Júnior Friboi montou um grupo político e se considera como principal líder do PMDB em Goiás

26 abril 2014 às 14h46

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Na semana passada, o Jornal Opção conversou com três friboizistas e um irista. O irista disse: “Não fossem alguns aliados, Friboi teria jogado a toalha. Aliás, chegou a jogar, mas um friboizista pegou-a no ar e impediu que desistisse. Porque ele sabe que está nas mãos de Iris Rezende. Pode até ganhar de Iris em prévias e na convenção, mas o que ele precisa mesmo é ‘ganhar’ Iris, porque, se não o fizer, corre o risco de ser o quarto colocado nas eleições, atrás de Marconi Perillo, Antônio Gomide e Vanderlan Cardoso.
O irista diz que os friboizistas distorceram parte do diálogo travado com Iris. “Em nenhum momento Iris conversou com Friboi sobre não ir à convenção. O assunto não foi discutido. Outra coisa: alguém que dialoga durante três horas não chegou a um acordo mínimo? Quem não quer acordo conversa no máximo dez minutos. O que ficou acertado na conversa é que o PMDB vai manter a unidade e Iris e Friboi decidiram ‘desarmar os espíritos’ de seus respectivos grupos.”
Os friboizistas apresentam uma versão ligeiramente diferente. Iris teria perguntado se Friboi realmente, se candidato, iria fazer uma oposição dura ao governador Marconi Perillo. Friboi disse que sim e que não vai titubear nas críticas. Até porque estaria orientado pela equipe de Duda “Maudonça” a, paralelamente à apresentação de uma agenda propositiva, bater de maneira implacável no tucano-chefe, com o objetivo de polarizar, impedindo, assim, uma maior ascensão de Antônio Gomide (PT) e Vanderlan Cardoso (PSB).
Friboi também teria sugerido que Iris precisa testar os humores reais dos peemedebistas do interior (na sexta-feira, 25, em Orizona, Iris foi ovacionado pelos peemedebistas, o que surpreendeu os friboizistas). Aos aliados, o empresário frisou que resolver as coisas com Iris o mais rápido possível para, a partir daí, buscar outros “possíveis aliados”, como Vanderlan Cardoso, Ronaldo Caiado e Flávia Morais.
Nas conversas reservadas com seus aliados, Friboi tem dito que a base peemedebista acredita nele. Porque pôs o bloco na rua e ousou desafiar Iris. “Hoje, pode-se dizer que, além de um grupo político consistente, com o apoio de três deputados federais — Pedro Chaves, Sandro Mabel e Leandro Vilela —, vários deputados estaduais, como Wagner Siqueira, Daniel Vilela e Paulo Cezar Martins, e dezenas de prefeitos tanto do PMDB, como Maguito Vilela (de Aparecida de Goiânia) e Humberto Machado (de Jataí), quanto do PSB e do PROS, Friboi é o verdadeiro líder do PMDB em Goiás”, afirma um friboizista. “Não quero desmerecer Iris Rezende e Maguito Vilela, mas os políticos do PMDB aconselham-se hoje com Friboi.”