O ex-presidente da Assembleia Legislativa de Goiás Lissauer Vieira — produtor rural em Rio Verde e no Tocantins (onde é dono de uma grande propriedade) — saiu candidato a prefeito pelo PL. Começou em primeiro lugar, bem na frente, superando Osvaldo Fonseca Júnior, do Republicanos, Karlos Cabral, do PSB, Wellington Carrijo, do MDB, e Daniel Câmara, do Novo.

Lissauer Vieira parecia acreditar que estava eleito por antecipação e não observou que o prefeito Paulo do Vale, com aprovação de mais de 90%, seria decisivo no pleito.

Paulo do Vale lançou Wellington Carrijo, apresentou-o à sociedade e disse: este é o meu candidato, que simboliza continuidade, mas com renovação (até por que o médico tem apenas 36 anos de idade).

Aos poucos, Lissauer Vieira foi ficando para trás. Durante a campanha, nos debates, perdeu-se em escaramuças infantis, entrando no jogo dos adversários. Acabou parecendo, aos olhos dos eleitores, um político que mais ataca do que propõe. Em algum momento, ele se perdeu, começou a ficar irritado e os adversários perceberam e passaram a provocá-lo.

Ao contrário de Lissauer Vieira, Wellington Carrijo não entrou no jogo dos adversários, optando pelo contato direto com os eleitores e setores organizados da sociedade. Deixou as picuinhas pueris para Lissauer Vieira e Osvaldo Fonseca Júnior.

A cúpula do PL praticamente desistiu de Lissauer Vieira. Tanto que, na última visita em Goiás, o ex-presidente Jair Bolsonaro se recusou a visitar Rio Verde. Teria dito, inclusive, que o candidato era do senador Wilder Morais, não dele. (E.F.B.)