Bastidores
Nayara Barcelos, do PSB, é uma das apostas de Vanderlan Cardoso em Rio Verde. Deve disputar mandato de vereadora. Candidata a deputada federal em 2014, sem uma estrutura considerável, Nayara Barcelos obteve mais de 10 mil votos. Não é pouco.
O presidente do Tribunal de Justiça de Goiás, Nei Teles de Paula, assumiu interinamente o governo do Estado na semana passada. Ele é competente, íntegro e culto.
Nei Teles está terminando sua gestão como presidente do TJ. Seus pares e advogados consideram que fez um trabalho austero e contribuiu para tornar a Justiça mais ágil.
Pacientes de Rio Verde que precisam de insulina ou mesmo de um simples analgésico devem procurar a vizinha Jataí, que é bem administrada pelo prefeito Humberto Machado, do PMDB. Em Rio Verde, dada a inação do prefeito Juraci Martins, faltam medicamentos, e já há algum tempo.
O secretário de Cidades, Vilmar Rocha, decidiu não mexer na cúpula do Meio Ambiente. Ficam Jaqueline Vieira e seus principais auxiliares. Vilmar Rocha não quer desmontar aquilo que está funcionando. Jaqueline Vieira, dado seu relacionamento com Adair Meira, seu ex-marido, tem prestígio no governo federal. Assim como Vilmar Rocha, aliado de primeira hora de Gilberto Kassab, hoje um dos ministros e políticos mais próximos da presidente Dilma Rousseff.
Iris Rezende fez uma série de confidências a um político aposentado e seu amigo há décadas. Numa das conversas, o peemedebista frisou que não tem muita vontade de disputar a Prefeitura de Goiânia, em 2016. Porém, logo depois, Iris Rezende acrescentou que, com a derrota para o governador Marconi Perillo, não fechou de maneira satisfatória seu ciclo na política de Goiás. Assim, se for eleito prefeito de Goiânia, poderia “completar” o ciclo e dar a volta por cima. Quando se trata de Iris Rezende, o d. Sebastião da política de Goiás, a história sempre se repete. Ele não desiste nunca de disputar eleições.
Há um consenso no meio político: o deputado federal Ronaldo Caiado excedeu nas críticas-ataques ao ministro das Cidades, Gilberto Kassab. A cúpula do DEM, embora satisfeita com o parlamentar goiano, teme que, no Senado, Ronaldo Caiado se torne uma espécie de Demóstenes Torres 2, que era adulado pela mídia e detestado pelos colegas. Quando precisou deles encontrou só ausência e desprezo. Frise-se que não se está falando da integridade do líder do DEM. Caiado é íntegro.
Da cota pessoal do governador Marconi Perillo, o jovem Guto Medeiros assumiu a Superintendência de Administração e Finanças da Secretaria de Governo.
Guto Medeiros é um dos executivos mais respeitados pelo governador Marconi Perillo. Dada sua eficiência e criatividade.
Marconi Perillo chegou a pensar em bancá-lo para deputado na eleição passada.
Conta-se que, de manhã, ao levantar-se, o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT), corre para o espelho e, ao ver sua imagem, pergunta: “Estou bem na Prefeitura, não estou?” A imagem, mesmo envergonhada, é condescendente: “Está bem demais. Eu adoro você. O problema são os goianienses, que não aprovam sua gestão”. O problema-chave de Paulo Garcia, um político decente, é que não assume que os problemas da Prefeitura de Goiânia decorrem de sua falta de aptidão para a gestão pública e para a lida política. Enquanto responsabilizar terceiros — como o governador Marconi Perillo, o presidente da Agetop, Jayme Rincon, e a imprensa — por seus problemas, que são muitos, o petista-chefe não vai conseguir resolvê-los.
Perguntado se voltaria ao PMDB para disputar a Prefeitura de Goiânia, o empresário Vanderlan Cardoso teria comentado, rápida e laconicamente: “E eu sou lá bobo!”
Quando o vice-prefeito de Goiânia, Agenor Mariano, admite que só o governador Marconi Perillo pode salvar a gestão de Paulo Garcia é porque as coisas vão mesmo muito mal. Quando um peemedebista, em tempos idos, teria coragem de dizer uma heresia dessas?! Mas Agenor Mariano tem mesmo razão. O governo da presidente Dilma Rousseff vai ajudar muito pouco prefeitos e governadores em 2015. Paulo Garcia tem de procurar o governador Marconi Perillo, reduzir a arrogância e pedir apoio para gerir Goiânia com mais eficiência.
O empresário que está cuidando da iluminação pública em Goiânia teria sido escorraçado de São Paulo. O prefeito Paulo Garcia tem de verificar com cuidado quem são seus aliados, sejam políticos, administrativos ou empresariais. Em seis meses, a Prefeitura de Goiânia torrou 18 milhões de reais com iluminação pública, ainda muito deficiente. Para piorar as coisas, não há licitação.
A popularidade de Ernesto Roller, em Formosa, comeu fermento e está cada vez mais alta. Deputado estadual eleito pelo PMDB, o jovem advogado lidera todas as pesquisas de intenção de voto no município. As sérias, as mais ou menos sérias e as não-sérias. Há um único nome consistente para enfrentar Ernesto Roller: Sebastião “Caroço” Monteiro, conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios. Tião Caroço quer disputar. Para ele, mais do que uma questão política, é um problema pessoal. Tião Caroço chega a dizer, nos bastidores, que, se perder para Ernesto Roller, mudará de Formosa para sempre. O que ele está sugerindo, na verdade, é que “não” perderá de maneira alguma para o peemedebista.
A quebradeira é geral nas prefeituras de Goiás. O prefeito de Minaçu demitiu a maioria dos servidores públicos. O prefeito de Alto Horizonte, devido à queda da arrecadação de 10 milhões para 6 milhões de reais, também vai demitir funcionários. O problema é que o mercado dos dois municípios não têm condições de absorver, de imediato, os afastados. Crise social à vista.
Folclore corrente em Rio Verde: dois políticos, um do PSD e um PSDB, conversam animadamente na porta da prefeitura quando um deles, de supetão, dispara: — Você está sabendo que o prefeito Juraci Martins vai ser condenado pelo Tribunal do Júri?” — Não estou sabendo, não. O que sei é que Juraci Martins, um homem de bem e extremamente pacífico, não matou ninguém. — Você está enganado. Ele matou sim, e todos já estão sabendo, exceto você. — Então, caro amigo, desembucha: quem, afinal, Juraci Martins matou. — Ora, caro amigo, ele matou uma cidade, Rio Verde.
De um hábil articulador político: “O presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Anselmo Pereira, até agora não honrou os compromissos que garantiram a sua vitória”. O recado, meio enviesado, não explica exatamente quais foram os compromissos. “Nada de irregular”, garante a fonte. “São compromissos políticos.” Sabe-se que, sem o apoio deste articulador, dificilmente Anselmo Pereira teria sido eleito.

