Bastidores

Software adquirido por Raquel Teixeira deu problema e a Seduce não conseguiu nem hospedagem para os pareceristas. Dinheiro só sairá em 2016?
A presidente da República vai confirmar a criação de universidades federais em Catalão e Jataí
A presidente Dilma Rousseff avisou ao governador de Goiás, Marconi Perillo, que virá mesmo ao Estado na quinta-feira, 26.
A intenção inicial da presidente era fazer um ato rápido no Palácio do Planalto para a assinatura de uma medida provisória e transmiti-lo via teleconferência. Mas Marconi Perillo insistiu na visita a Jataí e Catalão e a petista-chefe topou.
A visita da presidente da República está confirmada para o lançamento das duas novas universidades federais. Marconi, segundo a própria Dilma Rousseff, foi decisivo para a criação das federais.
O governo federal deve definir e publicar na quarta-feira, 18, o preço mínimo para o leilão da Celg. O governo da presidente Dilma Rousseff, do PT, decidiu que a privatização da Celg é uma de suas prioridades para, sim, 2015.

Iris Rezende não perdoa relações cordiais de Paulo Garcia com o governador Marconi Perillo

[caption id="attachment_51940" align="aligncenter" width="620"] Papa Francisco e a presidente Dilma: só ajuda dos céus salva | Foto: Roberto Stuckert Filho PR[/caption]
A coluna Painel da Folha de S. Paulo informa, nesta quarta-feira (18/11), que uma pesquisa encomendada pelo PMDB mostra que, para o brasileiro, o único que pode "salvar" o País é ninguém menos que o Papa Francisco.
Segundo o texto, o partido do vice-presidente, Michel Temer, quis saber quem seria o personagem capaz de tirar o Brasil da crise. Para 65% dos entrevistados, só mesmo com a "intervenção" divina do pontífice.
Possíveis candidatos à Presidência da República em 2018, Lula (PT) e Aécio Neves (PSDB) quase perderam para a margem de erro da pesquisa... Marcaram 5% e 3%, respectivamente.
Prova que a confiança do brasileiro está mais baixa que o nível da Cantareira (ainda vale essa piada?).
O vereador de São Paulo alegou que estava sendo discriminado pelo PC do B. A Justiça cassou-o por infidelidade partidária
O peemedebista-chefe quer e trabalha para ser candidato a prefeito da capital. Mas a radicalização de Agenor Mariano sugere que é uma de suas opções

Numa gravação, o deputado do PMDB afirma que já pensou em pagar para matar César da PC e que é amigo do ex-cartorário Maurício Sampaio

No Congresso Nacional do PMDB, na presença de Michel Temer e Renan Calheiros, Agenor Mariano faz ataques viscerais ao PT
Grupo incentiva advogados militantes a se inscreverem em cursos da ESA, mas boicotarem as aulas
O promotor nunca prestigiou a associação, nem é cooperado de seu plano de saúde. Estaria de olho na disputa de senador em 2018?
O empresário do setor de combustíveis está subestimando o potencial político-eleitoral de Franco Martins
Marcos Bernardes, ex-secretário da Indústria e Comércio da Prefeitura de Aparecida de Goiânia, também está entre os agraciados

[caption id="attachment_51626" align="alignleft" width="620"] Adriana Accorsi, Edward Madureira, Humberto Aidar e Luis Cesar Bueno: políticos consistentes, decentes, mas contaminados pela crise do PT[/caption]
Com certa malícia, os brasileiros costumam sugerir que a sigla do Partido dos Trabalhadores mudou: não seria mais PT, e sim PC. Partido Comunista? Nada disso. Partido da Corrupção. As generalizações são redutoras, é certo, e há políticos respeitáveis no partido que surgiu, na década de 1980, como símbolo da ética. O fato é que os eleitores estão generalizando e pesquisas mostram que o PT deve sofrer, na eleição de 2016, uma das maiores derrotas de sua história. Em São Paulo, o prefeito Fernando Haddad, embora não seja venal, tem um desgaste que só em parte é dele. O PT o “queimou” e, por isso, dificilmente será reeleito.
Cientistas políticos e marqueteiros avaliam que a derrota petista será acachapante e uma prévia do que provavelmente acontecerá em 2018. Os mais radicais chegam a sugerir que pelo menos 80% dos candidatos a prefeito devem perder as eleições. Analistas moderados falam num percentual entre 20 e 50%. O partido vai virar pó.
O PT goiano não foi atingido diretamente pela corrupção do partido em nível nacional. Um dos motivos é que há uma tradição ética arraigada no petismo do Estado. Outra razão é que os petistas goianos — excetuando Delúbio Soares, que se envolveu no mensalão — nunca teviram voz ativa na cúpula nacional. Sempre ficaram em segundo plano. Mesmo assim, serão atingidos eleitoralmente.
Em Goiânia, maior reduto petista em Goiás, o PT elegeu três prefeitos: Darci Accorsi, Pedro Wilson e Paulo Garcia. Este passou por maus momentos, sobretudo porque Iris Rezende deixou uma prefeitura com dívidas altas, mas está recuperando sua imagem como gestor. O partido tem quatro pré-candidatos consistentes e todos com imagem positiva: os deputados estaduais Adriana Accorsi, Humberto Aidar e Luis Cesar Bueno e o ex-reitor da Universidade Federal de Goiás Edward Madureira.
Os mais cotados dos quatro são Adriana Accorsi e Luis Cesar, que contam com a simpatia pessoal de Paulo Garcia. Os dois e Humberto Aidar são profundamente identificados com o partido. São históricos, por assim dizer. Os três não estão envolvidos nas falcatruas do PT nacional, mas, por serem históricos, acabam contaminados. Numa campanha, perderão tempo explicando o que, a rigor, não podem nem têm como explicar: as corrupções das quais não partilharam. Suplente de deputado federal, Edward Madureira, político decente, é um outsider — não um insider no PT. Filiou-se ao partido em 2014 para disputar mandato de deputado federal. Foi bem votado, mas não se elegeu, em larga medida por falta de recursos financeiros.
Em Anápolis, o prefeito João Gomes, do PT, está bem e tem chance de ser eleito. Seus adversários mais fortes apresentam problemas. O deputado Carlos Antônio é popular, mas não é consistente. Alexandre Baldy é visto como consistente, mas é apontado como “estrangeiro”, porque não mora na cidade.
Nas cidades menores, ocorre e está ocorrendo uma debandada. O ex-deputado Karlos Cabral, de Rio Verde, filiou-se à Rede. Aliados do prefeito de Leopoldo de Bulhões, Jefferson Louza, o pressionam para sair. O prefeito de Silvânia caiu fora e se filiou ao PSDB. O prefeito de Nova Aurora pensa em desfiliar-se.

[caption id="attachment_51619" align="alignleft" width="300"] Iris Rezende e Waldir Soares: o peemedebista-chefe e o tucano-plebe querem se apropriar do discurso de oposição contundente na capital | Fotos: Fernando Leite/Jornal Opção[/caption]
O provável candidato do PT a prefeito de Goiânia — os pré-candidatos mais citados são Luis Cesar Bueno, Adriana Accorsi e Edward Madureira — terá dificuldade para apresentar suas propostas, na campanha de 2016, pois passará a maior parte do tempo sendo empurrado para defender a gestão do prefeito Paulo Garcia. Os principais pré-candidatos a gestor, com pesquisas nas mãos, sugerem que o eleitorado da capital é francamente de oposição a quem está no poder. Vez ou outra, por falta de nome consistente na oposição, vota na situação, mas é tradicionalmente oposicionista e intensamente crítico do poder.
As críticas do vice-prefeito de Goiânia, Agenor Mariano (PMDB), a Paulo Garcia precisam ser examinadas a partir da perspectiva apontada acima. O irismo, sob recomendação de Iris Rezende, está demarcando seu espaço e explicando ao eleitorado que não tem mais a ver com a gestão de Paulo Garcia, quer dizer, está na oposição.
Por intermédio de Agenor Mariano, Iris Rezende está sugerindo que pretende manter um discurso de oposição amplo — contra o governador de Goiás, Marconi Perillo, e o prefeito Paulo Garcia. É o que chamam de “oposição total”.
Pesquisas qualitativas indicam que o eleitorado goianiense é extremamente atento, inclusive às filigranas da política. Iris Rezende, por meio de seus luas pretas, percebeu que o segundo colocado nas pesquisas — surpreendentemente, cada vez mais próximo —, o delegado-deputado Waldir Soares, logicamente orientado por um marqueteiro experimentado, que consulta pesquisas com frequência, está procurando se tornar “proprietário” do discurso de “oposição total”.
Uma das pesquisas sugere que a aproximação de Vanderlan Cardoso da base governista foi positiva para o governador Marconi Perillo — porque o reforça politicamente, com a conquista do apoio de um ex-adversário —, mas não agradou o eleitorado de Goiânia. Os eleitores da capital apreciam mais “apocalípticos” do que “integrados”.
Como o governo de Goiás não estará em jogo em 2016 — embora a disputa em Goiânia seja sempre importante para as articulações de candidatos a governador —, o que o eleitorado vai julgar mesmo são as ações do prefeito Paulo Garcia, por isso vai avaliar com rigor seu candidato, e as propostas dos candidatos. Por isso, todos os candidatos, exceto o do PT, estão armando seu discurso de oposição. O irismo deu seu recado, por intermédio de Agenor Mariano: não vai assumir a paternidade da gestão de Paulo Garcia.