O ex-governador deve bancar José Eliton para prefeito de Goiânia para que este crie uma base eleitoral na capital

José Eliton e Marconi Perillo: ex-governadores de Goiás| Foto: Divulgação

O ex-governador Marconi Perillo, do PSDB, não quer ficar oito anos fora da política. Porque teme ser “esquecido” pelos eleitores — se voltar apenas em 2026, daqui a seis anos. Portanto, a tendência é que dispute mandato de deputado federal já em 2022. O tucano opera, até com desenvoltura, com aliados do Entorno de Brasília. Ele deve lançar a deputada estadual Lêda Borges para prefeita de Valparaíso contra o ex-tucano Pábio Mossoró (que, depois de romper com a parlamentar, ficou ainda mais popular). Se ganhar, vira prefeita. Se perder, não terá condições de ser candidata a deputada federal em 2022 — seu projeto maior — e, deste modo, terá de disputar a reeleição para a Assembleia Legislativa. E acabará tendo de apoiar Marconi Perillo para a Câmara dos Deputados. Aí Marconi Perillo “ganharia” o Entorno.

Mas Marconi Perillo não quer ir para a disputa sozinho. Ele deve bancar José Eliton para prefeito de Goiânia — até para que seu nome fique exposto publicamente. Mas o objetivo de fundo é bancar Eliton para deputado federal, em 2022, para somar votos. A tese dos tucanos é que, mesmo com desgaste, Marconi Perillo teria condições de eleger ele e acrescentar votos para outro postulante do PSDB.

O tucanato trabalha com a tese de que o deputado federal Célio Silveira — representante do Entorno de Brasília — vai se filiar ao MDB de Daniel Vilela.