Lúcia Vânia, Vanderlan Cardoso, Marcos Abrão e Virmondes Cruvinel: um dos deles pode ser candidato a governador de Goiás em 2018 pela coligação PSB-PPS. Blefe? Pode não ser
Lúcia Vânia, Vanderlan Cardoso, Marcos Abrão e Virmondes Cruvinel: um dos deles pode ser candidato a governador de Goiás em 2018 pela coligação PSB-PPS. Blefe? Pode não ser

Analistas avaliam que a senadora Lúcia Vânia está montando uma estrutura política gigante no interior — a partir de dois partidos, o PSB, presidido por ela, e o PPS, presidido pelo deputado Marcos Abrão, seu aliado e sobrinho. Os dois estão bancando candidatos a prefeito em várias regiões do Estado. Em Rio Verde, decidiram lançar a candidatura do deputado Lissauer Vieira.

Em Goiânia, cidade com maior eleitorado do Estado, bancam Vanderlan Cardoso, um político com grande aceitação na capital, ainda que esteja em terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto. Em Cristalina, uma das cidades mais prósperas do Entorno do Distrito Federal — onde o agronegócio é muito forte —, a aposta é em Daniel do Sindicato, o preferido dos setores produtivos. Acredita-se que, depois de duas gestões apontadas como ruins pelos eleitores locais, Daniel do Sindicato poderá recuperar as finanças da prefeitura e, ao mesmo tempo, a autoestima da população. As pessoas comentam que se precisa de um prefeito que more e pense exclusivamente no município — e não em seus negócios em Brasília e no exterior.

Há quem acredite que Lúcia Vânia está montando uma megaestrutura unicamente como uma maneira de garantir sua candidatura ao Senado em 2018. Pode ser que isto seja uma parte da verdade. Mas a verdade toda é outra: a senadora está articulando uma estrutura política para que possa disputar o Senado, com chance de ser reeleita, mas também com a possibilidade de lançar um candidato a governador — que tanto pode ser ela quanto Marcos Abrão, Vanderlan Cardoso (PSB) ou Virmondes Cruvinel (PPS). Na semana passada, em Cristalina, a líder foi enfática: o PSB vai lançar candidato a governador em 2018. A tese principal dos líderes do PSB e do PPS é que o pós-Marconi Perillo, que deixa o governo possivelmente em abril de 2018 — para ser candidato a senador, presidente da República ou vice-presidente —, abrirá um “vácuo político extraordinário” na política de Goiás e quem quiser ocupá-lo precisa pôr o bloco na rua desde já.