o cabo da Polícia Militar foram assassinados por Gilberto Ferreira do Amaral
A missa de sétimo dia “em memória” do ex-prefeito de Itumbiara José Gomes da Rocha e do cabo da Polícia Militar Vanilton Pereira — assassinados na semana passada pelo funcionário público Gilberto Ferreira do Amaral — acontecerá na terça-feira, 4, às 19 horas, na Catedral Santa Rita de Cássia, em Itumbiara. A missa será celebrada pelo bispo diocesano dom Fernando Brochini. O governador Marconi Perillo deverá ir à missa.
Uma caminhada, pedindo paz para os cidadãos de Itumbiara, sairá da Avenida Beira Rio, em frente ao Edifício Marselhe, às 17 horas, e irá até a Catedral Santa Rita de Cássia. Os organizadores pedem que as pessoas compareçam usando roupas brancas.

A missão do prefeito eleito pelo PSDB é recuperar a cidade e as finanças da prefeitura. Não será fácil, mas ele é experiente

Rogério Graça, do PP, obteve 2.899 voos e Eduardo Peixoto, do PMDB, recebeu 2.897 votos

Fabiano arrancou até o Saneago do nome político e trocou os aliados de 2012, quando foi eleito, pelo DEM de Ronaldo Caiado e o PMDB de José Nelto. Sobretudo, fez uma administração sofrível