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Ministério Público pode pedir “cassação” de um deputado federal e um deputado estadual

No mercado persa da política comenta-se que o Ministério Público vai pedir a cassação de um deputado federal e de um deputado estadual eleitos em 2014. Motivo: fraude na prestação de contas. Um laranja estaria propenso a aceitar a delação premiada para revelar o esquema.

Eurípedes Júnior, presidente do Pros, virou o patinho feio da política de Goiás

O presidente do Pros nacional, Eurípedes Júnior, está sendo chamado de o patinho feio da política de Goiás. Ele havia informado a cúpula nacional do partido que, como segundo suplente, assumiria uma vaga na Câmara dos Deputados. Até agora, porém, o que se sabe é que está fora do Parlamento. Porque o compromisso do governador Marconi Perillo, tudo indica, é apenas com o deputado federal Sandes Júnior, do PP. É provável que Eurípedes Júnior seja nomeado para um cargo no governo da presidente Dilma Rousseff.

O PMDB cansou-se de Iris Rezende mas Iris Rezende não se cansou do PMDB

“O PMDB cansou-se de Iris Rezende mas Iris Rezende não se cansou do PMDB”, afirma um peemedebista. “Fica-se com a impressão que Iris Rezende impôs-se uma missão: destruir o PMDB em Goiás. Ele está conseguindo. Quando terminar 2018, o partido terá completado 20 anos fora do poder”, critica o peemedebista. “Iris Rezende, se fosse uma empresa, já teria falido. Ele tem de parar de usar o PMDB para ter poder só para si”, acrescenta o jovem peemedebista. “É preciso acabar a era do medo no partido.”

Contencioso excessivo das tendências do PT travou o governo de Agnelo Queiroz em Brasília

O problema de Agnelo Queiroz, que fracassou como governador do Distrito Federal, apesar de feito muitas obras, é o mesmo da presidente Dilma Rousseff: o excesso de tendências do PT. As tendências se tratam como adversárias, e em alguns casos até como inimigas. O que uma faz a outra tenta desmanchar. Isto também ocorre na gestão de Paulo Garcia, em Goiânia, embora em menor escala. Sabe-se que as principais denúncias contra Agnelo Queiroz que saíam na imprensa local e nacional eram plantadas por petistas insatisfeitos, mas recebendo do governo do DF.

Valdivino Oliveira tentou ajustar contas de Agnelo Queiroz. Mas já era tarde

O economista Valdivino Oliveira (PSDB) foi contratado para, na marca do pênalti, ajustar as contas do governo de Agnelo Queiroz (PT), em Brasília. Não deu pé, é claro, mas pelo menos o altamente qualificado gestor goiano indicou os caminhos para a recuperação das contas públicas. O governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB), se quiser começar o governo sabendo o caminho das pedras, não poderá prescindir do trabalho do professor da PUC de Goiás. Seja como auxiliar direto ou como consultor.

Iris Rezende teria aconselhado Paulo Garcia a “mandar” na Prefeitura de Goiás

O principal conselheiro do prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT), é o ex-prefeito Iris Rezende. Numa das conversas, o decano do PMDB teria dito que o petista-chefe precisa “mandar” na prefeitura. Noutras palavras, Iris Rezende sugeriu que Paulo Garcia assuma, de vez, a liderança de sua equipe e expurgue aqueles, de quaisquer partidos, que não estiverem realmente comprometidos com a gestão pública. Bem intencionado e decente, Paulo Garcia até agora não definiu uma marca para sua gestão e parece não ter um eixo administrativo. Faz muitas coisas, mas não é conhecido por uma coisa bem feita, aquilo que fica gravado no inconsciente coletivo. Iris Rezende fazia asfalto — é uma marca. Qual é a de Paulo Garcia? Ainda não se sabe. Mas engana-se quem acredita que o prefeito está “morto” do ponto de vista administrativo e político. Não está. Ele ainda tem tempo para recuperar a gestão e se posicionar politicamente de maneira mais forte. Mas precisa aceitar o conselho de Iris Rezende e assumir o comando da prefeitura, antes que seja tarde, muito tarde.

Vilmar Rocha aposta no fortalecimento da base em 2016 para chegar mais forte em 2018

No momento, Vilmar Rocha está se reunindo com os líderes do PSD para discutir a sucessão municipal de 2016. Ele é adepto da tese de Tancredo Neves de que, em política, não existe cedo — só tarde. Mas, como costuma dizer, cada coisa tem seu tempo. O objetivo do presidente do PSD é encorpar o partido a partir das eleições municipais. O PSD tem cinco deputados estaduais e dois deputados federais. Com uma estrutura municipal mais sólida, estabelecida em 2016, o partido tende a aumentar a bancada parlamentar na eleição seguinte, a de 2018. O PSD tem chance, por exemplo, de bancar candidato a governador em 2018.

Vilmar Rocha diz que vai manter e fortalecer aquilo que funciona bem na sua supersecretaria

O supersecretário de Cidades, Meio Ambiente, Infraestrutura e Assuntos Metropolitanos, Vilmar Rocha (PSD), pouco dado a arroubos autoritários e mudanças tão-somente marqueteiras, afirma que quer e vai trabalhar com aqueles que querem contribuir para a modernização de Goiás. Por isso, ao assumir a secretaria, não vai pedir a cabeça de ninguém nem vai promover mudanças radicais. O que estiver funcionando bem será mantido e ampliado.

A presidente Dilma Rousseff costuma chamar Vilmar Rocha de “Kassab de Goiás”

O secretário Vilmar Rocha (PSD) é o tipo de pessoa que não se irrita com nada. Está sempre bem-humorado e é extremamente afável. Homem culto, com formação até erudita, prefere se comportar de maneira simples, sem firulas acadêmicas (mas quem leu seu livro sobre o populismo sabe que seus voos acadêmicos são altos). É um liberal que aposta que o investimento no social, num país como o Brasil, é mesmo absolutamente necessário. Nisto, segue, de certa forma, a tese do liberalismo social sugerido pelo filósofo José Guilherme Merquior. A presidente Dilma Rousseff o chama de “Gilberto Kassab de Goiás”. Vilmar Rocha não se importa com a comparação, pois a presidente quer dizer que se trata de um político diplomático como o político de São Paulo. De brincadeira, integrantes do PSD começam a chama-lo de “Kassab do Cerrado” ou de “Kassabinho do Planalto”. O fato é que, embora Kassab seja ministro e de uma Estado mais poderoso, a história de Vilmar Rocha é muito superior à do líder do PSD nacional.

Lista oficial do secretariado do quarto governo de Marconi Perillo

O secretariado do governador Marconi Perillo tem perfil técnico e político. Mesmo os políticos têm formação técnica adequada e a maioria dos técnicos têm visão política aguçada (casos de Raquel Teixeira e Leonardo Vilela, com passagem positiva pela Câmara dos Deputados). Os principais partidos que contribuíram para a vitória do tucano-chefe, do PSDB, foram contemplados no primeiro escalão. O PSD tem dois secretários, Vilmar Rocha e Thiago Peixoto. PP tem um supersecretário, o vice-governador José Eliton. O PTB, que tende a ficar forte no segundo escalão (que terá papel decisivo na condução direta do governo), indicou o deputado Valcenor Braz. O deputado federal Jovair Arantes, presidente do PTB, desabafou com aliados que não ficou satisfeito com a escolha do secretariado, embora publicamente admita que as nomeações são de responsabilidade exclusiva do governador. O PHS emplacou Eduardo Machado na Metrobus. Uma das missões de Machado é contribuir para alavancar o projeto nacional do líder tucano. O PSDB, além de ter o governador, mantém integrantes em pastas chaves. Com a ida de Thiago Peixoto para a Segplan, o primeiro suplente da coligação governista, o deputado federal Sandes Júnior, do PP, permanece em Brasília. Com dois deputados estaduais na equipe do tucano-chefe, os suplentes Júlio da Retífica, principal líder político do Norte goiano, e Daniel Messac, ligado à Igreja Assembleia de Deus, continuam na Assembleia Legislativa. Ambos são tucanos. Eurípedes Júnior, presidente nacional do Pros, permanece como suplente. A indicação de Frederico Jayme para a chefia de Gabinete indica que ela vai funcionar praticamente como uma secretaria política. Porque Frederico Jayme não é meramente técnico. Acima de tudo, é um articulador político hábil e, por isso, será uma das principais pontes do governo com os prefeitos de vários partidos. Setores do PMDB que não aceitam a liderança de Iris Rezende tendem a se aproximar do governo, por intermédio de Frederico. Há risco, até, de debandada para o lado do governo. Henrique Tibúrcio, na Secretaria de Governo, é uma das apostas pessoais do governador Marconi Perillo. O projeto é transformá-lo num novo quadro político do PSDB em Goiás. Tibúrcio deixa a presidência da OAB-Goiás. E uma eleição será convocada -- só entre os conselheiros da Ordem -- para eleger o novo presidente. Será um mandato-tampão, até o fim de 2015. O advogado e professor universitário Flávio Borges é apontado como um dos candidatos mais fortes. Dependendo das articulações, no lugar de "um", pode ser "o" candidato. A seguir confira a lista oficial da nova equipe do governo de Goiás. I – Secretarias de Estado

  • José Eliton de Figuêredo Júnior Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Científico e Tecnológico e de Agricultura, Pecuária e Irrigação• José Carlos Siqueira Secretaria de Estado da Casa CivilVilmar da Silva Rocha Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Infraestrutura, Cidades e Assuntos MetropolitanosAna Carla Abrão CostaSecretaria de Estado da Fazenda Thiago Mello Peixoto da Silveira Secretaria de Estado de Gestão e Planejamento
Henrique Tibúrcio Peña Secretaria de Estado de Governo • Raquel Figueiredo Alessandri Teixeira Secretaria de Estado da Educação, Cultura e Esporte • Joaquim Cláudio Figueiredo Mesquita Secretaria de Estado da Segurança Pública e Administração Penitenciária • Leonardo Moura Vilela Secretaria de Estado da Saúde •Lêda Borges de Moura Secretaria de Estado da Mulher, do Desenvolvimento Social, da Igualdade Racial, dos Direitos Humanos e do Trabalho II – Secretarias Extraordinárias • Valcenor Braz de Queiroz Secretaria Extraordinária do Entorno de Brasília • Sérgio Antônio Cardoso de Queiroz Secretaria Extraordinária de Articulação Política III – Órgãos de Assessoramento Direto ao Governador, Integrantes da Governadoria • Luiz Alberto de Oliveira Chefe de Gabinete de Gestão da Governadoria • Frederico Jayme Filho Chefe de Gabinete do Governador
  • Glória Edwiges Miranda Coelho Chefe de Gabinete Particular do Governador
  • Simão Cirineu Dias Chefe de Gabinete da Representação de Goiás no Distrito Federal•
  • Carlos Eduardo Reche Chefe de Gabinete de Gestão de Imprensa do Governador
  •  Adailton Florentino Nascimento Chefe do Gabinete Militar
  • Carlos Maranhão Gomes de Sá Presidente do Grupo Executivo do Veículo Leve sobre Trilhos• Adauto Barbosa Júnior Controlador-Geral do Estado • Cleomar Rizzo Esselin Filho Defensor Público-Geral do Estado • Alexandre Eduardo Felipe Tocantins Procurador-Geral do Estado
IV – Autarquias • Jayme Eduardo Rincon Presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras • Haroldo Reimer Reitor da Universidade Estadual de Goiás – mandato • Francisco Taveira Neto Presidente do Instituto de Assistência dos Servidores Públicos do Estado de Goiás - Ipasgo • Alexandre Veiga Caixeta Presidente da Junta Comercial do Estado de Goiás – mandato • Ridoval Darci Chiareloto Presidente da Agência Goiana de Controle, Regulação e Fiscalização de Serviços Públicos – mandato • Marlene Alves de Carvalho e Vieira Presidente da Goiás Previdência (GoiásPrev) – mandato • Leandro Marcel Garcia Gomes Presidente da Agência Estadual de Turismo – Goiás Turismo • Pedro Antônio Arraes Pereira Presidente da Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária – Emater • João Furtado de Mendonça Neto Presidente do Departamento Estadual de Trânsito V – Fundação • Maria Zaira Turchi Presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás – Fapeg VI – Empresas • José Taveira Rocha Diretor-presidente da Saneago – Saneamento de Goiás S.A • Júlio César Vaz de Melo Diretor-presidente da Companhia de Distritos Industriais de Goiás – GoiásIndustrial • José Fernando Navarrete Pena Presidente da Celg G&T – Geração & Transmissão • Humberto Tannus Junior Presidente da Agência de Fomento de Goiás S.A – GoiásFomento • Luiz Antônio Stival Milhomens Presidente da Agência Goiana de Habitação • Andrea Aurora Guedes Vecci Diretora-presidente da Indústria Química do Estado de Goiás – Iquego • Eduardo Machado e Silva Rodrigues Diretor-presidente da Metrobus – Transporte Coletivo S.A VII – Órgãos de Segurança Pública • Sílvio Benedito Alves Comandante-Geral da Polícia Militar do Estado de Goiás • João Carlos Gorski Delegado-Geral da Polícia Civil do Estado de Goiás • Carlos Helbingen Júnior Comandante-Geral do Bombeiro Milita A professora Eliana França está mantida no cargo de coordenação geral da Organização das Voluntárias de Goiás, indicada pela presidente de honra, Valéria Perillo.  

O deputado federal Heuler Cruvinel é cotado para a Secretaria de Governo

O deputado federal Heuler Cruvinel, do PSD, é cotado para a Secretaria de Governo. Segundo um político de Rio Verde, o parlamentar foi sondado diretamente pelo governador Marconi Perillo, do PSDB. O político afirma que, como Thiago Peixoto estaria resistindo a assumir a Secretaria de Gestão e Planejamento (Segplan), o tucano-chefe teria feito o convite a Heuler Cruvinel. O fato é que os dois dificilmente irão para o governo. No primeiro escalão só há espaço para mais um integrante do PSD, porque o deputado Vilmar Rocha já foi indicado para uma supersecretaria. Portanto, irá Cruvinel ou Peixoto. "Se Marconi indicar três membros do PSD para o primeiro escalão, o deputado federal Jovair Arantes terá um ataque de nervos", diz um deputado.

Iris Rezende pode bancar Ronaldo Caiado para o governo e deve rejeitar Júnior Friboi e Daniel Vilela

[caption id="attachment_24667" align="alignleft" width="620"]Ronaldo Caiado e Iris Rezende: a míssão do primeiro é qualificar  e renovar o discurso arcaico do veterano líder peemedebista goiano | Foto: Fernando leite/Jornal Opção Ronaldo Caiado e Iris Rezende: a míssão do primeiro é qualificar
e renovar o discurso arcaico do veterano líder peemedebista goiano | Foto: Fernando leite/Jornal Opção[/caption] A tricotagem política entre o senador eleito Ronaldo Caiado e o principal líder do PMDB em Goiás, Iris Rezende, tem a ver com a eleição para prefeito de Goiânia, em 2016, mas também com a disputa do governo de Goiás, em 2018. É fato que Iris Rezende tem forte capital eleitoral em Goiânia, tanto que foi eleito em 2004 e reeleito em 2008. Na primeira, derrotando o PT e um candidato da base governista. Na segunda, contando com o apoio do petismo de Paulo Garcia, derrotando a base marconista. Porém, de­pois da terceira derrota para o governo do Estado e porque terá 83 anos em 2016, sua candidatura possivelmente seria mais complicada. O apoio de Ronaldo Caiado poderia dotar sua campanha de um discurso mais contemporâneo e uma contundência mais qualificada. Porém, como não há nada de graça em política, o irismo terá de apresentar a contrapartida. Em conversas reservadas, com os mais íntimos de seus aliados, Iris Rezende estaria dizendo que veta apenas dois nomes para governador em 2018: Júnior Friboi e Daniel Vilela. O irismo, especialmente aquele mais familiar, considera o empresário e o deputado federal eleito como “traidores”. Se veta Júnior Friboi e Da­niel Vilela, qual seria o nome de Iris Rezende para o governo? Não tem. Aí entra Ronaldo Ca­iado como seu possível candidato a governador. Aliados de Ronaldo Caiado frisam que ele não quer disputar o governo como candidato da terceira via, porque sabe que seria atropelado pela histórica polarização entre o peemedebismo e o tucanato. Por isso, a aproximação com o PMDB de Iris Rezende. Este tem admitido que prefere apoiá-lo a compor com integrantes do partido que trata como adversários e, em alguns casos, até inimigos pessoais. O vice de Ronaldo Caiado seria indicado por Iris Re­zende. O presidente do DEM por certo consideraria a hipótese de um vice como Daniel Vilela, mas o peemedebista-chefe não aceitaria.

Dilma Rousseff e Gilberto Kassab planejam fundir PSD-PL para criar partido para se contrapor ao PMDB

[caption id="attachment_24664" align="alignleft" width="620"]Dilma Rousseff e Gilberto Kassab: aliança para reduzir força do PMDB e criar uma nova força política no Congresso Nacional. Jogada de mestre | Fotos: ABr e Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr Dilma Rousseff e Gilberto Kassab: aliança para reduzir força do PMDB e criar uma nova força política no Congresso Nacional. Jogada de mestre | Fotos: ABr e Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr[/caption] Com sua ampla estrutura no Congresso Nacional, o PMDB transformou a República em refém e, por isso, nem precisa eleger presidente da República. Da Câmara dos Deputados e do Senado, o partido, muito bem articulado, governa o País como se fosse um primeiro-ministro. Pode-se sugerir, até, que há uma espécie de parlamentarismo às avessas. A presidente Dilma Rousseff, do PT, é poderosa, tem a caneta, porém, para mover o governo, precisa, cada vez mais, da elite orgânica do peemedebismo. O PT fez um pacto faustiano com as elites políticas tradicionais. Para ter o controle do poder central, o governo petista, de Lula da Silva a Dilma Rousseff, cede parte dos anéis — como a Petrobrás — e, às vezes, perde parte dos dedos. Ninguém, nem Goethe e Thomas Mann, com “Fausto” e “Doutor Fausto”, sabe exatamente como terminam os pactos faustianos. Dadas as crises do mensalão e do petrolão, corrupções criadas para sustentar alianças políticas mas que se tornaram sistêmicas, percebe-se que o pacto faustiano tende, a médio ou a longo prazo, a implodir o PT. Ao perceber que se tornou uma prisioneira do “cerco” patrocinado pelo PMDB — é a controladora manietada pelo supostamente controlado —, a presidente Dilma Rousseff, que não é uma néscia, está procurando uma alternativa. Lula da Silva, ao contrário, avalia que, fora da aliança com o PMDB, não há salvação. A petista-chefe acredita que há. Nos últimos meses, Dilma Rousseff tem conversado, com frequência, com o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab. Sobre o que dialogam, com tanta intimidade, não se sabe com precisão. Consta que se tornaram amigos, talvez motivados pelo fato de que são solteiros e solitários. Mas um assunto tem sido discutido com assiduidade pela presidente e o ex-prefeito de São Paulo. Trata-se da recriação do Partido Liberal. Por que o PL, partido que tem no goiano Cleovan Siqueira seu messias, interessa tanto à presidente e ao líder do PSD? A história é longa e complexa, mas vamos sintetizá-la. Dilma Rousseff, com o apoio de Kassab, planeja um par e um concorrente para o PMDB no Congresso Nacional. “Outro” PMDB. Ab­surdo? Parece, mas não é. O PSD elegeu em 2014 a quarta maior bancada, com 37 deputados federais (ficou menor). Assim, não é páreo para o PMDB, que tem quase o dobro de parlamentares. Pois é aí que entra o PL. Criado com o beneplácito da presidente, e aberta a “janela”, o PL pode atrair parlamentares descontentes de outros partidos, inclusive do PMDB, e mais tarde poderá se fundir com o PSD. Assim o PSD — que poderia se tornar PSDL — se tornaria um dos maiores partidos do Congresso, atrás somente do PMDB. Ou até empatado. Acredita-se que a fusão PSD-PL atrairia mais de 20 parlamentares. A bancada do PSD chegaria quase a 60. Resta saber se a jogada vai funcionar. Se der certo, Dilma Rousseff terá nas mãos uma arma, somada ao PT, para negociar, de maneira mais republicana, com o PMDB.

Baldy, revelação do marconismo, tem chance de derrotar o prefeito João Gomes em Anápolis

Uma das principais revelações políticas da base marconista em 2014 é o deputado federal eleito Alexandre Baldy. Embora nunca tivesse disputado uma eleição, obteve 107.544 votos (3,55%), consagrando-se como o oitavo mais bem votado. “Batizado” pelas urnas, deve ser candidato a prefeito de Anápolis pelo PSDB. Aos 34 anos, com a experiência de dirigir empresas e de ter sido secretário da Indústria e Comércio, é forte páreo para o prefeito João Gomes, do PT. Por ser o novo e ter a imagem de gestor eficiente, e de saber agregar forças políticas e empresariais, Baldy dará trabalho para o prefeito João Gomes. E poderá ser eleito. Há tanto receio de sua capacidade de trabalho e eleitoral que o PT pode lançar o ex-prefeito Antônio Gomide a vereador para fortalecer a candidatura de João Gomes.

Daniel Vilela e Adriana Accorsi são as principais revelações das oposições em 2014

[caption id="attachment_24655" align="alignleft" width="620"]Adriana Accorsi foi eleita deputada federal e Daniel Vilela a federal | Fotos: Edilson Pelikano Adriana Accorsi foi eleita deputada estadual e Daniel Vilela a federal | Fotos: Edilson Pelikano[/caption] As duas maiores revelações eleitorais de 2014 no campo das oposições são Daniel Vilela, do PMDB, e Adriana Accorsi, do PT. Eleito deputado federal, Daniel Vilela obteve 179.214 votos (5,91%). Não é qualquer dia que um político obtém uma votação tão elástica. Embora seja um político do estilo “vaga-lume” — aparece e some, não se firmando e não dando continuidade aos posicionamentos críticos —, Daniel é articulado, está procurando se tornar mais consistente e fala bem. Tem futuro. Mas este pode chegar mais cedo ou mais tarde — vai depender de sua vontade e de sua energia. Fica-se com a impressão de que, como o pai, Maguito Vilela, é relutante. Recentemente, começou um enfrentamento com Iris Rezende, mas, bastou este bater o pé, e o jovem peemedebista “desapareceu”. Adriana Accorsi foi eleita com 43.867 votos (1,39%) — ficando como a quinta mais bem votada. A petista pode disputar a Prefeitura de Goiânia, com o apoio do prefeito Paulo Garcia e, quem sabe, do deputado federal Rubens Otoni. Delegada de polícia, é popular e consistente.