Alarico Assumpção Júnior sugere que algumas concessionárias “talvez não tenham fôlego para chegar ao final deste mês”

Ao menos 30% das concessionárias do Brasil podem fechar as portas até o dia 30 de maio. O alerta é do presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior. O dirigente postula que 2.200 lojas serão fechadas, possivelmente em caráter definitivo. A informação está na reportagem “Até 30% das concessionárias brasileiras podem falir em 15 dias”, do “Jornal do Carro”, do “Estadão”, publicada na sexta-feira, 8.

A Fenabrave é a federação que agrega as concessionárias do país.

Alarico Assumpção Júnior sugere que algumas concessionárias “talvez não tenham fôlego para chegar ao final deste mês”.

Fechamentos de Detrans e cartórios

Embora as concessionárias tenham sido contempladas na lista de serviços essenciais, não estão abertas em todos os Estados e municípios. Porque dependem da autorização de governadores e prefeitos. E mesmo as abertas estão com movimento fraco, porque os consumidores desapareceram, tanto por receio de circular devido à pandemia do novo coronavírus quanto por falta de dinheiro.

A reportagem do “Estadão” relata que “outro entrave é o fechamento dos Detrans e cartórios, também seguindo as orientações das autoridades de saúde durante a pandemia. A Fenabrave também solicitou prazos maiores para pagamento de impostos e antecipação de recebíveis vindos das montadoras. Essas medidas ajudariam a amenizar o impacto da crise no setor. As concessionárias empregam cerca de 315 mil pessoas no país”.

O presidente da federação garante que as concessionárias seguem os protocolos da Organização Mundial de Saúde — como “controle de acesso, atendimentos agendados e escala de pessoal reorganizada”.

A Fenabrave informa, registra o “Estadão”, que, “em abril, as vendas caíram 76,8% ante o mesmo mês de 2019. Foram vendidas apenas 51.362 unidades. No acumulado do ano, a retração já chega a 25%”. A federação lamenta que “a venda de automóveis retornou aos patamares de 2006. O setor em geral registra volumes vistos pela última vez em 1992”.

Nos Estados Unidos, as concessionárias estão demitindo e a tendência é que sejam demitidos 360 mil funcionários.