Artigo de Opinião

Proposta aqui é que os municípios explorem as vantagens de uma atuação semelhante à das empresas privadas

29 de novembro, primeiro dia de férias da escola. Acabouuuuu, grita o Galvão. A mãe tá feliz porque não precisa mais ficar dirigindo e fazendo lanche, e acordando às 5h. Aháaaa, quem disse? Pois a bonita da rotina com um bebê em casa ela dá um tapa na cara da gente. O menino Matheus, no auge dos 6 meses, acordou às 5h como de costume. Naquela hora que a casa inteira levanta e ele brinca com a irmã, vai no colo do pai, espera a casa acalmar de novo. Eu não estava sequer conseguindo manter meus olhos abertos, mas ele estava lá, sorrindo, pulando em cima da gente na cama do papai e da mamãe.
Na primeira reunião do dia, às 9h, eu já tinha trabalhado como uma adulta, arrumado a comida da gata (a pet mesmo, que também mia às 5h pra pedir a comida dela), feito o lanche da Cecília, meu café, coloquei roupa na máquina e tirei o lixo, um monte de fralda de cocô que não deu tempo de tirar ontem. E para conseguir me reunir, Cecília cuidou do Matheus e foi quando eu terminei a reunião que tirei essa foto pensando: Deus, como eu sou sortuda. Porque ser mãe é gritar no meio da tarde e sentir culpa quando eles dormem. É gratidão atrás de eita.
Cecília tem 9 anos e eu já conseguia andar mais depressa. Limpar a casa mais depressa, comer, me arrumar, tomar um banho demorado. Aos 9 anos um filho não te impede mais de fazer coisas de rotina. Quando eu tinha muito trabalho eu pedia para ela esperar um pouco, pegar a comida na geladeira, tomar banho… Eu tinha me esquecido de como um bebê muda tudo. Meu Deus, acho que a gente esquece a introdução alimentar para não desistir de outro filho. É caótico.
Enquanto eu escrevia essa crônica, eu olhava pro macarrão que tá no chão. O que caiu hoje e o que caiu ontem e não deu tempo de limpar. Limpar a comida no chão ou dar banho na criança que tá chorando com sono? Limpar a comida do chão ou trabalhar? Tem que escolher suas lutas, amiga! Saí pra levar a Cecília no ballet, Matheus chorou na volta e me fez gastar nada menos de 3 horas pra chegar em casa, numa chuva imensa. 15h30 da tarde e eu parada numa rua do setor Aeroporto, debaixo de uma árvore cantando Dona Aranha e ninando um bebê no colo. É, um filho te faz pisar no freio. Não tem jeito. É desacelerar e aceitar.
Eu e Cecília gostamos demais de conversar na volta da escola. Outro dia, eu com pressa, não perguntei como ela tinha saído na prova. Ligação, mensagem no WhatsApp, celular tocando e ela me solta: “Nossaaaaaa, queria minha mãe de volta. Você nem me perguntou como eu fui na prova de Geografia….” Eu segurei o riso, pedi desculpas e claro, perguntei da prova. Tem dias que ela me chama pra ver o formato de uma nuvem e minha cabeça tava lá, preocupada com os boletos. Eu amo que duas criaturinhas me fazem pisar no freio porque eu acho tão triste a vida no automático.
A maternidade me ensinou que o hoje passa rápido e amanhã é outro dia, eles aprendem coisas novas, o rostinho mudou. O bebê que não sentava começa a ficar de pé. A menina que aceitava sua opinião quer escolher a própria roupa, não usa mais laço no cabelo e aprendeu a cozinhar. Se você não prestar atenção na prova da escola, ou no vídeo que ela quer que você assista, um dia ela não vai querer te contar mais nada porque você não dá importância.
Eu tenho uma regra clara: se eles pedirem colo, eu paro o que estiver fazendo. Será que vão querer meu colinho pra sempre? Eu me lembro como se fosse hoje de quando chorei no colo da minha mãe em posição fetal depois de não ser aprovada no vestibular. Não existe lugar mais seguro. Eu aprendi que às vezes teremos banhos bem rápidos e colos demorados, mas que todas as fases vão passar. Você se lembrará pouco dos perrengues e sentirá uma saudade imensa de ser colo. Pisa no freio, vai com calma. E esse recado também é pra mim!
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*Fernando Picoli
Na última década, Goiás tem enfrentado uma preocupante desvalorização da Polícia Científica. Tal tendência não só é injusta, mas também ignora a relevância dessa instituição na manutenção da justiça e da ordem pública.
Na data em que se celebra o Dia do Perito, 4 de dezembro, uma reflexão é devida: qual tratamento deve ser dado aos Peritos Oficiais de Natureza Criminal, sejam eles peritos criminais ou médicos legistas, uma vez que dedicam suas vidas à proteção e à justiça?
Esses profissionais são responsáveis por coletar, analisar e interpretar as evidências físicas das cenas de crime. Sem essas provas, muitas investigações ficariam estagnadas, a justiça seria comprometida e inúmeras famílias goianas permaneceriam sem respostas. A perícia oficial emprega métodos rigorosos e tecnologias avançadas para garantir a precisão e confiabilidade das evidências. Inferiorizar esse trabalho é desconsiderar a base científica que sustenta o sistema de justiça criminal.
Os peritos criminais e médicos legistas de Goiás estão na vanguarda da inovação, com qualificação e preparo em análise de DNA, balística forense e exames toxicológicos, técnicas que revolucionaram a investigação criminal. Essa expertise não só aumenta a eficiência das investigações, mas também assegura que os culpados sejam responsabilizados e os inocentes, absolvidos. Ignorar a importância da Polícia Científica é um retrocesso para a justiça.
Os profissionais da Polícia Científica goiana têm uma formação rigorosa e contínua, buscando se atualizar com os avanços científicos e tecnológicos. Essa dedicação à educação e ao aprimoramento constante é um testemunho do compromisso desses profissionais com a justiça. Desvalorizar seu trabalho é desrespeitar anos de estudo e dedicação, além de ignorar as necessidades da própria população goiana.
A Polícia Científica é um pilar essencial da justiça moderna. Seu trabalho meticuloso e baseado em evidências é fundamental para que a verdade prevaleça e a justiça seja feita. Inferiorizar a Polícia Científica é negar a importância de uma parte essencial do conjunto que forma a segurança pública enaltecida nacionalmente.
Os peritos oficiais aguardam um 4 de dezembro que valha a pena comemorar, e isso só se dará através da verdadeira valorização.

*Fernando Picoli é perito oficial de natureza criminal e presidente do Sindperícias

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