Não há a menor dúvida: o pré-candidato a prefeito de Anápolis pelo PT, deputado estadual Antônio Gomide, é forte. Até fortíssimo.

O que falta a Antônio Gomide é uma aliança política consistente, tanto que, até o momento, a dois meses e alguns dias das eleições, não conseguiu definir o seu vice. De acordo com um petista a escolha vai ser mais ou menos assim: “Não tem tu, vai tu mesmo”. Ou seja, o vice será “qualquer um”. O objetivo do pré-candidato petista era encontrar um político de centro, até de centro-direita — de preferência, um evangélico —, mas não conseguiu. Por isso, o vice pode acabar sendo, no caso de uma composição geral com o PSB de Elias Vaz, o vereador Lisieux José Borges.

O problema é que Lisieux José Borges afirma que será candidato a prefeito e, por ter trocado o PT pelo PSB, ficou um certo contencioso com os antigos aliados.

Se Antônio Gomide enfrenta problema para conquistar um vice de peso, ou mesmo razoável, sobram vices para Márcio Corrêa, o pré-candidato do PL a prefeito de Anápolis.

Porque, de acordo com cinco de seus apoiadores, ouvidos entre sexta-feira, 12, e sábado, 13, há a expectativa de “virada” eleitoral em Anápolis.

Os articuladores da pré-campanha de Márcio Corrêa afirmam que as pesquisas mostram um quadro muito positivo para o postulante do PL.

Os marcistas — e não marxistas — dizem que as pesquisas começam a mostrar que a expectativa de poder, o clima de virada, começa a mudar de mãos: de Antônio Gomide para Márcio Corrêa.

O marcismo aposta em dois caminhos. Primeiro, Márcio Corrêa indo para o segundo turno com Antônio Gomide, mas já em primeiro lugar. Segundo, sugere a possibilidade de vitória do postulante do PL já no primeiro turno.

A expectativa de virada eleitoral

Por que a crença numa virada? Os marcistas dizem que não se trata de loucura nem de otimismo em gotas.  Eles frisam que as pesquisas apontam um “crescimento contínuo” de Márcio Corrêa, e não uma “estagnação” de Antônio Gomide, sim uma “queda”.

Por que Márcio Corrêa estaria crescendo, com a possibilidade de superar Antônio Gomide? Os marcistas indicam que o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro está fazendo a diferença para o pré-candidato do PL. Mas falta alguma coisa? O marcismo pontua que, se o apoio de Ronaldo Caiado chegar ainda no primeiro turno, “não” haverá segundo turno em Anápolis. De acordo com os apoiadores, o membro do Partido Liberal “assumirá” a Prefeitura de Anápolis em 1º de janeiro de 2025.

Excesso de otimismo? Pode ser. Talvez seja. Mas o marcismo apoia sua fé — o otimismo — em pesquisas de intenção de voto. Mas, repetindo o início deste texto, Antônio Gomide é muito forte e, por isso, não deve ser subestimado. Quem quer derrotá-lo precisa ser, acima de tudo, realista (E.F.B.)