Ernesto Roller diz que Lissauer e Caiado já abriram canal de diálogo
03 fevereiro 2019 às 00h00
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Articulação política do governo quer virar página da eleição na Assembleia, construindo pontes para o consenso e provando que o resultado não foi tão ruim assim
Política sem pragmatismo é apenas filosofia diletante. Por isso, os operadores políticos do Governo Caiado já tratam da eleição de Lissauer Vieira (PSB) a presidente da Assembleia Legislativa como folhinha virada no calendário, prontos para discutir caminhos a partir dessa nova realidade.
O primeiro objetivo dessa nova fase tem um escopo um tanto subjetivo, que é transparecer ao meio político que o fracasso da candidatura de Álvaro Guimarães (DEM) não foi necessariamente uma derrota política para o governo. Sobretudo, afastar esse resultado da responsabilidade pessoal do governador.
Há argumentos para justificar essa leitura, apesar de todo o esforço despendido por Caiado, desde o final do ano passado, para bancar o candidato com quem firmou um compromisso pessoal. O governador honrou sua palavra até o momento em que a realidade da articulação independente na Assembleia enterrou definitivamente suas pretensões.
Contudo, desde este momento, Caiado e seus operadores assimilaram rapidamente os novos termos da situação e passaram agir pragmaticamente. A primeira providência foi abrir diálogo com o novo presidente. Esse canal já estaria aberto e o discurso já é o de construção de pontes.
A informação é do secretário de Governo, Ernesto Roller, que poderá ter nova chance para interagir com a Casa. Segundo ele, as duas partes estão plenamente abertas ao diálogo, pois sabem que o mais importante é que todos trabalhem juntos “para recolocar Goiás nos trilhos”.
Confirmando a tese de que o governo tentará amenizar o estigma de derrota no plano inicial, Roller diz também que é errada a leitura de que Caiado saiu derrotado da eleição na Assembleia. E completa: O partido do governador tem dois membros da mesa (Dr. Antônio, na vice-presidência, e Iso Moreira como quarto secretário).
Para encerrar o assunto, ele ainda cita o próprio Lissauer Vieira, que foi eleito em defesa da autonomia e independência da Casa, mas também prometendo relação harmônica com o Executivo.