Espécie raríssima da Mata Atlântica faz aparição comemorada por cientistas
Fabrício Vera
26 abril 2025 às 13h49
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De hábitos noturnos e aparência tímida, o tapiti (Sylvilagus brasiliensis), conhecido como coelho-brasileiro, é a única espécie de coelho nativa do Brasil. Com porte pequeno, por volta de 30 e 40 centímetros, e pelagem densa em tons de marrom-claro e pardo, o mamífero é difícil de se ver na natureza, mesmo em seu habitat principal, a Mata Atlântica.
Ainda assim, alguns registros recentes reacenderam o interesse pela preservação do coelho-brasileiro. Em 2021, resgataram um exemplar em Macaé, no Rio de Janeiro, em plena área urbana, no bairro da Glória. O animal, salvo em uma operação das Secretarias de Ambiente e Sustentabilidade e da Ordem Pública, logo depois voltou ao seu habitat natural.
Entretanto, outras aparições têm ocorrido em áreas de conservação, como no Parque Natural Municipal Montanhas de Teresópolis, onde pesquisadores capturaram imagens do tapiti durante uma expedição noturna em 2023. No mesmo ano, no Parque Nacional da Tijuca, avistaram sinais do período reprodutivo da espécie.
Outras aparições
Já na Bahia, câmeras noturnas do programa Floresta Legal, do Ministério Público estadual em parceria com os Institutos Água Boa e Ynamata, também registraram o animal com riqueza de detalhes. Também há aparições em Goiás, Rio de Janeiro e Minas Gerais nas áreas de preservação da Mata Atlântica.
Descrito pela primeira vez em 1753, no estado de Pernambuco, o coelho tornou-se uma presença rara nas paisagens brasileiras. Registrar imagens da espécie exige dedicação: expedições noturnas, câmeras estrategicamente posicionadas e estudos aprofundados sobre seus hábitos são necessários para capturá-lo no momento certo.
Atualmente, de acordo com a Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), o tapiti é um animal “em perigo” (EN) refletindo as ameaças que enfrenta, como a perda de habitat e a fragmentação de florestas.
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