Líder do extinto PDS diz que chapa ideal inclui Ronaldo Caiado, Daniel Vilela e Otavinho Lage
05 abril 2021 às 12h49
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A proposta inclui Lincoln Tejota, Vilmar Rocha e Henrique Meirelles para deputado federal
No domingo, 4, um repórter do Jornal Opção conversou demoradamente com um político do extinto PDS, partido que sucedeu a Arena. De cara, pediu para não ser identificado, se alguma nota fosse publicada a respeito do diálogo.
A seguir, uma síntese do que o pedessista disse:
“O governador Ronaldo Caiado é o favorito na disputa pela reeleição em 2022. Não há, ao menos no momento, um adversário à altura — em termos eleitorais e de estatura política — para enfrentá-lo. Mas sugiro uma nova formatação da chapa majoritária governista para a disputa de 2022, tendo em vista tanto a governabilidade quanto as articulações para 2026 e adiante. Nada tenho contra o vice-governador Lincoln Tejota, que é um jovem sério e dedicado ao governo e ao governador. Mas política às vezes cobra mudanças.
“Para 2022, a chapa majoritária que defendo é a seguinte: Ronaldo Caiado (partido Democratas) para governador, Daniel Vilela para vice-governador e Otavinho Lage (ou Jalles Fontoura) para senador. Vilmar Rocha, presidente do PDS, iria para deputado federal com estrutura para ser eleito.
“Diga-se logo que se trata de uma opinião pessoal, não é a opinião do governo e de seus componentes. Otavinho Lage e Jalles Fontoura, irmãos e filho do ex-governador Otávio Lage, são pessoas dedicadas ao povo goiano. Jalles foi deputado federal, prefeito de Goianésia e secretário da Fazenda. Otavinho foi prefeito de Goianésia e dirige a empresa Jalles Machado, que recentemente abriu seu capital na bolsa. Os dois são exemplos de empresários e políticos modernos.
“Quando a Daniel Vilela, trata-se de um jovem político inteligente e posicionado. Ele diz respeito ao presente, mas também ao futuro. E lidera o MDB, um dos partidos mais enraizados em todos os municípios de Goiás. “
O repórter intervém: “Mas a chapa Ronaldo Caiado, Daniel Vilela e Otavinho exclui, além de Lincoln Tejota, o ex-ministro Henrique Meirelles, do PSD”.
Duas respostas do ex-líder do PDS
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“Não estou excluindo ninguém. O que estou propondo é um acordão que jogue o presente, o futuro imediato e o futuro um pouco mais distante.
“Mas admito que Henrique Meirelles é um nome consistente e que, se confirmado, engrandecerá a chapa do governador Ronaldo Caiado. O meu receio é que esteja usando Goiás para conquistar voos mais altos na política nacional, como um ministério. É preciso saber se ele quer realmente trabalhar por Goiás ou usar o Estado como trampolim. Ele pode ser candidato a deputado federal, com a possibilidade de, eleito, se tornar presidente da Câmara dos Deputados.
“Acrescento que o PSD seria contemplado na aliança. Otavinho Lage pertence ao PSDB, mas sua ligação política mais forte é com o presidente do PSD, Vilmar Rocha. Ele e Vilmar são praticamente irmãos e caminham juntos há décadas.”
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“Quanto a Lincoln Tejota, se deixar a vice — e, insisto, é um bom vice, não cria problemas para o governo —, será um grande candidato a deputado federal. Aliás, poderia bancar o pai, Sebastião Tejota para deputado federal, e poderia ir a suplente de senador.”