A Polícia Federal pediu autorização ao Supremo Tribunal Federal (STF) para indiciar o presidente Jair Bolsonaro, nesta quarta-feira,17, pela prática de crime ao disseminar notícias falsas sobre a Covid-19, inclusive relacionando a vacina com o risco de contrair Aids.

Esta falsa relação foi mencionada por Bolsonaro em uma live nas redes sociais, dia 22 de outubro do ano passado. Para a delegada Lorena Lima Nascimento, responsável pelo caso, tanto Bolsonaro quanto Mauro Cid, que ajudou a produzir a transmissão em vídeo, devem ser indiciados por praticarem incitação ao crime.

Segundo a PF, que pediu autorização para tomar depoimento de Bolsonaro, o presidente “disseminou, de forma livre, voluntária e consciente, informações que não correspondiam ao texto original de sua fonte, provocando potencialmente alarma de perigo inexistente aos espectadores”. A fonte seria um relatório oficial do Reino Unido, segundo pelo presidente. A associação é falsa, já que não há relatório que faça associação entre vacina contra Covid-19 e aumento do risco de contrair Aids. Ainda segundo o relatório, as falas veiculadas na live incentivaram os espectadores a descumprirem normas sanitárias que o próprio governo havia estabelecido.

Falhas em documentações de candidatura

Também nesta quarta-feira,17, o Ministério Público Eleitoral informou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que há falhas na documentação exigida para registro das candidaturas do presidente Jair Bolsonaro (PL), do ex-presidente Lula (PT), de Ciro Gomes e de outros quatro candidatos ao Planalto.


Os problemas nos documentos devem ser resolvidos porque, caso contrário, podem levar à rejeição do pedido de candidatura. Lula, Ciro, Simone Tebet (MDB), Pablo Marçal (Pros), Sofia Manzano (PCB) e Leonardo Péricles (UP) precisam fazer os ajustes. As manifestações foram apresentadas pelo vice-procurador-geral eleitoral, Paulo Gustavo Gonet Branco. No caso de Bolsonaro, faltam certidões criminais para fins eleitorais. No registro de Lula, faltam certidões criminais de 1ª e 2ª instâncias da Justiça Eleitoral.

Lula entra com ação contra Flávio Bolsonaro

Hoje, a coligação do ex-presidente Lula acionou o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e outros 67 apoiadores de Jair Bolsonaro no TSE. O motivo foram publicações feitas em redes sociais, nas quais a foto de um painel instalado em Porto Alegre associa a esquerda ao aborto e à facção PCC (Primeiro Comando do Capital).

O petista pede que o TSE a exclusão das postagens e que os responsáveis sejam multados em R$ 25 mil.