País pede a receita de Marconi Perillo para driblar a crise e pergunta sobre seu projeto nacional
28 novembro 2015 às 12h41
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O ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso costuma dizer que o governador de Goiás, Marconi Perillo, é a unanimidade inteligente da política brasileira. Enquanto o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o senador José Serra, ambos do PSDB, trocam farpas, nos bastidores e por intermédio de notas nos jornais e revistas, o tucano-chefe do Cerrado agrega e chama a atenção do país para os fatos positivos de seu governo e de seu Estado.
Nas suas viagens por vários Estados, Marconi Perillo é recebido com tapete vermelho por governadores, senadores, deputados e empresários. O motivo é o mesmo: todos querem saber, como no meio de uma crise econômica nacional, está conseguindo investir e manter o ritmo do crescimento em Goiás. O tucano-chefe explica que fez (e faz) um ajuste rigoroso nas contas do Estado, mas não se contentou com cortes. Por meio do Inova Goiás e do Goiás Competitivo, vai ampliar os investimentos em setores vitais e criativos da economia.
Ao receber o título de cidadão carioca, na semana passada, mais uma vez o governador foi acossado por várias perguntas. A maioria dos interlocutores quer saber qual é o segredo de seu sucesso político e administrativo. Muitos perguntam sobre os resultados das organizações sociais no setor saúde e há os que têm informações sobre o novo hospital de urgências, que está se tornando uma referência nacional, e, sobretudo, sobre o Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer), que se tornou o modelo sugerido pelo Ministério da Saúde para os demais Estados.
A maior curiosidade recente é sobre a implantação de organizações sociais na Educação. Apesar da torcida contra, inclusive de gente do governo — que passa o tempo inteiro falando mal e, sempre que pode, põe uma casca de banana na pista —, Marconi Perillo está mesmo decidido a melhorar a educação pública em Goiás. O que ele quer é que as escolas públicas tenham um nível de excelência em termos de ensino, comparado ao das escolas particulares. Hoje, apesar do corporativismo, que insinua que tudo vai “bem” — exceto os salários —, a escola pública afugenta os melhores alunos das classes médias. Nas escolas militares (públicas), nas quais o ensino é de qualidade e há mais disciplina, a presença das classes médias é maior.
Depois de perguntar sobre suas ações no governo, políticos, empresários e jornalistas de todo o país querem saber qual é o projeto político de Marconi Perillo para 2018. Vários querem saber se vai disputar a Presidência da República ou se pretende ser vice de Aécio Neves, em caso de chapa pura do PSDB. O tucano-chefe não desconversa, admite que tem projeto nacional, mas ainda não tem um projeto político definido. Se depender do rei do aço, Jorge Gerdau, será candidato a presidente. Porém, como uma candidatura a presidente exige uma articulação nacional mais profunda, Marconi Perillo por enquanto está se colocando, apresentando ao país o que tem feito em seu Estado. O país está curioso em relação à principal estrela política do Centro-Oeste.