Impetuoso, no auge de seus 40 anos de idade, não acatou a sugestão do chefão da Globo e deixou de ser presidente da República

Ronaldo Caiado: se dependesse de Roberto Marinho, teria sido vice de Fernando Collor na eleição de 1989
Em 1989, a mulher de Roberto Marinho (chefão da Globo), Lily Marinho, era criadora de cavalos e mantinha ligações com a União Democrática Ruralista (UDR), espécie de UDN do campo. Como tinha apreço pelo deputado federal Ronaldo Caiado, que havia sido presidente da instituição, decidiu levá-lo para uma conversa com o marido, em Angra dos Reis.
Roberto Marinho, jornalista com vocação política, sugeriu que Ronaldo Caiado abdicasse de sua candidatura a presidente da República — seus números não eram positivos — e apoiasse Fernando Collor de Mello. No auge de seus 40 anos, impetuoso, o político goiano respondeu na bucha: “Sou homem de andar com as rédeas, não na garupa”.
Um dos homens mais poderosos da República, Roberto Marinho calou-se, mas a história deu-lhe razão. Se Ronaldo Caiado tivesse sido vice de Fernando Collor, com o impeachment deste, teria se tornado presidente da República. Como não quis, Itamar Franco, o vice, acabou na Presidência.
O pai de Júnior Vieira, superintendente de Esporte e Lazer da Secretaria da Educação do governo de Goiás, acompanhou Ronaldo Caiado na visita a Roberto Marinho.
Pois é, de repente o Brasil não estaria este causo!