Friboi apresenta defesa, luta contra expulsão e insiste que quer o comando do PMDB
18 abril 2015 às 15h45
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Acusado de infidelidade partidária — não apoiou Iris Rezende, e sim Marconi Perillo, na eleição para governador de Goiás —, Júnior Friboi apresentou sua defesa à Comissão de Ética do PMDB.
O empresário alegou que, como não é dirigente partidário, não pode ser expulso do partido. Dirigente, se apoiar candidato de outro partido, é passível de expulsão. Friboi alegou que não participou da campanha do tucano-chefe e que apenas declarou que ele seria eleito no segundo turno.
O próximo passo é a convocação de uma audiência, com apresentação de testemunhas. Friboi apresentou sua defesa técnica e, na audiência, fará a defesa política. Vai dizer que tentou ser candidato e que foi olimpicamente vetado. Não o deixaram sequer disputar a convenção do partido.
O relator vai analisar a denúncia e a defesa. A Comissão de Ética, com todos os dados em mãos, decidirá se Friboi infringiu o Estatuto do PMDB. “Ao contrário do que querem Iris Rezende e José Nelto, não será um julgamento político, por isso as chances de ‘absolvição’ de Friboi são altas”, afirma um advogado.
Friboi não quer sair do PMDB. Pelo contrário, quer disputar o comando regional, em outubro, ou então bancar o deputado federal Daniel Vilela para a presidência. A tese do empresário é a mesma de outros líderes: alguns caciques não podem usar a estrutura partidária apenas no período eleitoral e, depois, abandonar inteiramente os correligionários do interior.
Friboi pretende disputar o governo de Goiás (ou o Senado), prioritariamente, em 2018.