A rigor, pode-se dizer, de maneira enfática, que Vanderlan Cardoso “é” o senador do presidente Lula da Silva em Goiás? Talvez sim. Talvez não.

Mas, de fato, Vanderlan Cardoso mantém bom relacionamento com Lula da Silva e com os dois deputados federais do PT em Goiás — Adriana Accorsi e Rubens Otoni. Recentemente, numa entrevista Olavo Noleto, importante auxiliar do presidente, disse que, em 2026, o PT poderá apoiar o senador para governador do Estado.

Então, a ligação de Vanderlan Cardoso com o governo de Lula da Silva é inegável. Tanto que seus aliados, os que estão no governo federal, não foram exonerados, apesar de indicados ainda no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ademais, se não mantivesse certa conexão com o governo petista, Vanderlan Cardoso dificilmente estaria ocupando a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), uma das mais poderosas do Congresso.

Pode-se acrescentar que Jorge Kajuru, mais do que Vanderlan Cardoso, é o senador de Goiás mais próximo do governo do PT, ou seja, de Lula da Silva. Na verdade, Wilder Morais é o único senador goiano que, por ser bolsonarista, faz oposição ao governo do presidente.

Lissauer Vieira: nasceu o do Agro do B?

Em Rio Verde, o ex-deputado Lissauer Vieira apresenta-se como “candidato do Agro” (e tem sido contestado, duramente, pelo pré-candidato Daniel Cunha). Pois o postulante do PL conta com o apoio de Vanderlan Cardoso e sua vice pode ser a vereadora Nayara Barcelos — a política de Rio Verde mais ligada ao senador.  Dá para ser bolsonarista em Rio Verde e lulista em Brasília? É o que parece.

Vanderlan: candidatíssimo em Goiânia

Entretanto, quanto a Goiânia, é fato que Vanderlan Cardoso, mesmo isolado, deve ser candidato a prefeito. Até para marcar posição e continuar conhecido — se não for eleito em 2024 — para o pleito de 2026. Então, no primeiro turno, não haverá acordo com o PT de Adriana Accorsi, igualmente pré-candidata a prefeita.

Digamos, pela lógica, que, se for para o segundo, totalmente isolado, Vanderlan Cardoso não buscará o apoio do PT? Se Adriana Accorsi for para o segundo turno, e o senador não for, ele negará apoio à petista? Será muito difícil não apoiá-la. É, repetindo, uma questão de lógica… cartesiana. Não é opinião. É constatação. (E.F.B.)