Vereador de Nerópolis diz que Gil Tavares já pagou quase 15 milhões à Urban
15 dezembro 2019 às 00h00
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O prefeito Gil da Urban gasta uma fortuna na coleta de lixo da cidade. Mas o serviço é malfeito e não é fiscalizado
O prefeito de Nerópolis, Gil Tavares (PRB) — conhecido como Gil da Urban — jogou pesado para tentar eleger o presidente da Câmara Municipal. Entretanto, quando percebeu que não conseguiria eleger um aliado, saiu de “fininho”.
A oposição derrotou Gil Tavares — sim, foi uma derrota do prefeito — e conseguiu eleger João Cezar dos Santos Florentino (PSC). Hugo Gomes (PSDB) e Valdemar Silva (PDT) foram eleitos para os cargos de vice-presidente e primeiro-secretário, respectivamente.
A vitória de João Cezar foi por unanimidade, porque a situação acabou não apresentando candidato. A ex-presidente Narita de Paiva Borges iria disputar, mas recuou e retirou a candidatura. O prefeito decidiu bancar Valdenir Garcia dos Santos (PP), o Nenzão, que, em seguida, decidiu compor com a oposição.
Gil da Urban costuma dizer, segundo vereadores, que será reeleito com uma mão amarrada às costas. Hugo Gomes e Rodrigo Zani — pré-candidato a vereador — dizem que não é bem assim.
“O desgaste de Gil Tavares é imenso. Porque abandonou a cidade e faz gastos vultosos com, por exemplo, a decoração de Natal. Tudo bem que se faça a decoração, porque a data é importante para o povo da cidade, mas não era preciso gastar uma fortuna. Há o problema da Urban, a empresa que ‘recolhe’ o lixo da cidade. A Urban já recebeu quase 15 milhões de reais da Prefeitura de Nerópolis, na gestão de Gil. Mas os resultados de sua ação são pífios, pois a cidade continua suja. O contrato prevê que, se o serviço não estiver sendo bem-feito, a prefeitura pode reduzir o faturamento da Urban. No entanto, o prefeito mantém o contrato intacto, mesmo com os serviços de baixa qualidade”, afirma Hugo Gomes.
Rodrigo Zani afirma que as pessoas dizem, de maneira espontânea, que chegou a hora de mudar. “Há um sentimento de que é preciso renovar e de que é preciso devolver a prefeitura ao interesse de fato público”, diz.