Bastidores

Eduardo Machado avalia que Marina Silva e Marconi Perillo vão ser eleitos no primeiro turno. O presidente nacional do PHS afirma que as pesquisas vão continuar mostrando o crescimento e a consolidação de Marina Silva. “Ela não vai parar de crescer, apesar do argumento, sempre interessado, de que estabilizou-se. Na verdade, está em ascensão. Apesar da ação máquina petista, Marina não se abala.”

Procede que, mesmo a contragosto, Marina Silva apoia a candidatura de Vanderlan Cardoso a governador de Goiás. A líder do PSB sabe que, quando vetou o nome de Ronaldo Caiado na aliança articulada por Eduardo Campos, Vanderlan pegou seu avião e foi até Recife para pressionar o líder pernambucano a aceitar a composição com o líder do DEM.

Comentário de um ex-deputado: “Iris Rezende criou o ‘Instituto Deus’. Ele exaspera-se até com as pesquisas feitas por seu marqueteiro e conselheiro Luiz Felipe Gabriel”. O ex-parlamentar, que adora Iris Rezende, afirma que, quando os números não lhe são favoráveis, o candidato peemedebista constrange os marqueteiros Luiz Felipe Gabriel e Dimas Thomas e diz que não percebem que tem uma missão divina. Deus “revelou-lhe” que vai ser eleito governador de Goiás. Ele perdeu três eleições — duas para o governo e uma para o Senado — acreditando neste conto da carochinha. Dimas Thomas, que nunca viu “loucura” semelhante, e Luiz Felipe Gabriel ficam de queixo caído com o fato de Iris Rezende não ter o mínimo apreço pela ciência.

O prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, do PT, não vai admitir isto publicamente. Mas mudou de mala e cuia para a campanha de Iris Rezende. Paulo Garcia percebeu que o candidato do PT a governador, Antônio Gomide, não tem mais chance de ser eleito e, por isso, avalia que o negócio é garantir o segundo turno. Para tanto, investe suas energia para melhorar os índices de Iris Rezende em Goiânia.

O marqueteiro Renato Monteiro afirma que não está trabalhando na campanha de Iris Rezende. Mas cinco peemedebistas disseram ao Jornal Opção que o dono da agência Cantagalo pode não estar oficialmente na campanha, mas está dando palpites e avaliando o programa eleitoral do PMDB. Se o marqueteiro Dimas Thomas for dispensado, Renato Monteiro, um dos mais competentes marqueteiros do país, deve ser convocado para substitui-lo. Aí oficialmente. Dimas Thomas é um marqueteiro preparado, mas ainda não aprendeu a lidar com a política de Goiás. Iris Rezende também não aprecia seu estilo “muito independente”. Mauro Miranda, verdadeiro mandachuva da campanha, com seu estilo compassivo e diplomático de liderar, gosta do marqueteiro, mas tem sugerido que não consegue entender o “fenômeno” Iris Rezende.

Iris Rezende avalia como positivo o apoio do deputado Sandro Mabel e do ex-deputado Barbosa Neto, mas não confia em nenhum dos dois, pois os considera como adeptos de Júnior Friboi. O peemedebista só confia em Mauro Miranda e na sua filha, Ana Paula Rezende.  

Picada pela mosca azul da política, Ana Paula Rezende deve ser candidata a prefeita de Senador Canedo, em 2016. Se for, vai perder para Misael Oliveira (PDT), que, possivelmente, não perde nem mesmo para Vanderlan Cardoso. O marido de Ana Paula, o milionário Frederico Peixoto — parente do deputado Thiago Peixoto —, dono da construtora FGR, está construindo dois condomínios Jardins em Senador Canedo.

Vice-prefeito de Aparecida de Goiânia, Ozair José, do PT, tem falado mal do prefeito Maguito Vilela. O petista, que os petistas não consideram como petista, não aprova a aliança do peemedebista com o empresário Sandro Mabel. Ozair quer ser candidato a prefeito de Aparecida de Goiânia, mas Maguito Vilela está decidido a apoiar Sandro Mabel. O argumento é prosaico: o apoio a Ozair seria uma espécie de retorno à política tida como “retrógrada” de Ademir Menezes (PSD) e José Macedo.

Peemedebistas estudam a possibilidade, se Iris Rezende for derrotado para governador, de lançar Iris Araújo para prefeita de Aparecida de Goiânia. Iris Araújo aspira, um dia, confrontar Maguito Vilela.

Sandro Mabel e Barbosa Neto estão convictos de que Iris Rezende será candidato a prefeito de Goiânia em 2016 — deixando o correligionário Agenor Mariano na chapada. Iris Rezende transformou o PMDB numa espécie de osso e não o larga de jeito nenhum. Vai perder eleição atrás de eleição, mas não permite a renovação do partido.

Falta menos de um mês para as eleições. O candidato a deputado federal pelo Solidariedade, Lucas Vergílio, sabe que está chegando a hora de sua primeira prova de fogo nas urnas. Por isso ele tem pedido empenho da militância e vêm intensificando viagens e compromissos políticos em municípios considerados estratégicos para seu sucesso eleitoral no dia 5 de outubro. Para marcar o início da reta final da campanha, Lucas Vergílio promoveu um encontro com as principais lideranças da coligação Amor por Goiás, como o candidato a governador, Iris Rezende (PMDB), o senadoriável Ronaldo Caiado (DEM) e o candidato a vice governador Armando Vergílio (SD). O evento que ocorreu em seu QG político, localizado no Setor Sul em Goiânia, que reuniu mais de 500 apoiadores vindos de mais de 200 municípios goianos, além de eleitores e cabos eleitorais. Ainda dentro da agenda de consolidação de sua candidatura à Câmara dos deputados, Lucas Vergílio participou na noite de quinta-feira (4), de um evento político em Anápolis que reuniu mais de 800 pessoas. Promovido pelo candidato a reeleição a deputado estadual, Carlos Antônio (SD), Lucas pediu votos e ânimo da militância anapolina, lembrando em seu discurso que a "Manchester goiana" é estratégica para seu projeto político. Na sexta-feira, 5, a exato um mês para o pleito, Lucas Vergílio reservou sua agenda para compromissos políticos em Catalão, na região Sudeste do Estado. Ao lado do vice-prefeito e candidato a deputado estadual, Rodrigão (SD), Lucas realizou caminhadas, participou de comícios e panfletou e pediu votos no corpo a corpo na porta da montadora Mitsubishi. Lucas Vergílio também visitou Iporá, no Centro goiano, onde inaugurou comitê local de campanha em parceria com o candidato a reeleição a deputado estadual, Francisco Gedda (PTN).

O candidato a deputado federal pelo Solidariedade, Lucas Vergílio, tem intensificado sua campanha na Centro Goiano.  O jovem empresário de 27 anos tem visitado vários municípios daquela microrregião, como Itaberaí e Ceres. Neste segundo município, que ostenta o segundo maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de Goiás — atrás somente de Goiânia —, considerada a urbanidade polo da região do Vale do São Patrício já conta com um comitê de campanha do candidato. Válido lembrar que no pleito de 2010, Armando Vergílio obteve mais de 7 mil votos naquela rica região de Goiás. Agora a expectativa é que Lucas repita ou supere o feito no dia 5 de outubro. Na ocasião em que inaugurou a sede de seu comitê em Ceres, em parceria com o candidato a reeleição a deputado estadual, Bruno Peixoto (PMDB), Lucas prometeu lutar por emendas na Câmara dos deputados para a área de segurança pública. O candidato assumiu o compromisso de garantir recursos para a melhoria das estruturas da Polícia Militar, Polícia Civil, Bombeiros Militar e Polícia Científica. Para o candidato, o  aumento de salários dos policiais, mais equipamentos, viaturas adequadas e investimento em inteligência, serão prioridade para frear a escalada de violência e reverter o sucateamento do sistema de segurança do Estado. “Goiás saiu do 18º para o 4º Estado mais violento do Brasil. Isso é inconcebível e vamos trabalhar para resgatar a paz e a tranquilidade que o povo goiano estava habituado.”

As pesquisas de intenção de votos exibem Iris Rezende, candidato do PMDB a governador de Goiás, estagnado. Isto significa que a bateção de sua campanha, tanto na televisão quanto nos comícios e reuniões, não está funcionando. Mesmo assim, Luiz Felipe Gabriel e Dimas Thomas, longe de fazerem uma campanha propositiva para seu cliente, Iris Rezende, estão propondo mais “bateção”. Pesquisadores e marqueteiros avaliam que candidatos que “batem” de modo excessivo não são levados em consideração pelos eleitores. “Iris está se apresentando de uma maneira que acaba consolidando a imagem de que é, ao mesmo tempo, o médico e o monstro. Ele está assustador, rancoroso, violento — parece o Lobo Mau da fábula. Os eleitores não estão aprovando. O que surpreende é que seus marqueteiros, profissionais de gabarito, não consigam fazê-lo enxergar a realidade. A exposição do bom velhinho imprecador não está pegando bem. Pelo contrário, está pegando muito mal”, diagnostica um pesquisador. Iris está sendo apresentado e, portanto, visto como o político que xinga, mas não propõe uma alternativa crível. Além disso, toda vez que se mostra como moderno, Iris apresenta uma argumentação arcaica, antimoderna. Não adianta se dizer moderno se a forma não o é. O corpo fala, já disseram. Os marqueteiros deveriam tentar levar um Iris mais ameno e menos ácido e árido para a televisão. Afinal, ele não é mocinho de novela mexicana nem bandido de filme de faroeste. É um político de valor, sério e competente.

Os dados a seguir não são pesquisa e, portanto, não têm valor científico. Esclareça-se, ainda, que um quadro deste tipo não é fixo e sempre ocorrem surpresas. O Jornal Opção pediu a políticos, de vários partidos, que refinassem suas listas de favoritos para deputado federal em Goiás. Conferidas as listas, apurou-se quem recebeu mais “votos” — os entrevistados basearam suas informações em estrutura de campanha, bases eleitorais e, em alguns casos, tradição política. O resultado é uma lista de 17 nomes que são considerados como favoritos para frequentar a Câmara dos Deputados em Brasília de 2015 a 2018. Eis a lista, em ordem alfabética: 1 — Alexandre Baldy (PSDB) 2 — Antônio Faleiros (PSDB) 3 — Celio Silveira (PSDB) 4 — Daniel Vilela (PMDB) 5 — Flávia Morais (PDT) 6 — Giuseppe Vecci (PSDB) 7 — Iris Araújo (PMDB) 8 — João Campos (PSDB) 9 — José Mário Schreiner (PSD) 10 — Jovair Arantes (PTB) 11 — Lucas Vergílio (SD) 12 — Magda Mofatto (PR) 13 — Marcos Abrão (PPS) 14 — Pedro Chaves (PMDB) 15 — Rubens Otoni (PT) 16 — Sandes Júnior (PP) 17 — Thiago Peixoto (PSD) Apesar de a lista ter sido refinada para 17 nomes, porque Goiás tem apenas 17 vagas na Câmara dos Deputados, outros nomes foram apontados como candidatos fortíssimos. Não será surpresa se um deles desbancar alguém da lista acima. Eis o que se pode chamar de uma lista alternativa: Delegado Waldir Soares (PSDB) Edward Madureira (PT) Eurípedes Júnior (PROS) Fábio Sousa (PSDB) Gilvan Máximo (PRB) Heuler Cruvinel (PSD) Mauro Rubem (PT) Olavo Noleto (PT) Paulo do Valle (PMDB) Roberto Balestra (PP) Valdivino Oliveira (PSDB)

Iris Rezende — É certo que a eleição será realizada apenas em 5 de outubro, daqui a um mês. Mas, se o quadro não mudar e se o governador Marconi Perillo for reeleito no primeiro turno, a maior morte política da disputa de 2014 será a de Iris Rezende. O peemedebista pode até disputar a Prefeitura de Goiânia, como vem dizendo nos bastidores, com a intenção de “ameaçar” e “conter” Júnior Friboi e aqueles que supostamente querem lhe tomar o PMDB, que é uma espécie de feudo da família Rezende. Alcides Rodrigues — O ex-governador de Goiás morreu politicamente. Ele trabalhou, articulou, mas não conseguiu lançar nenhum candidato a deputado estadual e federal. Ney Nogueira, seu candidato, desistiu, alegando falta de apoio, inclusive de Alcides. A mulher do ex-governador, Raquel Rodrigues, sugeriu que seria candidata a deputada estadual, mas, por falta de densidade eleitoral, desistiu. Por falta de opção, Alcides está apoiando Francisco Gedda (PTN), de Jataí, para deputado federal. Vanderlan Cardoso — Muito bem-sucedido como empresário e como prefeito de Senador Canedo, Vanderlan Cardoso (PSB), de 52 anos (em novembro), não se deu bem na política estadual. Em 2010, com uma megaestrutura proporcionada pelo então governador Alcides Rodrigues, não conseguiu sair do terceiro lugar, atrás do governador Marconi Perillo e de Iris Rezende. Agora, patina, mais uma vez, em terceiro lugar. Se confirmado no terceiro lugar, Vanderlan sairá da campanha muito menor do que entrou. Possivelmente, será devolvido à política de Senador Canedo, disputando a prefeitura e, quem sabe, entrando em confronto político com seu pupilo, Misael Oliveira (PDT).