Iris Rezende e Ronaldo Caiado: o que têm a ver o peemedebismo do primeiro com o  udenismo do segundo? |   Foto: Fotos: Fernando Leite/Jornal Opção
Iris Rezende e Ronaldo Caiado: o que têm a ver o peemedebismo do primeiro com o udenismo do segundo? | Foto: Fotos: Fernando Leite/Jornal Opção

Há dois PMDBs em Goiás. O PMDB de Iris Rezende, chamado de “histórico”, e o PMDB de Júnior Friboi, a­pontado como “contemporâneo”. O de Iris “atropelou” a candidatura de Friboi, mas agora quer e até exige seu apoio. O de Friboi não quer apoiar Iris e pode até mesmo lançar um candidato a governador na convenção do partido — por exemplo, Leandro Vilela, com o objetivo de derrotar Iris ou mesmo de manter acesa a divisão partidária. Outra parte do PMDB, rebelada com a dissensão na cúpula, está migrando para o lado do governador Marconi Perillo (PSDB). Pelo menos 20 prefeitos devem seguir o tucano-chefe — um grupo às claras e outro grupo, o maior, mais discretamente. Há aqueles que dizem apoiar Iris, mas pretendem fazer corpo mole na campanha. O friboizismo sustenta que, para “atacar” Iris, pode atuar ao lado de Van­derlan Cardoso, de Antônio Gomide (PT) e, até, do governador Marconi.

Ante a divisão do PMDB, não resta a Iris Rezende outro caminho senão buscar o apoio de líderes políticos de outros partidos, como Ronaldo Caiado (DEM). O problema é que o peemedebista nunca abre espaço — sempre quer submeter os “parceiros”. O petista Antônio Gomide não serve para ser candidato a governador. Serve para vice. O mesmo ocorre com Vanderlan Cardoso (PSB). Noutras palavras, candidatos relativamente “novos” deveriam se submeter a um grupo político que não se renova desde 1982 — há 32 anos, quase sempre lançando os mesmo candidatos. Iris vai para sua quinta disputa do governo de Goiás.

No momento, Iris grudou em Ronaldo Caiado, que representa para o decano político do Estado uma tábua de salvação. O presidente do partido Demo­cratas, fechada a aliança, de­verá ser o oxigênio do peemedebista na campanha.