Romário Policarpo, segundo três vereadores, estaria insatisfeito com a inação do prefeito

Foto: Alexandre Tavares

O presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Romário Policarpo, pertence ao Pros — partido dirigido, nacional e localmente, pelo goiano Eurípedes Júnior. O partido está na base do prefeito Iris Rezende, mas, segundo um vereador, Romário Policarpo está prestes a sair da base do emedebista.

Três vereadores, ambos da base do prefeito Iris Rezende e também descontentes, afiançam que Romário Policarpo está insatisfeito por vários motivos (o presidente da Câmara, procurado, não quis comentar a história). “Goiânia não vai para frente com Iris Rezende, não sai do lugar. O prefeito parou no tempo”, afirma um vereador. “Os secretários de Iris não respeitam a cidade e a Câmara, são arrogantes. O descontentamento dos vereadores é geral.”

“Há problemas na educação. A saúde permanece abandonada e Iris não se preocupa e mantém uma secretária que não funciona. A cidade está esburacada e nós, que somos da base do prefeito, estamos sendo cobrados por eleitores e associações de bairros”, denuncia um vereador que já se considerou irista e agora é um governista “desacorçoado”.

“O problema do trânsito na Rua 44 é gravíssimo, mas Iris Rezende não se preocupa. Há um verdadeiro colapso na região. A prefeitura não fiscaliza as ruas nem verifica o tráfego. Pode parecer exagero, mas não é: uma hora dessas pode acontecer uma tragédia na área, pois estão montando verdadeiros restaurantes a céu aberto. Já vi pessoas fritando pastéis em cima de botijão de gás. A área é lotada de roupas e uma faísca de repente por provocar um grande incêndio. A Rua 44 virou terra de ninguém. Há pouco, para chegar ao Centro, tive de descer pela Rua 74, porque é impossível passar pela 44. A prefeitura, insisto, abandonou a região. Falta fiscalização de postura, da vigilância sanitária e do trânsito. Acorde Iris!”, afirma um vereador, que prefere não se identificar. “Iris é perseguidor”, afirma.

Os vereadores reclamam também do trânsito na Goiás Norte, que prejudica vários comerciantes, como a Leroy Merlin.