Poucos diretórios nacionais optaram pelo critério de distribuir os recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) para os diretórios estaduais, que ficariam com a responsabilidade de repassar aos candidatos. No entanto, as questões de distribuições de recursos direcionados para candidatos selecionados localmente persistiram, com alguns recebendo muito dinheiro e outros nenhum valor. O advogado eleitoral Danúbio Cardoso explica que as legendas têm autonomia para realizar as distribuições mediante observação apenas dos percentuais de contas de gêneros e de raça.

Dos principais partidos que disputam eleições majoritárias em Goiás, apenas o União Brasil (UB), que tem como candidato à reeleição o governador Ronaldo Caiado, recebeu da instância superior R$ 9 milhões e dividiu entre os candidatos no Estado. O Partido Liberal (PL), do candidato ao governo estadual, deputado federal Major Vitor Hugo, preferiu distribuir diretamente os recursos para os candidatos, tanto ao Governo de Goiás quanto para deputados federal e estadual.

Assim também, o Partido dos Trabalhadores (PT), do candidato Wolmir Amado, repassou individualmente para cada candidato, sem intermédio da direção estadual. “O PT é um partido nacional e é natural as definições serem tomadas nacionalmente. Tem um Grupo de Trabalho Eleitoral, que executa as ações ouvindo as lideranças dos estados e ajustando à estratégia nacional que é eleger o Lula e ampliar as bancadas de deputados e senadores”, respondeu ao Jornal Opção, a presidente da legenda, Kátia Maria, acerca da distribuição do FEFC.

Nesse sentido, os candidatos do Patriota, do governadoriável Gustavo Mendanha, receberam via direção nacional. Ao Jornal Opção, o presidente da legenda, Jorcelino Braga, afirmou que o critério para a centralização foi uma maneira de reduzir “o trabalho e riscos” nos Estados. “No Patriota, a distribuição dos recursos do fundo eleitoral, foram repassados diretamente aos candidatos”, frisou, acrescentando que a cúpula da sigla mostrou preocupação quando ao cumprimento da cota de gênero e de raça. “Nosso partido, em reunião da executiva nacional, optou por fazer esse controle pelo diretório nacional, reduzindo o trabalho e riscos”, salientou.