Ronaldo Caiado só leva voto para Marconi Perillo se mostrar que tem identidade com o governador
17 maio 2014 às 13h16
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Na semana passada, aliados do governador Marconi Perillo (PSDB), com pesquisas nas mãos e um trabalho de investigação pessoal, cruzaram dados e discutiram apoios políticos. Chegaram a várias conclusões. Reproduzimos, a seguir, duas.
O cruzamento de dados significa que, se aderir à chapa majoritária de Marconi como possível candidato a senador, o deputado federal Ronaldo Caiado (DEM) soma e atrai mesmo votos novos. Porém, se fizer uma campanha distanciada, asséptica, pode até puxar votos do grupo de Marconi, mas não “entregará” votos ao tucano-chefe. Caiado acrescenta tão-somente se o eleitor perceber que está engajado na campanha de Marconi. O eleitor de Caiado precisa entender e admitir que há uma identidade não forçada entre o democrata e o tucano. Um Caiado cuja presença é uma ausência pouco acrescenta. Aliás, pode retirar até votos de Marconi. O eleitor vai questionar: por que o líder do DEM não apoia Marconi de maneira convicta? Há alguma coisa errada? A união é forçada e exclusiva por interesse?
Cruzando dados e informações que envolvem o PP do vice-governador José Eliton e o PSD do deputado federal Vilmar Rocha, dois políticos respeitáveis, mas surpreendentemente pouco conhecidos da população, percebe-se que praticamente não atraem votos novos para o tucano-chefe. Os votos exclusivos deles são muito poucos. Na verdade, pelo menos nesta altura da pré-campanha, é o governador quem “transfere” votos para os dois. A rigor, pode-se dizer que os votos de José Eliton e Vilmar Rocha já “são” de Marconi. Pode ser que o quadro mude durante a campanha? Pode, especialmente se os candidatos empolgarem o eleitorado. (O tempo de televisão do PP e do PSD são, no momento, o que mais interessa ao pré-candidato Marconi.)
Um dos problemas de José Eliton e Vilmar Rocha é que são por demais palavrosos e professorais. Vilmar precisa atualizar seu discurso para o eleitorado jovem, que se interessa mais por discussões sobre o presente e, portanto, necessidades prementes.