Grupo Roriz não acredita na candidatura de Arruda e tira Liliane Roriz do páreo
03 junho 2014 às 19h16
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O governador Agnelo Queiroz trabalha para polarizar com Rodrigo Rollemberg, evitando uma terceira via consistente, para que possa prevalecer a força da máquina eleitoral
O grupo do ex-governador do Distrito Federal Joaquim Roriz não acredita na viabilidade da candidatura de José Roberto Arruda (PR) a governador do DF — dadas suas pendências judiciais — e por isso decidiu retirar a deputada distrital Liliane Roriz do páreo. Liliane revelou que não será candidata a vice na chapa de Arruda (consta que o próprio ex-governador estaria prestes a desistir, especialmente depois da recente prisão do empresário Paulo Octávio, seu ex-vice). “Após inúmeros pedidos, e de ouvir também a voz do meu coração, decidi deixar a vaga livre para que nossos aliados fiquem a vontade para encontrar um nome que possa agregar ainda mais para essa composição majoritária”, disse Liliane Roriz.
Consta que inúmeros pedidos têm a ver com seu pai, Joaquim Roriz, que não crê que Arruda será candidato. A voz, no caso, é menos do coração e mais da razão. Porque, se continuar perdendo tempo com uma candidatura aparentemente natimorta — como a de José Roberto Arruda —, Liliane Roriz não terá condições de articular sua campanha à reeleição. É muito melhor um pássaro na mão, o mandato de deputada distrital, do que um voando, a vice de Arruda.
O meio político de Brasília avalia que a área está “limpa” para dois contendores de esquerda: o governador Agnelo Queiroz, do PT, e o senador Rodrigo Rollemberg, do PSB. O petismo avalia que, com um candidato forte de centro-direita, como José Roberto Arruda — sua força advém da imagem de gestor eficiente e corajoso no enfrentamento das mazelas de Brasília —, a tendência é uma polarização dele com Rollemberg. Daí que é preciso limpar a área, deixando o terreno apenas com dois candidatos relativamente consistentes, para, na disputa do primeiro e do segundo turnos, se fazer um esforço hercúleo para prevalecer a força da máquina eleitoral. Agnelo Queiroz é adepto desta tese.