Bastidores
Rio Verde, se perder a Metrobus, deve ganhar uma diretoria da Agehab, a hoje ocupada por Fernando Jorge, do grupo de Jovair Arantes. Juraci Martins, Heuler Cruvinel e Lissauer Cruvinel querem uma secretaria para Rio Verde. É preciso admitir que, na eleição de 2014, o grupo do PSD no município mostrou força, pois elegeu um deputado federal e um deputado estadual.
Peemedebistas dizem que, se ganhar o comando do PMDB, o empresário Júnior Friboi será candidato a governador em 2018. Se não, estará fora do processo. Júnior Friboi torce pelo menos para que o prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela, e seu filho, o deputado federal eleito Daniel Vilela se esforcem um pouco mais e assumam o comando do partido. O empresário gostaria de ter Daniel Vilela como vice na disputa para o governo de Goiás. Como a coluna Bastidores revelou em primeira mão, o PRB, partido controlado pela Igreja Universal, convidou o empresário para assumir o comando em Goiás. O problema é que Júnior Friboi avalia que, para ser eleito governador, precisa contar com uma estrutura partidária mais sólida.
Enquanto Júnior Friboi tenta uma aliança com Maguito Vilela, Daniel Vilela, Pedro Chaves e Leandro Vilela, com o objetivo de criar um grupo antiirista no PMDB, o irismo navega noutra direção. O irismo concluiu que não tem um sucessor de estatura estadual para bancar para a disputa do governo de Goiás em 2018. Por isso tende a apoiar o deputado Ronaldo Caiado para a disputa, mesmo se ele permanecer no DEM. Ronaldo Caiado quer disputar o governo, avalia que o apoio do PMDB é fundamental, para livrá-lo da pecha de candidato da terceira via — sinônimo de derrota em Goiás —, mas gostaria de ter o deputado Daniel Vilela como seu vice, o que não agrada muito o irismo. Este poderá indicar Lívio Luciano ou Agenor Mariano para vice.
De um petebista, escandindo as palavras: “O deputado federal Jovair Arantes é fiel ao governador Marconi Perillo, mas não é seu bate-pau. Daí as críticas que faz às escolhas do secretariado”. Jovair Arantes está batendo duro publicamente e mais duro ainda privadamente. Nos últimos dias, segundo um tucano, o deputado do PTB “não conversando; ele está bufando de raiva”.
O deputado federal Pedro Chaves pode sair do PMDB? Não se sabe. Mas é bom ficar de olho na possível fusão entre o PSD e o PL. Pedro Chaves, deputado atuante, é um dos propugnadores da tese de que ou PMDB se renova ou morre. Assim como Júnior Friboi e Frederico Jayme, o parlamentar avalia que chegou a hora de Iris Rezende largar o “osso”.
No mercado persa da política comenta-se que o Ministério Público vai pedir a cassação de um deputado federal e de um deputado estadual eleitos em 2014. Motivo: fraude na prestação de contas. Um laranja estaria propenso a aceitar a delação premiada para revelar o esquema.
O presidente do Pros nacional, Eurípedes Júnior, está sendo chamado de o patinho feio da política de Goiás. Ele havia informado a cúpula nacional do partido que, como segundo suplente, assumiria uma vaga na Câmara dos Deputados. Até agora, porém, o que se sabe é que está fora do Parlamento. Porque o compromisso do governador Marconi Perillo, tudo indica, é apenas com o deputado federal Sandes Júnior, do PP. É provável que Eurípedes Júnior seja nomeado para um cargo no governo da presidente Dilma Rousseff.
“O PMDB cansou-se de Iris Rezende mas Iris Rezende não se cansou do PMDB”, afirma um peemedebista. “Fica-se com a impressão que Iris Rezende impôs-se uma missão: destruir o PMDB em Goiás. Ele está conseguindo. Quando terminar 2018, o partido terá completado 20 anos fora do poder”, critica o peemedebista. “Iris Rezende, se fosse uma empresa, já teria falido. Ele tem de parar de usar o PMDB para ter poder só para si”, acrescenta o jovem peemedebista. “É preciso acabar a era do medo no partido.”
O problema de Agnelo Queiroz, que fracassou como governador do Distrito Federal, apesar de feito muitas obras, é o mesmo da presidente Dilma Rousseff: o excesso de tendências do PT. As tendências se tratam como adversárias, e em alguns casos até como inimigas. O que uma faz a outra tenta desmanchar. Isto também ocorre na gestão de Paulo Garcia, em Goiânia, embora em menor escala. Sabe-se que as principais denúncias contra Agnelo Queiroz que saíam na imprensa local e nacional eram plantadas por petistas insatisfeitos, mas recebendo do governo do DF.
O economista Valdivino Oliveira (PSDB) foi contratado para, na marca do pênalti, ajustar as contas do governo de Agnelo Queiroz (PT), em Brasília. Não deu pé, é claro, mas pelo menos o altamente qualificado gestor goiano indicou os caminhos para a recuperação das contas públicas. O governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB), se quiser começar o governo sabendo o caminho das pedras, não poderá prescindir do trabalho do professor da PUC de Goiás. Seja como auxiliar direto ou como consultor.
O principal conselheiro do prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT), é o ex-prefeito Iris Rezende. Numa das conversas, o decano do PMDB teria dito que o petista-chefe precisa “mandar” na prefeitura. Noutras palavras, Iris Rezende sugeriu que Paulo Garcia assuma, de vez, a liderança de sua equipe e expurgue aqueles, de quaisquer partidos, que não estiverem realmente comprometidos com a gestão pública. Bem intencionado e decente, Paulo Garcia até agora não definiu uma marca para sua gestão e parece não ter um eixo administrativo. Faz muitas coisas, mas não é conhecido por uma coisa bem feita, aquilo que fica gravado no inconsciente coletivo. Iris Rezende fazia asfalto — é uma marca. Qual é a de Paulo Garcia? Ainda não se sabe. Mas engana-se quem acredita que o prefeito está “morto” do ponto de vista administrativo e político. Não está. Ele ainda tem tempo para recuperar a gestão e se posicionar politicamente de maneira mais forte. Mas precisa aceitar o conselho de Iris Rezende e assumir o comando da prefeitura, antes que seja tarde, muito tarde.
No momento, Vilmar Rocha está se reunindo com os líderes do PSD para discutir a sucessão municipal de 2016. Ele é adepto da tese de Tancredo Neves de que, em política, não existe cedo — só tarde. Mas, como costuma dizer, cada coisa tem seu tempo. O objetivo do presidente do PSD é encorpar o partido a partir das eleições municipais. O PSD tem cinco deputados estaduais e dois deputados federais. Com uma estrutura municipal mais sólida, estabelecida em 2016, o partido tende a aumentar a bancada parlamentar na eleição seguinte, a de 2018. O PSD tem chance, por exemplo, de bancar candidato a governador em 2018.
O supersecretário de Cidades, Meio Ambiente, Infraestrutura e Assuntos Metropolitanos, Vilmar Rocha (PSD), pouco dado a arroubos autoritários e mudanças tão-somente marqueteiras, afirma que quer e vai trabalhar com aqueles que querem contribuir para a modernização de Goiás. Por isso, ao assumir a secretaria, não vai pedir a cabeça de ninguém nem vai promover mudanças radicais. O que estiver funcionando bem será mantido e ampliado.
O secretário Vilmar Rocha (PSD) é o tipo de pessoa que não se irrita com nada. Está sempre bem-humorado e é extremamente afável. Homem culto, com formação até erudita, prefere se comportar de maneira simples, sem firulas acadêmicas (mas quem leu seu livro sobre o populismo sabe que seus voos acadêmicos são altos). É um liberal que aposta que o investimento no social, num país como o Brasil, é mesmo absolutamente necessário. Nisto, segue, de certa forma, a tese do liberalismo social sugerido pelo filósofo José Guilherme Merquior. A presidente Dilma Rousseff o chama de “Gilberto Kassab de Goiás”. Vilmar Rocha não se importa com a comparação, pois a presidente quer dizer que se trata de um político diplomático como o político de São Paulo. De brincadeira, integrantes do PSD começam a chama-lo de “Kassab do Cerrado” ou de “Kassabinho do Planalto”. O fato é que, embora Kassab seja ministro e de uma Estado mais poderoso, a história de Vilmar Rocha é muito superior à do líder do PSD nacional.
O secretariado do governador Marconi Perillo tem perfil técnico e político. Mesmo os políticos têm formação técnica adequada e a maioria dos técnicos têm visão política aguçada (casos de Raquel Teixeira e Leonardo Vilela, com passagem positiva pela Câmara dos Deputados). Os principais partidos que contribuíram para a vitória do tucano-chefe, do PSDB, foram contemplados no primeiro escalão. O PSD tem dois secretários, Vilmar Rocha e Thiago Peixoto. PP tem um supersecretário, o vice-governador José Eliton. O PTB, que tende a ficar forte no segundo escalão (que terá papel decisivo na condução direta do governo), indicou o deputado Valcenor Braz. O deputado federal Jovair Arantes, presidente do PTB, desabafou com aliados que não ficou satisfeito com a escolha do secretariado, embora publicamente admita que as nomeações são de responsabilidade exclusiva do governador. O PHS emplacou Eduardo Machado na Metrobus. Uma das missões de Machado é contribuir para alavancar o projeto nacional do líder tucano. O PSDB, além de ter o governador, mantém integrantes em pastas chaves. Com a ida de Thiago Peixoto para a Segplan, o primeiro suplente da coligação governista, o deputado federal Sandes Júnior, do PP, permanece em Brasília. Com dois deputados estaduais na equipe do tucano-chefe, os suplentes Júlio da Retífica, principal líder político do Norte goiano, e Daniel Messac, ligado à Igreja Assembleia de Deus, continuam na Assembleia Legislativa. Ambos são tucanos. Eurípedes Júnior, presidente nacional do Pros, permanece como suplente. A indicação de Frederico Jayme para a chefia de Gabinete indica que ela vai funcionar praticamente como uma secretaria política. Porque Frederico Jayme não é meramente técnico. Acima de tudo, é um articulador político hábil e, por isso, será uma das principais pontes do governo com os prefeitos de vários partidos. Setores do PMDB que não aceitam a liderança de Iris Rezende tendem a se aproximar do governo, por intermédio de Frederico. Há risco, até, de debandada para o lado do governo. Henrique Tibúrcio, na Secretaria de Governo, é uma das apostas pessoais do governador Marconi Perillo. O projeto é transformá-lo num novo quadro político do PSDB em Goiás. Tibúrcio deixa a presidência da OAB-Goiás. E uma eleição será convocada -- só entre os conselheiros da Ordem -- para eleger o novo presidente. Será um mandato-tampão, até o fim de 2015. O advogado e professor universitário Flávio Borges é apontado como um dos candidatos mais fortes. Dependendo das articulações, no lugar de "um", pode ser "o" candidato. A seguir confira a lista oficial da nova equipe do governo de Goiás. I – Secretarias de Estado
- José Eliton de Figuêredo Júnior Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Científico e Tecnológico e de Agricultura, Pecuária e Irrigação• José Carlos Siqueira Secretaria de Estado da Casa CivilVilmar da Silva Rocha Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Infraestrutura, Cidades e Assuntos MetropolitanosAna Carla Abrão CostaSecretaria de Estado da Fazenda Thiago Mello Peixoto da Silveira Secretaria de Estado de Gestão e Planejamento
- Glória Edwiges Miranda Coelho Chefe de Gabinete Particular do Governador
- Simão Cirineu Dias Chefe de Gabinete da Representação de Goiás no Distrito Federal•
- Carlos Eduardo Reche Chefe de Gabinete de Gestão de Imprensa do Governador•
- Adailton Florentino Nascimento Chefe do Gabinete Militar
- Carlos Maranhão Gomes de Sá Presidente do Grupo Executivo do Veículo Leve sobre Trilhos• Adauto Barbosa Júnior Controlador-Geral do Estado • Cleomar Rizzo Esselin Filho Defensor Público-Geral do Estado • Alexandre Eduardo Felipe Tocantins Procurador-Geral do Estado