Bastidores
Vivi Alves é candidata pelo Solidariedade, em Brasília. Em Goiânia, Maria Machadão, dona da Estância MM, disputa mandato de deputada federal pelo Avante
A proposta já recebeu centenas de sugestões, de todas as regiões de Goiás, por meio de reuniões presenciais, e-mails e whatsapp
Ex-deputado federal nega que vai desistir de sua campanha para se dedicar a projeto de outro adversário neste momento
Numa conversa com o prefeito Adib Elias, o candidato a senador do PSD disse que vai esperar até o dia 12 setembro para tomar uma decisão
A pesquisa Ipec contém dados que, cruzados e interpretados, dizem mais do que os números frios das intenções de voto. O candidato a senador pelo PSDB, Marconi Perillo, lidera, com 24% — seis pontos percentuais à frente do deputado federal Delegado Waldir Soares (União Brasil), que tem 18%.
Vale, porém, cruzar dados, extraindo detalhes que, relevantes, não têm sido apontados pelas reportagens, que se circunscrevem aos números ditos principais — as tais intenções de voto.
1
Apenas dois candidatos, Delegado Waldir (com 18%), e João Campos (com 7%), do Republicanos, têm 25%. Ou seja, um ponto percentual acima da intenção de Perillo.
2
Retirando Perillo, os demais candidatos, somados, têm 43%. Quer dizer, 19 pontos percentuais a mais do que o postulante do PSDB. Quer dizer, os dados mostram um quatro eleitoralmente inteiramente aberto e sujeito a mudanças, que podem ocorrer a qualquer momento.
Perillo está em primeiro lugar pelo fato de ser provavelmente o mais conhecido. Porém, com a campanha em campo, com os exércitos eleitorais da base governista pedindo votos, o quadro político-eleitoral pode mudar.
3
Os três candidatos da base governista — Alexandre Baldy (4%), Vilmar Rocha (4%) e Delegado Waldir (18%) — têm, juntos, 26%. Portanto, dois percentuais à frente de Perillo. O dado quer dizer mais do que aparenta (leia mais adiante).
4
Numa recente conversa com o prefeito de Catalão, Adib Elias — o principal prefeito do Sudeste goiano —, o candidato a senador pelo PSD, Vilmar Rocha, teria pedido apoio ao menos de alguns de seus aliados. O gestor municipal teria explicado que está 100% na campanha de Baldy e que seria importante uma união geral para ganhar a vaga de senador — que é importante para fortalecer o governo estadual.
Vilmar Rocha teria ouvido as ponderações de Adib Elias (os dois se admiram) e teria dito que vai esperar até 12 de setembro. Nesta data, se seus índices não tiverem melhorado, poderá desistir da campanha, apoiar outro candidato a senador e trabalhar para robustecer as candidaturas a deputado federal (que é o que o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, realmente quer) do Partido Social Democrático. Um Vilmar Rocha mais empenhado (inclusive com recursos financeiros) nas campanhas proporcionais pode levar o PSD a eleger de dois a três deputados federais (Francisco Júnior, Ismael Alexandrino e Dannillo Pereira).
Experts em pesquisas sugerem que, durante a campanha, com a apresentação de críticas à gestão de Perillo como governador (vale ressaltar que o tema “corrupção” voltou ao cenário com extrema força), um candidato da base governista tende a deslanchar. O postulante pode ser Alexandre Baldy ou Delegado Waldir. Até porque, em ascensão, o governador Ronaldo Caiado deve “puxar” um candidato a senador para cima. A saída de Vilmar Rocha, em estudo, pode favorecer um dos candidatos da base governista. O aumento de estrutura para os dois candidatos pode levá-los a deslanchar.
Pesquisa Ipec ouviu 800 eleitores em 35 municípios
A pesquisa Ipec citada neste texto ouviu 800 eleitores, entre 22 e 24 de agosto, em 35 municípios de Goiás. A margem de erro é de três pontos percentuais (para mais ou para menos). O nível de confiança é de 95%. A pesquisa está registrada no TSE com o número BR-01231/2022 e no TER sob o número GO-02234/2022.
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