A tendência é pela escolha do mais votado, se o governador acatar a vontade dos “eleitores”. Mas pode optar pela renovação

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Ronaldo Caiado, Benedito Torres, Carlos Alberto e Aylton Vechi: com qualquer um deles, o Ministério Público estará bem representado | Fotos: reprodução/Leila Amaral

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, do DEM, é um político liberal — defende um Estado menor — e democrata. Há quem o avalie como “autoritário”, mas talvez seja mais firme e franco do que autoritário.

Uma característica dos líderes democráticos é respeitar o resultado das urnas e não há notícia de que, alguma vez, Ronaldo Caiado tenha desrespeitado a vontade dos eleitores. Na sexta-feira, 9, o Ministério Público de Goiás votou a escolha de seu procurador-geral de justiça. O atual procurador-geral, Benedito Torres, obteve 266 votos. O segundo colocado, Carlos Alberto, conquistou 212 votos. O terceiro, Aylton Vechi, recebeu 142 voto. Eles integram a lista tríplice que será enviada ao governador Ronaldo Caiado.

O governador poderá escolher qualquer um da lista tríplice. Pela democracia, o mais certo é a indicação de Benedito Torres — que é o preferido dos promotores e dos procuradores. Um repórter ouviu um comentário curioso de um caiadista: “Ronaldo pode optar pela renovação, considerando que Benedito Torres já é e já foi procurador-geral de justiça”. A renovação significa Carlos Alberto ou Aylton Vechi. Mas a escolha do terceiro, Aylton Vechi, poderia ser vista menos como renovação e mais como rejeição ao chamado “grupo” de Benedito Torres. Porque Carlos Alberto, o segundo colocado, é um de seus principais aliados. O caiadista avalia de modo diferente: “Ora, se o Ministério Público escolheu três, é democrático escolher qualquer um deles”.

O fato é que os três são moderados, competentes e íntegros. Com qualquer um deles, o Ministério Público de Goiás — tido como um dos melhores do país — estará bem representado.