O dia em que Ronaldo Caiado salvou a vida do comunista Edmundo Galdino
23 abril 2021 às 18h38
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O ex-deputado federal, que militou politicamente no PC do B, morreu de complicações derivadas da Covid-19, aos 62 anos
Em junho de 1985, há quase 36 anos, o vereador Edmundo Galdino — então filiado ao PMDB — participava de uma reunião com cerca de 300 trabalhadores rurais, na Câmara Municipal de Araguaína, quando dois pistoleiros o balearam. Um dos quatro tiros disparados pelos criminosos atingiu a coluna do político, então com 27 anos.
A situação de Edmundo Galdino era grave e chegou-se a pensar que não sobreviveria. A família decidiu levá-lo para Goiânia. Uma vez na capital, levaram-no para a clínica na qual trabalhava o médico-ortopedista Ronaldo Caiado, então com 36 anos e especializado em Paris, França.
Durante horas, de maneira cuidadosa e atenta, Ronaldo Caiado e sua equipe operaram Edmundo Galdino. Conseguiram salvar sua vida.
Edmundo Galdino não voltou a andar, ficou paraplégico, mas, como o americano Franklin Roosevelt — que teve poliomielite aos 39 anos e, mesmo de uma cadeira de rodas, foi eleito presidente dos Estados Unidos quatro vezes consecutivas —, continuou sua vida política e administrou seus negócios sem maiores problemas. Foi deputado federal três vezes, ocupou cargos no governo federal e no governo do Tocantins. Trabalhou como agropecuarista. Sem sair de sua cadeira de rodas. Tudo isto graças às mãos eficientes, experimentadas e especializadas de Ronaldo Caiado — hoje, governador de Goiás.
Na quinta-feira, 22, Edmundo Galdino morreu, aos 62 anos, de complicações derivadas da Covid-19.
Durante anos, Edmundo Galdino foi militante do Partido Comunista do Brasil. Na Universidade Federal de Goiás, onde cursava História, e na Universidade Católica de Goiás, onde estudava Direito, era um dos líderes da tendência Viração — ligada ao PC do B. Ele foi filiado ao PC do B, ao PMDB, ao PSDB, ao PPS e ao PDT.