Governismo não “avança” sobre os prefeitos do MDB
25 abril 2021 às 00h00
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Dada a possibilidade de uma aliança entre o governador Ronaldo Caiado e Daniel Vilela, articuladores políticos não tentam atrair gestores emedebistas
Prefeitos de vários partidos estão procurando a cúpula do partido Democratas em busca de filiação. Todos querem ficar mais próximos do governador de Goiás, Ronaldo Caiado.
Entre os prefeitos mais “afoitos”, em busca de trocar de partido, estão os do PSDB — dirigido, na prática, pelo ex-governador Marconi Perillo (José Eliton, embora tenha estatura, é uma espécie de preposto) — e os do partido Progressistas, dirigido em Goiás pelo empresário Alexandre Baldy.
Não há nenhuma recomendação para “vetar” adesões de prefeitos do PSDB e do PP. Mas, por enquanto, não há recomendação para atrair prefeitos do MDB — ainda que vários deles queiram aderir, e pra já.
Por que os aliados de Ronaldo Caiado não abriram conversações com prefeitos do MDB que querem aderir? (Mas, sim, já tem prefeito que era do MDB filiado ao DEM.) Porque o Democratas espera formatar uma aliança político-eleitoral com o MDB para 2022. No caso de a aliança não sair, é provável que muitos prefeitos vão sair do partido e se tornarão governistas.
O deputado federal Célio Silveira (PSDB, mas de saída, em 2022, com a janela partidária) está entre dois amores — o MDB e o Democratas. Se ficar acertada uma aliança entre o MDB e Democratas para 2022, é provável que o parlamentar se filie ao MDB. Entretanto, se o MDB marchar com candidato a governador, deixando de fazer aliança com o governador Ronaldo Caiado, o representante do Entorno de Brasília possivelmente se filiará ao DEM. O prefeito de Luziânia, Diego Sorgatto, filiado ao Democratas, não terá condições de apoiar um candidato que se posiciona contra seu principal aliado no Estado — Ronaldo Caiado.