Maguito Vilela, Elias Vaz e Francisco Júnior podem representar as três vias em Goiânia

16 junho 2019 às 00h00

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O emedebista e o deputado do PSD vão disputar o apoio do PP de Vanderlan Cardoso e Alexandre Baldy

A um ano e três meses das eleições para prefeito — que serão realizadas no dia 4 de outubro de 2020 —, os políticos estão estabelecendo contatos, com o objetivo de formatar alianças políticas amplas. Ao mesmo tempo, começam a fazer dois tipos de pesquisa: qualitativas e quantitativas. Não fazem muitas, dado o custo financeiro. Mas, em dois meses, repórteres do Jornal Opção tiveram acesso a pelo menos cinco pesquisas — uma quali e quatro quantis. O dado mais curioso é que as quantitativas apontam que o favorito para prefeito é o senador Jorge Kajuru (PSB) — que já adiantou que não será candidato e que apoia o deputado federal Elias Vaz (PSB) —, seguido, a certa distância, por Maguito Vilela (MDB), Vanderlan Cardoso (PP), Delegado Waldir Soares (PSL — que teria transferido o domicílio eleitoral para Aparecida de Goiânia), Zacharias Calil (DEM), Iris Rezende (MDB, que, com todo o desgaste, está no jogo), Francisco Júnior (PSD), Elias Vaz (PSB) e Adriana Accorsi (PT).

Quando a pesquisa é qualitativa — que são mais caras, por isso evitadas —, Kajuru perde a liderança para Maguito Vilela e Vanderlan Cardoso, que são apontados como os que têm mais condições de administrar a Prefeitura de Goiânia. Entretanto, como Vanderlan Cardoso afirma, de maneira peremptória, que não será candidato, a estrela de Maguito Vilela sobe ainda mais.
Se Maguito Vilela for candidato, e se contar com o apoio de Iris Rezende e dos progressistas Alexandre Baldy e Vanderlan Cardoso, fica ainda mais forte. Ele tem peso por dois motivos: é considerado competente, por ter sido governador de Goiás e, sobretudo, prefeito de Aparecida de Goiânia (seu recall positivo vem mais da gestão na cidade vizinha), e por ser um político que agrega, que não tem arestas. Portanto, pode ser capaz de reunir em torno de sua candidatura uma frente ampla — inclusive com o apoio do PP.

Há dois drummonds no caminho de Maguito Vilela — ou de Iris Rezende, se este for candidato. Trata-se de Francisco Júnior e Elias Vaz. Os dois deputados, ainda que não apareçam muito bem nas pesquisas de intenção de voto, têm presença sólida na política de Goiás.
Elias Vaz conta com o apoio de um general eleitoral — o senador Jorge Kajuru. Se transferir votos para o aliado, ainda que não seja em grande proporção, pode levá-lo ao segundo turno e torná-lo um candidato altamente competitivo. Há quem postule que ele se apresente com o nome de Elias do Kajuru. Frise-se que Elias Vaz conhece Goiânia como poucos e, quando estava na Câmara Municipal, era o vereador mais qualificado (até mais do que o polêmico Kajuru, dada sua formação mais técnica).
Francisco Júnior foi muito bem votado para deputado federal, obteve 60 mil votos em Goiânia, e conta com o apoio da Igreja Católica (e não apenas do segmento do qual participa mais ativamente, a Renovação Carismática). Na eleição para prefeito em 2016, expôs um projeto moderno e conseguiu apresentá-lo na televisão e nos debates de maneira competente. Não ganhou, mas fez bela figura. O que lhe falta é estrutura política. Ele mantém conversação com o senador Vanderlan Cardoso e, se conquistar o apoio do PP — que poderia indicar o seu vice —, passa a ser um candidato eleitoralmente consistente.
A tendência é que o pleito de 2020 passe por Maguito Vilela (ou Iris Rezende), Francisco Júnior, Elias Vaz e possivelmente pelo candidato bancado pelo governador Ronaldo Caiado. Fala-se em tendência, porque, como dizem os políticos, muita água ainda vai passar por debaixo da ponte.