O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) realizou um aporte de R$ 17,1 milhões em investimentos de renda fixa, segundo o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Segundo documentos obtidos pelo jornal O Globo, os valores são “provavelmente” atribuídos a uma campanha de arrecadações de apoiadores feita por meio de pagamentos no pix. A iniciativa em questão visava pagar multas recebidas pelo político durante o seu governo.

Mesmo com as doações recebidas via Pix, o ex-presidente Jair Bolsonaro não pagou suas multas com o Estado de São Paulo. O registro de débitos inscritos na dívida ativa paulista aponta que o ex-chefe do Executivo brasileiro tem sete multas na Secretaria de Saúde do Estado, que somam uma dívida de mais de R$ 1 milhão.

Segundo o órgão que investiga situações de lavagem de dinheiro, a quantia foi aplicada em títulos de Certificado de Depósito Bancário (CDB) e RDB (Recibo de Depósito Bancário). Ao mesmo tempo que realiza os investimentos, Bolsonaro também teria R$ 1 milhão em dívidas no estado de São Paulo, por conta das multas por descumprir normas sanitárias. Recentemente, o ex-governante teve R$ 164 mil bloqueados nas contas bancárias para pagamentos dos cinco processos em que é alvo.

Até o momento, as multas não pagas pelo ex-presidente totalizam um valor de  R$ 936.839,70 em São Paulo.

Doação goiana

Um dos doadores da “vaquinha” de Bolsonaro foi o suplente para o Senado na chapa de Marconi Perillo (PSDB) e empresário do Grupo Votorantim, Marcos Ermírio de Moraes. Segundo dados do Coaf, divulgados pela Folha de S. Paulo, ele teria doado uma quantia de aproximadamente R$ 10 milhões.

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