Ex-prefeito de Cachoeira Alta, Kelson Vilarinho vai disputar a Prefeitura de Caçu

Kelson Vilarinho foi prefeito de Cachoeira Alta por dois mandatos. Se fosse afeito à política oligárquica, ainda em voga no Brasil, poderia continuar disputando mandatos no município, até ficar velhinho.

Aos 53 anos, Kelson Vilarinho foi prefeito e vice-prefeito duas vezes e vereador uma vez. Tornou-se uma das principais referências políticas do munícipio. “Gosto de política e de gestão”, sublinha.

Filiado ao PSD (mas de saída) — por causa do ex-deputado federal Vilmar Rocha, a quem admira como intelectual e pessoa pública —, Kelson Vilarinho planeja disputar mandato de prefeito em Caçu, cidade vizinha de Cachoeira Alta. “Estamos montando uma frente política, buscando um vice e montando uma chapa de candidatos a vereador”, disse ao Jornal Opção, na semana passada.

O vice-presidente estadual do MDB, Manuel Cearense — espécie de primeiro-ministro do partido para resolver “pendengas” partidárias no interior —, ouviu parte da conversa do repórter com Kelson Vilarinho. O político de Rio Verde ouvia o repórter Cilas Gontijo com um ouvido e, com o outro, escutava a conversa de outro repórter com o pré-candidato de Caçu. De repente, interferiu, pois não aguenta ficar quieto: “Coloque aí, meu filho, que Kelson vai ser prefeito de Caçu”.

Kelson Vilarinho olhou para o amigo Manuel Cearense e disse: “Gaúcho, ninguém ganha eleição por antecipação e não há favas contadas em política”. Manuel que, apesar de Cearense, tem Gaúcho no nome, como sobrenome, repetiu: “Menino, tu anotou que Kelson vai ser prefeito de Caçu”. Todos riram, inclusive o repórter, Kelson Vilarinho e Cilas Gontijo.

Ao se mudar para Caçu, há um ano e dois meses, Kelson Vilarinho não planejava ser candidato a prefeito. “Eu estava mais pensando em resolver problemas pessoais. Em Caçu, trabalho como advogado. Aos poucos, fui observando o município, que pode, se administrado com eficiência e ousadia, se tornar uma cidade-polo. No extremo-sudoeste, Caçu tem um potencial imenso.”  

De repente, Manuel Cearense deixa a conversa com Cilas Gontijo e diz: “Menino, nas suas anotações não tem nada escrito a respeito de que o Kelson será o próximo prefeito de Caçu”. Pois, se não havia a anotação, agora há. (E.F.B.)