O pré-candidato do DEM frisa que uma de suas ideias é transferir os animais do Jardim Zoológico para santuários adequados

O jornalista e advogado Nilson Gomes pretende disputar a Prefeitura de Goiânia pelo partido Democratas. “O governador Ronaldo Caiado sabe que dou conta de governar. Não sou candidato para tão-somente ficar pagando folha de funcionário e repassando duodécimo da Câmara.” A convenção do DEM será realizada no dia 12. “Estarei lá, como pré-candidato tentando ser candidato. No momento, o partido não tem candidato. Sou o único. Zacharias Calil não quer disputar, pelo que tenho lido nos jornais. O que lhe falta, vontade, sobra em mim.”

O pré-candidato sugere que, se eleito, a bicicleta vai ter mais espaço do que automóveis e caminhões.

Nilson Gomes: pré-candidato a prefeito de Goiânia pelo Democratas | Foto: Divulgação
Jardim Zoológico

O Jardim Zoológico será fechado, afirma o pré-candidato. “Vou levar os animais — como o urso Robinho — para santuários. Quando for possível, devolveremos os animais para seu habitat. O sistema de jaulas está superado em todo o mundo, mas em Goiânia vigora. Desde já, é preciso retirar as jaulas. Manter um animal grande como um hipopótamo em piscina é praticamente um crime. Manter um leão numa jaula não dá, está errado. Vou sugerir que, no lugar do Zoológico, seja instalada a Delegaria de Proteção aos Animais. Quem tem de ficar atrás das grades são as pessoas que maltratam os animais.”

Tecnologia

A tecnologia é crucial para agilizar a vida das pessoas, postula Nilson Gomes. “A inteligência artificial pode substituir funcionários, por exemplo, na área de fiscalização. Há aplicativos modernos e eficazes. Na minha gestão, se eu for eleito, não haverá chefe de gabinete, secretárias, garçons. O secretário e gestores vão administrar pelo celular.”

Várias empresas nascem e morrem rapidamente. Mas Nilson Gomes avalia que isto poderá ser mudado. “A prefeitura pode e deve contribuir para que as pessoas não fechem suas empresas. Se a prefeitura abrir um espaço para elas, que aí não precisarão gastar com aluguel, então é muito provável que mantenham seus negócios em funcionamento.”

Na campanha, se for efetivado como candidato, Nilson Gomes afirma que não terá como competir, em termos de estrutura, com candidatos como Maguito Vilela, do MDB, e Francisco Júnior, do PSD. “Mas não vou ficar falando de asfalto. Vou falar em tecnologia, explicando o que a Eslovênia, um país pequeno, fez e que Goiânia poderá replicar no Cerrado.”

Saúde

O Censo do IBGE informa que Goiânia tem 1,5 milhão de habitantes, mas há 3 milhões de fichas no SUS. “Quer dizer, pessoas de várias outras cidades são atendidas na capital. Portanto, temos de organizar um amplo cadastro das pessoas atendidas para que a cidade receba recursos financeiros de maneira correta. Se continuar do jeito que está, sem planejamento algum, todo dinheiro será curto.”

Comurg

A Comurg, sublinha Nilson Gomes, será o centro de tudo. “A Comurg terá uma grande marcenaria e uma grande serralheria.”

“Estou pensando numa espécie de New Deal, o de Roosevelt, que antecede o Plano Marshall, que recuperou a Europa. Vamos contratar serventes e pedreiros. Vamos construir praças e mini-praças. Empreiteiros não terão contratos na prefeitura. Só pessoas simples farão as obras”, pontua Nilson Gomes.

Fundo Eleitoral

Nilson Gomes garante que, se for efetivado como candidato, vai dispensar o Fundo Eleitoral. “Os recursos financeiros podem ficar para os candidatos a vereador. Minha campanha vai custar muito pouco, quase nada. Meu limite declarado vai ser de 50 mil reais. Não preciso de Fundo Eleitoral nem de Fundo Partidário.”

Educação

“Não se pode ter escolas de tempo integral com os atuais prédios. Minha proposta é diferente. Ao fazer um segundo turno, pode-se ter uma escola de tempo integral na casa das crianças e adolescentes. Podemos comprar as aulas de professores que já estão no mercado. Teríamos, no segundo turno, apenas três disciplinas — Matemática, Inglês e Mandarim”, sugere Nilson Gomes.

“Nós podemos fazer o projeto Google na casa dos meninos que estiverem estudando do sexto ao nono ano — e cada um deles terá um tablet para fazer o contraturno, com as aulas de Matemática, Inglês e Mandarim. Com dinheiro de Brasília, do governo do Estado e da prefeitura, podemos fazer um cômodo nas casas dos estudantes, ou em pelo menos parte delas, as mais necessitadas. A prefeitura pagaria a internet. Em casas muito pequenas, por causa das atividades diárias das famílias, os meninos não têm condições de estudar direito. A Sala Modelo Google é uma boa ideia”, diz Nilson Gomes.