O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) decretou a falência do Grupo Itapemirim nesta quarta-feira, 21, após seis anos em recuperação judicial. A empresa também devia mais de R$ 2,2 bilhões em impostos e R$ 253 milhões para credores. A decisão do juiz João de Oliveira Rodrigues, da 1ª Vara de Recuperação Judicial de São Paulo, determinou que os bens e arresto de valores existentes em contas bancárias do acionista e presidente do grupo, Sidnei Piva de Jesus, ficassem indisponíveis.

“Visando a liquidação eficiente dos ativos do Grupo Itapemirim, em momento oportuno, resguardando os interesses da coletividade de credores”, disse o magistrado, ainda apontando indícios de “confusão patrimonial” entre a companhia e a empresa Piva Consulting LTDA. O juiz também autorizou na mesma ação que os ativos do grupo fossem arrendados para a Transportadora Turística Suzano.

Em recuperação judicial desde 2016, o conglomerado era dono da companhia ITA. A linha aérea foi lançada em 2021 com aeronaves pintadas de amarelo. Todavia, em dezembro, a empresa suspendeu as operações afirmando que seria temporário, uma reestruturação interna.

Ao todo, a ITA operou sete aviões, sendo cinco Airbus A320 e dois Airbus A319. Sendo que os planos originais eram de uma frota de 11 aeronaves ainda no mesmo ano.

Só que em janeiro, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) proibiu que a Itapemirim retomasse a comercialização de passagens aéreas. Quase no mesmo período, na parte do transporte rodoviário do conglomerado de transporte, a companhia também anunciou que retiraria linhas de ônibus e que reduziria as cidades atendidas pelas suas rotas rodoviárias.