A Assembleia Legislativa quer a vaga de Nilo Resende para Humberto Adiar. Por isso articula a extinção do órgão

Itamar Leão, prefeito de Sanclerlândia | Foto: Reprodução

Prefeitos de qualidade estão defendendo a permanência do Tribunal de Contas dos Municípios de Goiás. É o caso de Itamar Leão, prefeito de Sanclerlândia, que já ganhou prêmio do Sebrae nacional devido à sua gestão eficiente e criativa.

O TCM, no dizer de vários prefeitos, é uma garantia de que, adiante, não vão responder processos judiciais por vezes incontornáveis. Porque a equipe do Tribunal orienta, de maneira detalhada e competente, os prefeitos sobre como devem se conduzir do ponto de vista administrativo e legal. Aqueles prefeitos que seguem as orientações legalistas do TCM não terão problemas ao longo dos quatro anos de sua gestão e, também, quando deixarem o cargo.

A Assembleia Legislativa — parte dela, porque há deputados que não comungam da mesma ideia — quer extinguir o TCM. O motivo é prosaico. O conselheiro Nilo Resende não quer se aposentar para abrir uma vaga para o deputado Humberto Aidar, do MDB. O parlamentar é ligado ao presidente o Poder Legislativo, Lissauer Vieira, do PSB.

Se Nilo Resende se aposentar, abrindo espaço para o indicado da AL, acaba a história da extinção do TCM? Tudo indica que sim.

O corpo técnico do TCM-Goiás é apontado como um dos melhores do país. Portanto, acabar com aquilo que é eficiente pode até parecer uma medida de economia — frise-se que os funcionários concursados não podem ser exonerado (terão de ser absorvidos) —, mas, no fundo, será contraproducente, sobretudo para a prefeituras e para o Erário.