A autonomia do setor cultural, com gente do ramo podendo decidir, talvez seja a saída para reorganizar projetos e eventos. O problema talvez não seja só a falta de dinheiro

Raquel Teixeira rindo

As relações entre o meio cultural e a secretária da Educação, Cultura e Esporte, Raquel Teixeira, são as piores possíveis. É possível que a assessoria de Imprensa da Seduce não faça nenhum monitoramento do que as redes sociais dizem a respeito de Teixeira.

As redes sociais tratam Teixeira como “coveira da cultura em Goiás”. Pouquíssimos, nem mesmo seus auxiliares, defendem a secretária, que, de fato, é uma gestora séria e decente, mas, no quesito Cultura e Esporte (o folclore dos deputados estaduais garante que, quando vai ao estádio, pergunta: “Quem é a bola?”), é um peixe fora d’água.

No campo cultural, frisam os críticos, Teixeira conseguiu organizar apenas o Fica. Motivo: a estrutura estava montada, e não por sua equipe ou o que considera como sua equipe. Sua equipe, por sinal, é uma espécie de feudo.

Para o governo do Estado, o ano de 2015 foi perdido na área de Educação e Cultura. Os fatos negativos do governo advieram quase todos das duas áreas.

A Cultura, se ficasse por conta da dupla Nasr Chaul e Lisandro Nogueira, que são do ramo, ganharia muito mais. O que se precisa, sugerem os produtores culturais, é de um 1822 na cultura de Goiás. Independência, para usar o termo preciso.

O que está faltando, insistem aqueles que produzem cultura, não é apenas dinheiro. É também entendimento do que seja cultura e do que é, de fato, prioritário. Falta, e muito, capacidade para decidir. Falta gestão com conhecimento de causa.

Outra questão: Teixeira atribui seus problemas não a possíveis equívocos pessoais e de métodos, e sim aos seus críticos. Ela acredita que está pilotando um navio de Sangri-la.