Candidato a senador pelo Progressistas, o ex-ministro das Cidades Alexandre Baldy vêm recebendo apoios de prefeitos por todo o Estado de Goiás. Segundo ele, a campanha já conta com o reforço de mais de 100 apoios, contando apenas gestores municipais, de partidos até da oposição. Para o candidato, o alinhamento com essas lideranças é fruto do trabalho que ele realizou junto aos municípios, quando foi ministro das Cidades.

Em entrevista ao Jornal Opção, Baldy comentou expectativas para a campanha, destacando que a a vitória do governador Ronaldo Caiado irá ocorrer ainda no primeiro turno. Ele pontua que as visitas que têm realizado por todas as regiões do Estado reforçam as tendências apresentadas pelas pesquisas eleitorais. O candidato também concedeu entrevista em vídeo, que pode ser conferida por meio do canal Opção Play.

Além disso, Baldy afirmou que o movimento Roma – que tenta pregar união entre Ronaldo Caiado (UB) e Marconi Perillo (PSDB) – não tem nenhum respaldo do governador e, por isso, garante, essa iniciativa ‘gestada’ por opositores não deve atrapalhar em nada a candidatura dele ao Senado pela base governista.

Eduardo Marques: As pesquisas mostram que o ex-governador e candidato ao Senado Marconi Perillo está à frente. Como que o senhor enxerga isso?

Alexandre Baldy: As pesquisas hoje refletem pouquíssimo o interesse real por parte do cidadão no pleito eleitoral. A gente percebe a diferença da pesquisa estimulada e a pesquisa espontânea, do cidadão ter definido o voto para deputado estadual, mas ainda não ter definido os votos para deputado federal e para senador. Historicamente, a eleição de senador é a última que atrai o interesse por parte do eleitorado, porque é a função mais distante da vida das pessoas, é aquela função que as pessoas têm mais desconhecimento, ‘para que serve?’, ‘o que faz?’. Assim, levam mais tempo para, obviamente, conhecer todos os candidatos e, enfim, tomarem a decisão sobre em quem irão votar.

Eduardo Marques: Como está a expectativa para a campanha?

Alexandre Baldy: Expectativa muito positiva, muito boa. Porque nós temos uma estratégia e acreditamos muito fortemente nela. A confiança é absoluta que nós estamos seguindo cada passo de maneira correta. Acreditando que, ao desenvolver de todo o período eleitoral, nós vamos chegar até a vitória no dia 2 de outubro.

Eduardo Marques: Qual é a avaliação do senhor da bancada goiana no Senado?

Alexandre Baldy: Acredito que nosso Estado tenha realmente dois bons senadores, cada um com a sua personalidade, sua forma de atuação. Mas para a gente ter senadores que tenham realmente participação nas decisões estratégicas e importantes, não adianta ser base de governo. Muitos são base de governo. A gente tem que ter uma atuação bem focada no dia a dia na vida de Brasília, onde as decisões não acontecem só terça, quarta e quinta. Geralmente o que é que ocorre nesses dias é o que foi discutido no domingo e segunda. Muitas vezes eu vivenciei isso na Câmara dos Deputados. Eles só descobrem aquilo que está debatido quando será apreciado e, talvez, quando já vai ser decidido.

Nielton Santos: A base do governador havia oito postulantes ao Senado. O senhor esperava que desistisse tanto assim ou esperava que desistisse mais e ficaria só o senhor?

Alexandre Baldy: Eu não mudei a minha posição. Não me importarei de enfrentar dentro da base um, dois, cinco, dez e fora da base como são dez candidatos hoje. A minha posição é a mesma. Que diferença faria se o candidato que está aqui dentro da base hoje sendo o meu adversário, estivesse com o outro candidato a governador fora da base? Então, estou aqui para poder enfrentar para o meu desafio de me apresentar a população. Agora, os adversários vão para o mesmo enfrentamento. Cada um que se apresente e cada um que conquiste a população para que possa ser o vencedor, como assim acredito que eu serei.

Para a gente ter senadores que tenham realmente participação nas decisões estratégicas e importantes, não adianta ser base de governo. A gente tem que ter uma atuação bem focada no dia a dia na vida de Brasília.

Ângela Moureira: O senhor acredita na reeleição do governador Ronaldo Caiado no primeiro turno?

Alexandre Baldy: Eu hoje acredito fortemente na reeleição do governador Ronaldo Caiado no primeiro turno. Percorrendo os quatro cantos do Estado, no Sudoeste, Entorno do Distrito Federal, Nordeste, Norte, Oeste, Sul, Sudeste, percebemos a confiança da população. A opinião pública diz que a eleição está resolvida no primeiro turno.

Ângela: Como o senhor tem visto essa articulação do chamado movimento Roma?

Alexandre Baldy: Estou tranquilo em relação a isso, porque esse movimento não tem nenhum respaldo do governador Ronaldo Caiado. Sendo assim, não irá atrapalhar em nada a minha candidatura pela base governista.

Alexandre Baldy
Alexandre Baldy, em entrevista no Jornal Opção | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção

Ângela Moureira: O senhor já foi ministro, deputado federal e secretário. Por que se coloca como a renovação, o novo?

Alexandre Baldy: Pela minha idade. A renovação certamente se dá quando os mais jovens tem oportunidade. Eu venho com esse sangue novo. Eu fui o mais expressivo relator de matérias legislativas entre 2015 e 2017 na Câmara Federal e foi no primeiro mandato. Eu não tinha pai na política, não tinha padrinho na política. Não tive ninguém que me deu a mão na Câmara dos Deputados para chegar onde eu cheguei. Eu briguei com o ex-governador (Marconi Perillo) pelo partido que fui eleito porque não concordava com a forma de atuação do grupo dele para que eu pudesse alçar meus objetivos e alcançar o que consegui. Presidir a Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara, ser líder da bancada do meu partido e ser líder do maior bloco partidário da Câmara dos Deputados por um período. Isso me deu oportunidade, inclusive, de ser convidado para ser ministro de Estado das Cidades, uma demonstração que eu tinha trabalho.

Ângela Moureira: Qual foi sua marca no mandato de deputado?

Alexandre Baldy: De 594 parlamentares, somando deputados e senadores, eu estava entre os três mais influentes do Congresso Nacional. Eu perdi para o presidente do Senado e para o presidente da Câmara. E eu era o novo. Mas eu tinha estudo, me dedicava, me aplicava, dialogava com todos e era o maior relator de matérias legislativas. A repatriação foi uma das matérias mais importantes tratadas nacionalmente. E quem foi o relator dela? Fui eu. E é por isso que eu coloco meu currículo, minha capacidade, minha dedicação, meu empenho e meu desempenho, mesmo com 42 anos de idade, para que eu possa chegar ao Senado Federal.

Eduardo Marques: Qual a importância desse trabalho realizado para o seu projeto como senador?

Alexandre Baldy: Eu coloquei o estado de Goiás em evidência na Câmara. Se eu fui o maior relator, fui convidado para ser ministro, eu coloquei o estado em evidência. Quantos anos que Goiás não tinha um goiano, raiz, ministro de Estado? Há mais de vinte anos. Então, eu voltei a dar essa evidência. Eu consegui o maior número de volume de recursos do governo federal para o estado da história. Isso muda a vida das pessoas? Muda. Transforma a vida das pessoas? Transforma.

Eu briguei com o ex-governador (Marconi Perillo) pelo partido que fui eleito porque não concordava com a forma de atuação do grupo dele para que eu pudesse alçar meus objetivos e alcançar o que consegui.

Nielton Soares: Se for para você apontar uma obra em Goiás que tem sua contribuição parlamentar, qual seria? 

Alexandre Baldy: A obra do BRT Norte-sul de Goiânia, por exemplo. Se eu não tivesse sido ministro, aquela obra não teria sido retomada até hoje. Porque eu estava lá, coloquei todo mundo na mesa para decidir. Coloquei R$ 400 milhões em recurso para que ela não paralisasse mais. Também tem Corumbá, o Sistema de Abastecimento de água lá do Entorno. Aquela obra estava parada por desvio, por problema de corrupção, e consegui sentar com todos na mesa para que a gente pudesse tocar a obra. Juntamos Ministério Público Federal, Justiça Federal e Ministério das Cidades para colocar R$ 100 milhões em recursos e retomar a obra, que foi entregue há pouco tempo pelos governadores de Goiás e do Distrito Federal.

Cilas Gontijo: Como é o seu relacionamento com o segmento religioso?

Alexandre Baldy: Um relacionamento muito importante. Pedi esse apoio ao senador Luiz Carlos do Carmo, pedi apoio ao pastor Eurípedes do Carmo, que preside o PSC. Estou confiante que receberei o apoio por parte deles. Estou confiante que poderei ter a chance de receber o apoio do deputado estadual que hoje é candidato a deputado federal, pastor Jefferson [Republicanos]. É um trabalho de indicação e demonstração de capacidade e realização que me dá confiança que tenho a possibilidade de receber o apoio por parte de todos os que são membros dessa importante igreja evangélica.