PMDB de Goiás quer a filiação de Ronaldo Caiado. Mas o senador não simpatiza com o PMDB nacional
18 abril 2015 às 15h55
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O senador Ronaldo Caiado é o novo “darling” da imprensa nacional. “Veja”, a revista mais crítica do país, TV Globo e Globo News entrevistam-no com frequência e o líder goiano mostra-se sempre bem informado e dominando com facilidade os assuntos abordados, indicando que estudou-os detidamente. Porém, dado o jogo político, como as fusões partidárias — o DEM de ACM Neto está “apaixonado” pelo PTB da filha de Roberto Jefferson, Cristiane Brasil —, o senador pode ficar algum tempo sem partido.
A fusão entre DEM e PTB, se efetivada, criará uma estrutura curiosa: o partido terá o nome de PTB, mas ficará com o número do DEM, 25. Se o PTB ficar na oposição ao governo da presidente Dilma Rousseff, Caiado pode assumir seu comando. Porém, se ficar dúbio, para negociar, deverá procurar novo rumo.
O PMDB (nacional e local) está de “olho gordo” em Caiado. Em Goiás, o senador não teria problema algum, pois se dá muito bem com o ex-prefeito de Goiânia, Iris Rezende, seu aliado na disputa de 2014. O peemedebista-chefe, com Caiado ao seu lado, se tornaria um candidato a prefeito de Goiânia ainda mais forte. E, em 2018, o bancaria para governador de Goiás, se eleito, é claro, prefeito da capital.
O problema é o PMDB nacional, e por dois motivos. Primeiro, o PMDB apoia o governo do PT. É sua principal âncora no Congresso Nacional. Segundo, Caiado não concorda com o balcão de negócios no qual se tornou o partido. Então, se sentiria um peixe n’água em Goiás e um peixe fora d’água em Brasília, se se filiasse ao PMDB.