Bastidores
Felipe Cortez diz que o partido vai pedir o mandato do parlamentar. Ele estaria trabalhando contra a Executiva
Presidente do DEM quer unir as oposições unicamente para disputar a eleição, mas não abre espaço para emedebista
Políticos da oposição estão impressionados com a desenvoltura do pré-candidato a governador pelo PSDB
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Montagem[/caption]
O senador Ronaldo Caiado (DEM) é o pré-candidato a governador de Goiás preferido pela cúpula da Assembleia de Deus em Goiás. O pastor Oídes José do Carmo, irmão de Luiz Carlos do Carmo, suplente do presidente do DEM, é um de seus principais apoiadores — ainda que mantenha um genro, o deputado estadual Henrique César, como pré-candidato pelo PSDB.
O PRB, partido presidido em Goiás pelo deputado federal João Campos, abriu conversações com os três pré-candidatos a governador — Ronaldo Caiado, José Eliton, do PSDB, e Daniel Vilela, do MDB. O PRB está na base do governador Marconi Perillo, mas seus líderes afirmam que não têm sido contemplados com cargos no primeiro escalão. João Campos estaria sendo compelido pela Igreja à qual pertence a compor com o líder do partido Democratas.
Há quem aposte que, pressão à parte, João Campos, se compor, estará surfando na onda da expectativa de poder de Ronaldo Caiado — que lidera as pesquisas de intenção de voto.
Líderes evangélicos sugerem que João Campos dispute mandato de senador. Ele está estudando a possibilidade, pois não quer ficar sem mandato.
Desgaste do PT e falta de candidatos pode prejudicar o competente campeão de votos do petismo
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Foto: Agência Câmara[/caption]
O MDB se tornou adversário figadal do PT em nível nacional. Mas em Goiás os dois partidos estão flertando, podem iniciar um namoro e ninguém deve ficar surpreso se, em outubro, os dois se casarem. Sem Lula da Silva na disputa para a Presidência da República (a luta hoje é mais para livrá-lo da cadeia, pois se acredita que ficará inelegível), o petismo ficará mais enfraquecido na disputa para o Parlamento.
O deputado federal Rubens Otoni tem sido eleito com frequência. Mas, sem candidatos de certa envergadura e dada a má reputação do PT, provavelmente terá dificuldade para se eleger em outubro deste ano. Até agora, o veterano é o único nome do partido para a disputa — já que Mauro Rubem decidiu que irá para a disputa de deputado estadual. Não há, por exemplo, a participação de Edward Madureira, que optou por ser reitor da Universidade Federal de Goiás.
Resta ao PT, se quiser eleger um deputado federal, compor com o MDB de Daniel Vilela — que tem sinalizado que quer a aliança.
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Cristiano Câmara e Esther Panarello: vida mais tranquila nos Estados Unidos[/caption]
Conta-se que, quando presidente dos Estados Unidos, o democrata Bill Clinton, manteve uma convivência razoável com Fidel Castro, então “dono” de Cuba. O comunista disse: “Bill, que tal nos devolver Guantánamo?” O líder americano não se fez de rogado: “Claro, sem problema. Mas, antes, nos devolva Miami”.
Os cubanos são poderosos na Flórida, notadamente em Miami, onde se fala tanto inglês quanto espanhol. Pois agora assiste-se uma leva de brasileiros ricos que estão indo morar na cidade, mas não em busca de empregos relativamente bem remunerados. Eles estão fugindo da violência, e buscam escolas melhores para seus filhos e novos negócios.
Empresários goianos (ou radicados em Goiás) também descobriram as delícias da cidade.
Entre eles estão: o empresário Marcelo Limírio (que tem casa lá, mas fica mais em Goiânia), Virmondes José de Souza (dono do shopping Buena Vista), o empresário Sandro Marques Scodro (pai de Sandro Mabel), Luiz Carlos Attié, familiares do falecido Anníbal Crosara, Marcos “Tucano” das Neves, o cantor Zezé Di Camargo, Ester Panarello, Cristiano Câmara, o ator Stepan Nercessian, familiares do falecido Walterci Melo (laboratório Teuto).
Os deputados Roberto Balestra e Sandes Júnior, aliados históricos do tucano, bancam o candidato do PSDB
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Divulgação[/caption]
Vetado diretamente pela senadora Lúcia Vânia e pelo deputado federal Marcos Abrão, Carlos Peixoto não vai permanecer como superintendente-executivo da Secretaria Cidadã. A dupla exigiu a secretaria de porteiras fechadas.
Carlos Peixoto ajudou a senadora e tantos outros políticos no período que acompanha o governador de Goiás, Marconi Perillo. Se ficasse na secretaria, poderia ajudar o titular, Murilo Barra, que não é versado nos assuntos da pasta.
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Marcelo Baiocchi | Foto: Fernando Leite[/caption]
Por onde passa, o empresário Marcelo Baiocchi é saudado assim: “Olá, presidente”. Presidente? Sim, da Federação do Comercio do Estado de Goiás.
Baiocchi disputa a presidência da Fecomércio, em 21 de maio. Por enquanto, é candidato único. José Carlos Palma afirma que será candidato, mas nem seus aliados acreditam na sua postulação.
Dos 17 sindicatos que apoiam Baiocchi quinze fizeram eleições. Todos os eleitos o apoiam e estão integrados à sua campanha. Ao todo, são 29 sindicatos. Quinze sindicatos já garantem a vitória do empresário. Pela primeira vez, líderes ligados a Palma estão se aproximando de Baiocchi. Ainda não significa apoio, mas pode gerar uma composição.
O cientista político Antônio Lavareda fará, brevemente, um diagnóstico do quadro eleitoral de Goiás. Ligado ao Democratas (nome sugerido por ele), o especialista vai trabalhar para os tucanos no Estado. Pesquisadores dizem que, no momento, o fundamental é a percepção de que o quadro político está “aberto”. O primeiro colocado nas pesquisas de intenção de voto, Ronaldo Caiado, pode acabar em terceiro lugar, atrás de José Eliton e Daniel Vilela, pré-candidatos a governador pelo PSDB e pelo MDB.
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Arquivo[/caption]
De um deputado: “O ex-prefeito de Aparecida de Goiânia Maguito Vilela conversou com interlocutores do governo de Marconi Perillo sobre a possibilidade de um partido da base aliada abrir as portas para seu grupo se o deputado federal Daniel Vilela for rifado pelo MDB irista”.
É possível Daniel Vilela disputar o governo pelo PSD de Vilmar Rocha ou pelo PP? Não é impossível. Mas vale lembrar que os Vilela detêm o controle do emedebismo em Goiás. Dificilmente — o que não quer dizer impossível — o irismo conseguirá derrubar a candidatura de deputado ao governo de Goiás. O mais provável é que parte do MDB, sobretudo prefeitos, como Paulo Vale, Adib Elias, Renato de Castro e Ernesto Roller, saia do partido para apoiar Ronaldo Caiado (DEM).
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Ex-governador Irapuan Costa Junior: sim ao novo desafio[/caption]
Ao assumir o governo, em abril, José Eliton (PSDB) planeja criar um sistema de segurança pública mais proativo, rigoroso — daí a escolha de Irapuan Costa Junior para titular do órgão. Eliton quer adotar, de imediato, medidas de impacto, como a modernização da frota, com o acréscimo de veículos potentes para a Polícia Militar. Ele vai criar um batalhão para atuar nos terminais de ônibus da região metropolitana de Goiânia.
Ao assumir o governo em 2006, Alcides Cidinho Rodrigues priorizou a segurança pública, com a convocação do competente José Paulo Loureiro para dirigi-la. Deu certo. Tanto que foi reeleito governador.
O vice-governador José Eliton (PSDB), que já está montando a equipe com a qual governará a partir de abril, convidou Sérgio Cardoso a continuar como articulador político. Ele é um dos auxiliares do governo que mais conhece os líderes municipais e mantém diálogo direto com todos.
Parte do emedebismo sugere que Iris Araújo é articuladora da candidatura de Ronaldo Caiado
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Daniel Vilela durante evento do Sincor-GO | Foto:Luciana Lombardi[/caption]
De um deputado do MDB, da linha irista-caiadista: “Não se pode esconder o sol com a peneira — Daniel Vilela, o nosso pré-candidato a governador, quase desistiu da disputa eleitoral. Ele disse que, se emedebismo continuar dividido — ‘por ação e graça do senador Ronaldo Caiado’ —, entre ele e o ‘irismo-caiadismo’, será muito difícil postular cargo majoritário em outubro. A pergunta é: dá para apoiar um candidato que, sob pressão, dá piti?”.
De outro deputado do MDB, da linha vilelista: “Daniel Vilela reclama das traições, sempre de maneira elegante. Mas nunca ameaçou renunciar à candidatura. Como fato novo das eleições deste ano, ele vai até o fim. Apesar da resistência do grupo de prefeitos iristas, ele será candidato, jamais recuará”.