Bastidores
No período eleitoral, o oxigênio de político passam a ser as pesquisas eleitorais. Para governador e Senador, tudo bem, as pesquisas de intenção de voto são extremamente válidas. Entretanto, para deputado estadual e para deputado federal não funcionam bem. Primeiro, pelo excessivo número de candidatos. Segundo, porque, embora pela lei não exista, o voto distrital existe na prática. Digamos que se pesquise a Grande Goiânia, mas excluindo Goiânia e Trindade. O vereador Tayrone di Martino, que tende a ter uma votação maciça nas duas cidades para deputado federal, vai aparecer com uma intenção minguada de votos. No entanto, se o instituto colocar os dois municípios, Tayrone vai aparecer com uma intenção de voto muito boa, até superior à de Rubens Otoni. Mas, abertas as urnas, quem possivelmente terá mais votos? Rubens Otoni, provavelmente. Há outro problema. Como pesquisar todos os candidatos? Não há como. Então, o instituto tem fazer pesquisa estimulada, o que acaba gerando injustiça. Portanto, pesquisa eleitoral para deputado é uma ilusão. Não vale quase nada. Serve tão-somente para gerar fofoca em botequins.
O ex-deputado Marcelo Melo acredita que o pré-candidato a deputado estadual Ernesto Roller será um dos mais bem votados do Entorno de Brasília. “Roller deve sair com pelo menos 20 mil votos de Formosa e vai obter votos em outros municípios, e não apenas do Entorno. Como foi secretário de Segurança Pública e deputado estadual atuante, deve votos em vários municípios goianos.” “Roller será eleito deputado”, aposta Marcelo Melo. “E será um grande deputado.”
Quem conversou com o prefeito de Anápolis, Antônio Gomide, na semana passada, pôde perceber que está determinado a disputar o governo. No entanto, ao ouvir aliados de Júnior Friboi, a mesma pessoa ouviu outra coisa: “Gomide está fazendo jogo de cena. Vai, sim, para a chapa majoritária, mas como candidato a senador, que é a aspiração do PT nacional, ou na vice”. A turma de Iris diz algo parecido: “Se Iris for candidato, Gomide está fora do páreo”. Com seu jeitão quieto, aparentemente distante, mas percebendo tudo, Gomide insiste que é candidato. Quem conhece sua obstinação, e até sua teimosia, sugere que deve, sim, ser candidato. Só não será se fato for vetado pelo PT. E, se for, qual será seu ânimo para participar da campanha em favor de outro candidato? Certamente não estará animado...
O PPS é chamado de “o patinho feio do governo de Marconi Perillo”. O partido arca com o ônus de ser governo, mas o bônus fica para outros partidos. O partido dirigido por Roberto Freire — que estaria chateado com o abandono de seus aliados — não tem nenhum cargo de alguma importância no governo. Nem mesmo no segundo escalão. Consta que o principal “adversário” do PPS no governo é o vice-governador José Eliton. O líder do PP trata bem os integrantes do partido, mas, nos bastidores, trabalharia para vetá-los. Pelo menos é o que um socialista ouviu nas dependências do governo. O argumento seria o de sempre: “Ah, o PPS não tem nenhum deputado e nenhum vereador em Goiânia”.
O deputado federal Sandro Mabel confidenciou a um peemedebista que não vai mais disputar mandato de deputado federal. Mabel gostaria de ter espaço na chapa majoritária do PMDB, por exemplo como candidato a senador. O certo, relatou o peemedebista, é que, em 2016, deve disputar a Prefeitura de Goiânia ou, mais certo, a Prefeitura de Aparecida de Goiânia. Maione Padeiro, presidente da Associação Comercial e Industrial de Aparecida de Goiânia Jovem (Aciag-Jovem) e integrante do PSDB, afirma que Mabel “não tem mais nada a ver com Aparecida. Já teve, mas não mantém mais contato com empresários e a sociedade locais”.
“Empresários aprovam meu nome para o cargo de chefe do Gabinete para Assuntos de Aparecida de Goiânia”, garante Maione Padeiro. Maione é integrante do PSDB de Aparecida. Seu nome também sido citado para a presidência da Goiasindustrial.
Com pneumonia, o deputado federal João Campos (PSDB) está internado na Clínica Santa Mônica, há mais de dez dias. Espera ganhar alta na segunda-feira, 17. Ao saber que estão dizendo que não vai disputar a reeleição, João Campos teria apenas sorrido. Ele esteve muito mal, mas agora diz que está se sentindo bem melhor.
Valdivino Oliveira (PSDB) disse ao Jornal Opção que, ao contrário do que estão espalhando, é candidatíssimo a deputado federal. “E para ganhar. Anote.” Além de disputar a reeleição, Valdivino afirma que o governador Marconi Perillo deve ser reeleito. “Marconi é uma máquina de trabalhar e é um político que, acreditando na ciência, na investigação do que ocorre nos bastidores da sociedade, sabe quase tudo que está acontecendo no Estado.”
O Ministério Público deveria investigar como estão sendo feitas algumas pesquisas. Há pesquisas para todos os gostos, desde que se pague... bem. Recentemente, um instituto, até tido como sério, fez uma pesquisa de intenção de voto em Aparecida de Goiânia e divulgou o resultado. Para checar os dados, outro instituto seguiu os mesmos passos e apontou um resultado bem diferente. O objetivo da checagem é, sobretudo, verificar a idoneidade da pesquisa do instituto. O pesquisador recomenda que o pré-candidato a governador pelo PSB, Vanderlan Cardoso, não se iluda com certos números.
Acatando sugestão do marqueteiro Jorcelino Braga, o pré-candidato a governador pelo PSB, Vanderlan Cardoso, vai radicalizar o discurso contra o governador Marconi Perillo e, para ampliar seu eleitorado em Goiânia, começa a bater duramente no prefeito Paulo Garcia, do PT. O projeto de Vanderlan Cardoso é simples, quem sabe eficaz: quer que o eleitorado o veja como o candidato que vai polarizar com Marconi Perillo. Além disso, está de olho grande no eleitorado de Goiânia — pouco mais de 900 mil almas, como diria o ucraniano Gógol.
Em debate recente, o pré-candidato a deputado federal Edward Madureira Brasil, do PT, fez uma defesa candente e muito bem informada do agronegócio. Edward Madureira frisa que, além de moderno e progressista, o agronegócio é mesmo a âncora verde do crescimento da economia brasileira. Setores mais radicais do PT ainda torcem o nariz para o agronegócio. A presidente Dilma Rousseff e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, pensam diferente: advogam que o crescimento econômico do país depende, em larga medida, do agronegócio.
Um dos maiores historiadores do período, Daniel Aarão afirma que alguns pesquisadores, para reforçar a ideia de ditadura militar, procuram reduzir o peso dos civis tanto no golpe quanto nos governos militares. Nada ortodoxo, Daniel Aarão diz que a ditadura durou 15 anos, e não 21 anos, como se costuma dizer. O doutor em história sugere que a ditadura acabou mesmo em 1979. Daniel Aarão é professor da Universidade Federal Fluminense.
O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, apoia a reeleição do governador Marconi Perillo. Mas, se o tucano não for o candidato, pode hipotecar apoio a Júnior Friboi. Kassab também aposta numa possível candidatura de Thiago Peixoto a governador. Porque o deputado federal é do PSD. Kassab deve ser candidato a governador de São Paulo. Também é cotado para disputar mandato de senador, se fizer uma composição com Paulo Skaf, do PMDB, que planeja disputar o governo.
Pré-candidato a governador pelo PMDB, o empresário Júnior Friboi vai tentar organizar uma frente de apoio empresarial