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Na campanha de 2014, o marqueteiro Dimas Thomas orientava Iris Rezende cuidadosamente, tentando mostrá-lo como o “médico” — nos programas eleitoras —, porém, nos debates, aflorava o “monstro”, que era interpretado pelo eleitorado como o verdadeiro Iris.

Marconi Perillo, pelo contrário, não demonstrava dupla personalidade. Era simpático e apresentava seu programa e aparecia nos debates de maneira tranquila, sem gritaria e expondo suas ideias com serenidade e o máximo de clareza. Era o “médico” o tempo inteiro.

Lúcio Flávio Paiva, candidato a presidente da OAB, está muito parecido com Iris Rezende. Inicialmente, o marketing apresentou-o como “bom moço”, tranquilo — uma espécie de Lucinho-Flavinho paz e amor.

Entretanto, no primeiro debate, na Rádio Vinha FM, a máscara do marketing caiu e Lúcio Flávio se apresentou agressivo, irritadiço (com certo tom de desespero?), com extrema dificuldade de apresentar críticas e propostas consistentes.

Advogados chegaram à conclusão de que o candidato não sabe bem o que é a OAB.

O escritor escocês Robert Louis Stevenson diria que o monstro por vezes supera o médico.