Sandro precisa ser menos Mabel e mais Ronaldo Caiado se quiser ir para o segundo turno
18 agosto 2024 às 00h00
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O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil) é o Midas que deu certo. Tudo que toca parece virar ouro… para a sociedade. Melhorou a segurança pública e se tornou referência para o país. Melhorou a educação (tanto que Goiás ficou em primeiro lugar no Ideb) e um de seus programas, o Bolsa Estudo, é a matriz do programa Pé de Meia, do governo federal. Paga-se para o aluno estudar e, claro, permanecer na escola — o que reduz a evasão. Na saúde, em Goiânia, o gestor estadual está construindo o Cora — um hospital especializado no tratamento de crianças com câncer.
No plano estritamente político, Ronaldo Caiado foi eleito e reeleito governador. Por ter acertado no governo, tende a contribuir, de maneira decisiva, para um possível sucesso do vice-governador Daniel Vilela, que deve ser candidato a governador em 2026, daqui a dois anos e um mês — um beicinho de pulga como se diz lá em Garanhuns e Anápolis.
Então, na gestão e na política, há um modelo que deu certo. Ou seja, o modelo Ronaldo Caiado.
Se é assim, o candidato do União Brasil a prefeito de Goiânia, Sandro Mabel, precisa entender, na prática, o que está acontecendo. Sandro precisa ser menos Mabel — o empresário aparentemente vaidoso e distante do povão — e mais Ronaldo Caiado. Claro, se quiser ir para o segundo turno e derrotar Adriana Accorsi, do PT, ou Vanderlan Cardoso, do PSD.
Em recente debate, Sandro Mabel parecia viver em outro mundo, mostrando ser pouco centrado. Se ouvir um pouco mais, sem brigar com aqueles que estão atentos à realidade geral — e não apenas à dos empresários —, o postulante do UB tem chance de vencer o pleito ou pelo poderá ir para o segundo turno.
Se estiver realmente com 15% ou 16% das intenções de voto, Sandro Mabel não está mal. O número significa que, tendo começado por último, já tem boa avaliação.
Insistindo, o que falta a Sandro Mabel é ficar mais parecido com o atualizado Ronaldo Caiado. É muito provável que os 15% atuais tenham mais a ver com o governador (bem avaliado, por sinal, em todo o Estado). Portanto, é preciso o candidato colocar a sua parte nos percentuais.
Não há dúvida de Sandro Mabel é gestor, mas sua imagem de “professor de Deus” — de senhor sabe-tudo — não está pegando. Um pouco mais de humildade poderá levá-lo a superar o segundo colocado nas pesquisas de intenção de voto. Em breve. Só precisa acordar para a crueza da realidade.
Sandro Mabel não é um candidato ruim, é até bem articulado. Mas não trabalha bem nem suas próprias virtudes, como a imagem de que é um gestor eficiente e experimentado. (E.F.B.)