Bastidores
É quase certo que o peemedebista Adib Elias não será diplomado como deputado estadual. A Justiça tende a barrá-lo. O líder de Catalão é apontado como “ficha suja”. O problema central é que, se cair, Adib Elias leva junto outro deputado eleito, Ernesto Roller, de Formosa. O PMDB perderia duas vagas. Os tucanos Júlio da Retífica e Daniel Messac assumiriam no lugar da dupla peemedebista. PMDB se tornaria um partido nanico.
Deputados estranham o entusiasmo de José Nelto com a possível candidatura do tucano José Vitti a presidente da Assembleia Legislativa. “Quem vê a alegria de Zé Nelto quando o nome de Vitti é mencionado acredita que é filiado não ao PMDB, e sim ao PSDB”, afirma um parlamentar peemedebista.
“Chiquinho Oliveira é favoritíssimo para presidente da Assembleia Legislativa”, afirma o presidente nacional do PHS, Eduardo Machado. “Ele é craque e articula como poucos.” Eduardo Machado afirma que, enquanto a maioria dos políticos dormem, Chiquinho Oliveira come e respira política. O marqueteiro Célio Rezende afirma o mesmo: “Chiquinho Oliveira é uma força da natureza. Parece que não dorme”.
A CPI do PAC deve apurar outro escândalo do governo da presidente Dilma Rousseff. O deputado federal Ronaldo Caiado é um dos políticos mais interessados na questão. Um procurador da República garante que a próxima bomba que deve explodir no colo da presidente Dilma Rousseff tem a ver com os empréstimos do BNDES. Na sequência, deve explodir o escândalo bilionário dos fundos de pensão. 2015 deve ser um ano de crises — econômica, política e moral.
Iris Rezende teria dito que não vai cometer “petericídio” em Goiânia. Quer dizer, não apoia candidato do PT a prefeito da capital, em 2016. Na verdade, Iris Rezende tem apreço pessoal pelo prefeito Paulo Garcia (PT), mas não aceita bancar um nome do PMDB para vice de um possível candidato do PT, como Adriana Accorsi, Humberto Aidar ou Edvard Madureira. Iris Rezende estaria, de repente, contra o PT? Nada disso. O peemedebista avalia que, se não bancar candidato a prefeito de Goiânia, em 2016, perderá o controle do partido. Se for eleito prefeito, Iris Rezende se tornará, mais uma vez, a força mais expressiva do PMDB em Goiás. Com mandato, definirá o nome do candidato do PMDB a governador em 2018.
Quem acreditar que Iris Rezende vai entregar o PMDB para a aliança Daniel Vilela-Júnior Friboi — sem promover uma verdadeira guerra — conhece muita coisa, mas não conhece direito o peemedebista-chefe.
A tendência é Iris Rezende disputar a Prefeitura de Goiânia — ou indicar um preposto, como Agenor Mariano, atual vice de Paulo Garcia — com um vice do DEM de Ronaldo Caiado. A aliança PMDB-DEM exclui, logicamente, o PT.
Quem diria: depois de uma derrota acachapante, que enterraria qualquer um, o nome de Iris Rezende não sai da imprensa... mais uma vez como possível candidato, agora a prefeito. Um peemedebista é autor do comentário mais ferino: “Iris Rezende é o verdadeiro Drácula da política”. Estranhamente, já estão chamando Daniel Vilela de Van Helsing. Fora o mau gosto da frase, nenhum goiano teve uma vida política tão longeva. Nenhum tem a sua resistência. Iris perdeu três eleições para o governo do Estado e uma para o Senado — não ganha uma eleição em nível regional desde 1998 —, mas não se aposenta de jeito nenhum.
Humberto Aidar aposta que Vanderlan Cardoso só disputa a Prefeitura de Goiânia se reunir uma frente ampla. “Isolado, vai perder mais uma eleição”, acredita o deputado estadual do PT. Vanderlan Cardoso disse a um aliado que pretende disputar a Prefeitura de Goiânia e que, se for derrotado, não vai disputar mais o governo de Goiás e pretende abandonar a política. Porque não pretende se transformar no “Iris Rezende 2”. Vanderlan passaria a se dedicar, exclusivamente, aos seus negócios empresariais. No momento, passa mais tempo cuidando de seus empreendimentos noutros Estados — Bahia, Pernambucano e Pará — do que em Goiás.

[caption id="attachment_17522" align="aligncenter" width="620"] Foto: Fabio Lima[/caption]
O prefeito de Senador Canedo, Misael Oliveira (PDT), é peremptório: “Vanderlan Cardoso será o fato novo para prefeito de Goiânia e tende a ser eleito. O cartel dele, como gestor, é extremamente positivo”.
Misael Oliveira garante que o capital eleitoral de Vanderlan Cardoso na Grande Goiânia é excepcional. “O eleitor vai, na capital, optar por alguém que não pertence aos grupos dominantes, ou seja, nem é do PMDB, nem do PT, nem do PSDB.”
Policiais militares, alguns deles simpáticos ao Major Araújo, um deputado atuante, lamentam que esteja atacando um delegado apontado como “sério e competente”, Alexandre Lourenço. Nos seus ataques mais duros, Major Araújo sustenta que Alexandre Lourenço tem ligação com traficantes de drogas. O que, evidentemente, não tem comprovação. Alexandre Lourenço decidiu processar o deputado estadual.
Devido ao projeto de o governador Marconi Perillo de alcançar projeção nacional, é possível que o PSDB goiano envie um ou dois jornalistas para apresentar, fora do Estado, as realizações do governo de Goiás ao País. Por enquanto, é uma ideia. Porém, se Marconi pretende se tornar um político nacional, a primeira dica, simples mas preciosa, é que não deve falar tão-somente de assuntos regionais. O tucano-chefe tem de discutir a política nacional, interferindo no processo, como tem feito Aécio Neves. Ao opinar sobre a escolha do novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, começa a fazer a coisa certa. Dois assuntos goianos, no campo administrativo, podem entrar na agenda nacional: o Crer e, em seguida, o Credeq. Bem trabalhados, mostrarão que Marconi Perillo anda à frente de outros gestores consagrados do País. O Crer já pode ser trabalhado, porque está funcionando, e muito bem, inclusive tendo se tornado modelo do Ministério da Saúde. O Credeq está prestes a sair do papel e tende a atrair a opinião do País — porque as drogas são as chagas que estão tragando várias famílias — para Goiás.
Três políticos devem se tornar players nacionais do governador Marconi Perillo. Dois jovens e um veterano. Os presidentes nacionais do Pros e do PHS, Eurípedes Júnior e Eduardo Machado, trafegam na política do País como se fossem peixes nos mares. Estão em casa. Falam com Dilma Rousseff, com Aloizio Mercadante e Ricardo Berzoini (motivo: têm deputados federais nos seus partidos). Vilmar Rocha, cotado para um cargo no governo federal, na equipe de Gilberto Kassab, tem presença ativa na política nacional, por ter sido deputado federal durante anos e manter ligações com políticos do DEM e de seu novo partido, o PSD. Agora, evidentemente, o grande player é o próprio Marconi Perillo, que transita com facilidade nos grandes centros do País.
O dirigente de uma rede de televisão ficou impressionado com o conhecimento que o governador de Goiás, Marconi Perillo, tem de vinhos. Não é conhecimento de leigo. É conhecimento científico, articulado mesmo, devida e meticulosamente estudado. O dirigente confidenciou ao presidente do PHS, Eduardo Machado, que Marconi Perillo sabe tudo, literalmente tudo, sobre vinhos. Fala de safras, uvas, com pleno conhecimento de causa. De enófilo, é bem possível que já possa ser chamado de enólogo, frisa o executivo.

[caption id="attachment_12360" align="aligncenter" width="620"] Gomide e Dilma, durante a inauguração da Ferrovia Norte-Sul, em Anápolis Foto: blog.planalto.gov.br[/caption]
Neste fim de semana, o ex-candidato ao Governo de Goiás Antônio Gomide (PT) deve se encontrar com a presidente Dilma Rousseff (PT), em Fortaleza (CE).
Com intuito de buscar maior aproximação com o partido, a presidente é esperada na reunião da direção nacional da legenda, que será realizada na capital cearense.
Membro do diretório nacional do PT, o ex-prefeito de Anápolis participará das discussões sobre a atual conjuntura política, o futuro da sigla e preparativos para o congresso petista em 2015.